Disciplina: Legislação Social FICHAMENTO CRÍTICO
Por: nathaliaalveees • 6/4/2016 • Resenha • 947 Palavras (4 Páginas) • 362 Visualizações
Aluna: Nathália Alves de Carvalho
Matrícula: 13/0128147
Disciplina: Legislação Social
FICHAMENTO CRÍTICO
(Tendo como base o texto: A nova morfologia do trabalho no Brasil: Reestruturação e precariedade e o documentário: A Doutrina do choque)
O trabalho no Brasil, assim como em outros países, passou por vários processos de reestruturação produtiva e organizacional ao longo dos anos em diversos setores, como por exemplo: automobilístico, de telecomunicações, bancário, têxtil, calçados, artístico e outros. O trabalho não está ligado somente a força física, mas também temos que levar em conta o nosso psicológico, que de certa forma, de nada adianta ter força se não tiver uma "cabeça pensante". No documentários vimos que Milton Friedman sustenta a ideia de que as crises podem ser usadas para uma “terapia de choque” a favor do livre mercado, ou seja, ele usa o psicológico das pessoas a favor da movimentação do mercado de trabalho.
A partir do Getulismo surgiu um processo de acumulação industrial (onde criou-se várias indústrias para vários setores diferentes), porém no Brasil a industrialização só veio deslanchar com Juscelino Kubitschek e posteriormente com o golpe de 1964. Porém não houve só o lado bom, pois com a industrialização veio também a superexploração da força de trabalho (visando produzir mais para lucrar mais), baixos salários e jornada de trabalho prolongada.
Na década de 1980 começou um processo de reestruturação produtiva, onde as empresas adotaram novos padrões organizacionais e tecnológicos e procuravam envolver mais os trabalhadores com o cotidiano da empresa. Foi uma década marcada também por uma forte competitividade internacional e por um confronto entre os trabalhadores que procuravam estruturar-se melhor nos locais de trabalho. Em 1990 se intensificou o processo de reestruturação produtiva no Brasil, que comporta elementos de continuidade e de descontinuidade com relação as fases anteriores.
Desde a desregulamentação dos grandes bancos nos anos 80 ocorreram vários choques nos Mercados: Em 1987 os mercados caíram espetacularmente, uma das grandes quedas da saca em sua história, conhecida como "segunda-feira negra". Em 1992, "na quarta-feira negra" especuladores monetários fizeram fortunas apostando contra a Libra. Em 1997 houve o contágio Asiático, desapareceram das Sacas asiáticas mais de 600.000 milhões de dólares. E depois em 2008, o mercado financeiro se desplomou.
No estágio atual do capitalismo brasileiro temos uma flexibilização e uma desregulamentação dos direitos sociais, bem como uma terceirização e novas formas de gestão da força de trabalho. Um traço marcante desse capitalismo é a combinação entre tecnologia avançada e uma melhor qualificação da força de trabalho. Para os capitais produtivos, tanto nacionais quanto transnacionais, essa mescla entre equipamentos bons e tecnológicos com o trabalho qualificado e multifuncional muito os interessam. Durante a década de 90 se ampliou o processo de reestruturação produtiva no Brasil.
Estamos na era de trabalhadores multifuncionais, onde, pessoas que só sabem fazer uma coisa específica ou pessoas que não tem diplomas e certificados não tem vez. Os funcionários dos bancos principalmente, mudaram as suas rotinas de trabalho, impulsionados pelas tecnologias de base microeletrônica e pelas mutações organizacionais. Foram criadas também políticas de concessão de prêmios para bancários que superavam as metas estabelecidas, criando assim um incentivo para que eles trabalhem ainda mais. Com isso, o quadro de funcionários nos bancos acaba diminuindo, pois cada um exerce mais de uma função e são incentivados a superar as metas e poder usufruir dos prêmios, tem-se então a liofilização organizacional, que nada mais é do que o processo de "enxugamento" das empresas.
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