Economia

Tema Abordado no Trabalho

O mundo vem passando por profundas transformações: aumento populacional, crescimento de economias de países antigamente considerados de terceiro mundo e em consequência o aumento da produção e do consumo no mundo inteiro. Toneladas e mais toneladas de lixo, descartadas todos os dias. Com isso a reciclagem tornou-se uma ação de grande importância na vida moderna. Dar destino a materiais que perderam sua utilidade passou a ser um negócio, que tem crescido a cada dia em todo o mundo. Muito do que há algum tempo dizíamos “lixo”, hoje tem outro nome: “resíduo” e passou a ser reaproveitado como matéria prima para novos produtos.

Aproveitando o ensejo da realização da Rio + 20, evento que reuniu as principais lideranças mundiais no Brasil em junho deste ano na cidade do Rio de Janeiro, para discutir e documentar ações a serem tomadas nos próximos anos em prol da conservação do meio ambiente em nível mundial, nosso grupo decidiu por objetivo do trabalho de economia o tema: Coleta, Separação e Reciclagem de Embalagens Vazias de Agrotóxicos.

Com a promulgação da Lei 9.974/2000, o governo federal disciplinou a devolução de embalagens vazias de agrotóxicos, determinando responsabilidades para a indústria, para os distribuidores (revendas) e para o agricultor, além de instituir o Poder Público como órgão fiscalizador, através das agências de vigilância sanitárias e companhias de água e abastecimento.

Esta lei deu início a um novo negócio no Brasil, o da Coleta, Separação, Incineração ou Transformação de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, para reuso pela sociedade.

ANÁLISE DE MERCADO

No que se refere ao ramo de embalagens vazias de agrotóxicos, funciona da seguinte forma:

Com a regulamentação da lei, as revendas ficaram responsáveis por coletar dos agricultores, todas as embalagens vazias de agrotóxicos no período instituído. Através de uma organização destas revendas surgiram nos estados várias associações e cooperativas destinadas ao recolhimento das embalagens.

Estas associações possuem barracões, chamados de Postos de Coleta, em várias regiões dos estados, onde os agricultores entregam suas embalagens vazias. Estes postos geralmente são em terrenos cedidos por prefeituras, que cobram somente o IPTU e a Licença de Funcionamento. São fiscalizados por órgãos estaduais e federais, no tocante à contaminação de solo e água e uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) pelos funcionários.

No ato da entrega da embalagem vazia pelo agricultor, o mesmo recebe uma declaração, a qual deve ser arquivada e guardada pelo período de cinco anos, para efeito de fiscalização.

As embalagens vazias são pesadas e separadas por embalagens lavadas, embalagens de tríplice lavagem, papelão, alumínio e são separadas das embalagens consideradas contaminadas (aquelas que mesmo lavadas não ficam livres do produto).

As embalagens vazias contaminadas são separadas e posteriormente (aproximadamente 15 a 20 dias) são enviadas para incineração.

As embalagens vazias normais ou de tríplice lavagem são separadas por tipo de plástico, vidro, papelão, tampa, alumínio, etc e passam por um processo de prensa, com exceção do vidro que é armazenado em bags específicos. Após serem prensados, são embalados em fardos com fitas de plástico ou anéis de alumínio, têm sua descrição alterada para Plástico flexível, Coex, etc e são vendidos para a indústria de plástico ou outras, que transformam esse material em outros produtos reciclados para nosso reuso.

Uma vez que as embalagens vazias são entregues pelos agricultores sem custo às associações, nos postos de coleta, a venda das mesmas é considerada superávit, sendo abatidos apenas os custos diretos no processo de separação e prensa, como salários, água, energia elétrica, telefone e outros.

O preço médio do kilograma prensado é de R$ 0,70 (setenta centavos).

Parte do valor do superávit acumulado é utilizado pelas associações, em projetos de educação ambiental, cursos, palestras, e treinamentos de manejo de embalagens.

Um exemplo de projeto bem sucedido é o Dia Nacional do Campo Limpo, um evento de dia inteiro de orientações, destinado a alunos do primário das escolas de determinadas regiões dos estados, onde são ensinadas boas práticas de descarte de produtos para colaborar com a conservação do meio ambiente. Este evento ensina através de cultura (teatro), brincadeiras, além de oferecer também alimentação e prêmios.

Somente a associação que atende ao estado de São Paulo, coleta, prensa e vende ou incinera aproximadamente 1.500 toneladas por ano de embalagens vazias.

COMPORTAMENTO DO MERCADO CONSUMIDOR

Este negócio envolve dois tipos de consumidores: o agricultor , que adquire nas revendas os agrotóxicos e seu comportamento quanto às embalagens vazias, tem a ver com a sua responsabilidade legal de entregá-las em tempo hábil, determinado por lei, para evitar assim, contaminação do meio ambiente e das pessoas que trabalham em suas fazendas.

O outro consumidor é a indústria da reciclagem, que é quem adquire o produto final do negócio: as embalagens vazias, transformadas em matéria prima para a reciclagem.

O comportamento desse mercado varia bastante conforme influências econômicas as quais citaremos algumas a seguir.

INFLUÊNCIAS DA ECONOMIA SOBRE O RAMO DE NEGÓCIO

Como influência econômica neste ramo, podemos citar a geração de milhares de empregos diretos ou indiretos, pois com o surgimento das associações de coleta de embalagens vazias, o mercado reagiu a uma nova necessidade.

Empresas surgiram, como fabricantes de prensas especializadas para embalagens, novas transportadoras, além dos empregos gerados nas próprias associações e nos órgãos fiscalizadores.

Foi criado também o INPEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), que é o órgão criado para garantir o investimento e o cumprimento da lei por parte das indústrias.

RELAÇÃO DOS CUSTOS ENVOLVIDOS

Para relacionar os custos da coleta de embalagens vazias, faz-se necessário desmembrar os custos por Postos de Coleta de Embalagens e pelas Centrais;

Custos dos Postos:

*Salários