Eron o desastre

            A Enron então considerada uma potência empresarial, era a sétima maior empresa dos Estados Unidos e uma das maiores empresas de energia do mundo. Entretanto seus acionistas usaram de práticas totalmente incompatíveis com a gestão de uma empresa, e até mesmo ética pessoal, forjaram faturamentos irregulares, lançamentos de pagamentos fictícios, falsificação de faturas e documentos contábeis, entre outras fraudes. Entendemos que essas manobras foram influenciadas, sobretudo, pela ganância dos administradores em inflarem, manifestamente, seus lucros.

               Com isso a Enron passou a representar um dos maiores fracassos empresariais da atualidade e demonstra a crise do sistema econômico global, que infelizmente os fatores motivadores da crise vivenciada pela “Enron” não se distanciam da realidade brasileira. Acionistas investiam às cegas. Funcionários eram incentivados a aplicar suas poupanças em ações da casa. Acontece que ninguém questionava o porquê do sucesso da Enron. Os empregados da empresa levaram prejuízo, além de perderem o emprego, suas economias estavam, na maior parte dos casos, investidas em ações da Enron. Além dos interesses pessoais e ilícitos dos administradores em majorar os resultados da corporação, existia também a pressão dos investidores por bons resultados e a necessidade de demonstrar ao mercado que a corporação estava bem, para atrair mais investimentos.

                Todo este esquema, na verdade, origina-se diante da necessidade que as empresas têm, inicialmente, de capitalizar-se, o que se poderia se resolver captando recursos em bancos, assumindo um parceiro que invista capital ou colocando as ações em bolsas de valores. Deve-se haver uma fiscalização eficaz sobre as empresas de auditoria independente em que a empresa está relacionada. E o essencial é que se exista uma prática transparente entre administradores de corporações, seus investidores e empregados capazes de refletir a real situação financeira de uma empresa.

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