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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ECONOMIA

Por:   •  18/7/2020  •  Artigo  •  1.153 Palavras (5 Páginas)  •  168 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ECONOMIA

PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Disciplina: Controladoria

Semestre: 2019/2

Professores: Kleber Domingos de Araújo e Júlio Orestes da Silva

Aluna: Laiany Vieira de Souza   

Matricula: 2019100968

RESUMO: “Análise da Legitimidade Sociopolítica e Cognitiva da Controladoria no Brasil”. Lunkes, R. J.; Schnorrengerger D., Souza, C. M.; Rosa, F. S.

        O artigo discute a disciplina de controladoria no Brasil, que apesar de ser tratada como uma disciplina independente no ambiente acadêmico, ainda é associada a contabilidade gerencial por muitos estudiosos. Tanto no contexto nacional como no internacional, é forte o campo de estudo que busca construir bases conceituais que propiciem uma identidade própria para controladoria diferenciando-a de outras disciplinas.

        Para isso o estudo teve como objetivo identificar e analisar a legitimidade sociopolítica, e cognitiva da controladoria no Brasil. De acordo com o texto, a legitimidade sociopolítica pode ser verificada pela análise de fatores como a presença em órgãos oficiais e de representação de classe, utilização efetiva pela comunidade a que se destina etc. A legitimidade cognitiva pode ser estudada por meio da análise das publicações, congressos e seminários, disciplinas acadêmicas, livros e manuais etc.

O estudo justificasse pelo seu auxilio na compreensão da importância da constituição e do funcionamento da disciplina de controladoria no Brasil como disciplina com conteúdos próprios. Além disso, os autores buscaram identificar o nível de desenvolvimento da controladoria, em que nível os fatores sociopolíticos e cognitivos, ligados à controladoria, encontram-se estabelecidos no Brasil, e compreender como estes fatores podem auxiliar a legitimar o seu estabelecimento como disciplina própria.

No referencial teórico, o artigo aborda a origem e o desenvolvimento da controladoria, que surge no século XV, para designar os ocupantes do cargo de controle de contas da English Royal Household, na Inglaterra.  A palavra controllers, surge de um erro etimológico na escrita da palavra francesa compter, que significa contar segundo Jackson, (1949) e Anthony e Govindarajan (2002).

De acordo com o texto, tanto nos EUA como na Inglaterra, as primeiras atuações dos controllers foram na área estatal, afim de garantir maior controle e transparência dos recursos públicos. Posteriormente houve a migração para as empresas privadas, principalmente com a evolução da industrialização que aumentou a demanda por controles e informações mais elaboradas. No Brasil, a controladoria começa a se desenvolver a partir dos anos 60, e a primeira publicação em 1971. Entretanto, sua expansão ocorre a partir dos anos 2000, com a criação da disciplina de controladoria nos cursos de graduação, mestrado e doutorados.

O referencial discute ainda a legitimidade e identidade da disciplina de controladoria. A legitimidade é uma condição essencial na sobrevivência de uma organização em seu contexto institucional mais geral (Meyer & Rowan, 1977), e pode ser definida como a percepção ou pressuposição generalizada de que as ações de uma instituição são desejáveis ou apropriadas dentro de algum sistema socialmente construído de normas, valores, crenças e definições (Suchman, 1995). Hunt e Aldrich (1996) defendem que a legitimidade pode ser classificada em dois tipos básicos: sociopolítica (regulatória e normativa) e cognitiva.

De acordo com Aldrich (1999) e Benbasat e Zmud (2003), a legitimidade sociopolítica se refere à aceitação pelos principais interessados, público em geral, principais líderes de opinião e órgãos de governo, de um novo empreendimento como apropriado e correto, através da aceitação moral e da aceitação regulamentar. Já a legitimidade cognitiva é derivada das crenças e pressupostos que proveem um modelo de rotina diária, ou seja, conhecimento especializado e explícito, codificado como um sistema de crenças e promulgado por vários profissionais (Scott, 2001). Por fim, o referencial apresenta alguns estudos sobre legitimidade sociopolítica e cognitiva aplicada a disciplinas ou campos do conhecimento realizados nas últimas décadas.

Quanto ao método, trata-se de uma pesquisa descritiva quanto ao seu objetivo, quanto aos procedimentos, a pesquisa é bibliográfica e documental e quanto à abordagem, trata-se de uma pesquisa predominantemente qualitativa. Para seleção do referencial teórico foi realizada pesquisa na Base de Periódicos da Capes, utilizando as palavras “legitimacy”, “sociopolitical” e “cognitive”, no período de 21 a 28 de abril de 2012, sendo selecionados 268 artigos.

Para gerar discussão sobre legitimidade sociopolítica e cognitiva considerando a realidade brasileira foram consultadas duas fontes principais. A primeira formada por órgãos oficiais e de representação e de uso efetivo pela comunidade a que se destina, e a segunda de publicações nas principais revistas e congressos de contabilidade, livros, manuais e disciplinas de controladoria oferecidas nos cursos de Ciências Contábeis.

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