Fundamentos de Matemática Financeira. A calculadora financeira HP
Por: Lucas Mateus • 24/5/2016 • Trabalho acadêmico • 5.617 Palavras (23 Páginas) • 401 Visualizações
SUMÁRIO
- Introdução................................................................................................................... 02
- Etapa 01: Fundamentos de Matemática Financeira. A calculadora financeira HP 12C............................................................................................................................... 03
- Passo 01 – Conceitos Fundamentais.......................................................... 05
- Passo 02 e 04 – Caso A - Resolvido....... .................................................. 07
- Passo 02 e 04 – Caso B - Resolvido.......................................................... 10
- Passo 03 – Desafio .................................................................................... 12
- Conclusão.................................................................................................................... 13
- Bibliografia................................................................................................................. 14
- Introdução
Ao estudarmos a Matemática Financeira, nos deparamos com as seguintes situações: Para que serve? Onde aplicamos? , e temos as seguintes respostas: tudo gira em torno do dinheiro, seja para fazermos mais dinheiro, ou para perdê-lo facilmente. Tudo envolve a Matemática Financeira, desde os cálculos mais simples de capitalização a mais complexa como, por exemplo, a compra de um imóvel atrelado a uma tabela Price de amortização. Enfim, toda e qualquer movimentação financeira, envolve taxa, tempo, valor inicial de aplicação, valor futuro, montante, pagamento, desconto, juros, palavras essas que estão no nosso cotidiano, mas que muitas das vezes esquecemos de aplicar em nossas finanças. Estudaremos um caso para verificar o valor futuro que o casal terá que possuir ao longo dos anos desde o casamento à criação dos filhos.
- Etapa 01: Fundamentos de Matemática Financeira. A calculadora financeira HP 12C.
Sempre foi um grande desafio para a maioria das pessoas controlarem suas finanças. Hoje em dia, é comum ver pessoas “cuidando” de suas finanças somente pelo acompanhamento do saldo bancário, usando para isso cálculos simples de adição e subtração. Porém, gerir as finanças desta forma é insuficiente. Para renovar e aperfeiçoar a vida financeira, tornando-a mais organizada e próspera, faz-se necessário o domínio dos conceitos da matemática do dinheiro, conhecida por todos como Matemática Financeira. O conhecimento teórico somado a uma ferramenta computacional, como uma planilha em Excel, tem ajudado milhares de pessoas a encontrarem caminhos mais sensatos e ponderados, tanto para as pequenas como para as grandes decisões financeiras de suas vidas. Marcelo e Ana estão casados há seis anos e planejam ter um bebê no próximo ano. O casal se encontra, atualmente, com uma vida financeira organizada, mas entendem que suas vidas mudarão no momento em que Ana engravidar. Há cinco anos, imersos em inúmeras dívidas e gastos impensados, passaram a estudar uma maneira de se relacionarem bem com o dinheiro. Para isso, resolveram adotar bons hábitos financeiros e passaram a alimentar, semanalmente, uma planilha do Excel com os ganhos e despesas referentes ao período. A planilha desenvolvida contemplava duas colunas: na primeira, seriam lançadas todas as entradas, como o salário do casal; na outra, seriam lançadas todas as despesas referentes à alimentação, transporte, cuidados pessoais, despesas financeiras, habitação, lazer, saúde, empréstimos, vestuário etc. Com esse programa de reeducação financeira a que se submeteram, passaram a “enxergar” a quantidade de dinheiro que realmente estava entrando e saindo de seus bolsos. Com o orçamento realista, saldaram suas dívidas seguindo uma ordem de prioridade (as dívidas que geravam mais juros eram pagas primeiramente) e transformaram a relação desastrosa que possuíam com o dinheiro no passado em uma situação atual de multiplicação e qualidade de vida. Motivado pelo desejo do casal de estudar “o quanto custa ter um filho em nossos dias” e a necessidade que temos de adquirir bons hábitos financeiros, o desafio proposto nesta atividade é responder a: “Qual a quantia aproximada que Marcelo e Ana deverão gastar, para que consigam criar seu filho, do nascimento até a idade em que ele terminará a faculdade?”. Para tanto, oito desafios são propostos. Cada desafio, após ser devidamente realizado, deverá ser associado a um número (0 a 9). Esses números, quando colocados lado a lado e na ordem de realização das etapas, fornecerão os algarismos que irão compor a quantia que deverá ser gasta pelo casal Marcelo e Ana, para a criação de seu filho. Os seis primeiros números, que serão obtidos na Etapa 1 até a Etapa 3, fornecerão a parte inteira da quantia a ser gasta (milhares de reais), e os dois últimos algarismos, obtidos na Etapa 4, fornecerão a parte decimal da quantia a ser gasta (centavos de reais).
2.1 Passo 01 - Conceitos fundamentais
A Matemática Financeira é um corpo de conhecimento que estuda a mudança de valor do dinheiro com o decurso de tempo; para isso cria modelos que permitem avaliar e comparar o valor do dinheiro em diversos pontos do tempo. Os elementos básicos são:
- Capitalização Simples
No regime de capitalização simples, os juros são calculados sempre sobre o valor inicial, não ocorrendo qualquer alteração da base de cálculo durante o período de cálculo dos juros. Na modalidade de juros simples, a base de cálculo é sempre o Valor Atual ou Valor Presente (PV), enquanto na modalidade de desconto bancário a base de cálculo é sempre o valor nominal do título (FV). O regime de capitalização simples representa, portanto, uma equação aritmética, sendo que o capital cresce de forma linear, seguindo uma reta; logo, é indiferente se os juros são pagos periodicamente ou no final do período total.
Fv = Pv (1 + i . n)
- Juros Simples
No regime de juros simples, os juros de cada período são sempre calculados em função do capital inicial (principal) aplicado. Os juros do período não são somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes. Os juros não são capitalizados e, consequentemente, não rendem juros. Assim, apenas o principal é que rende juros.
J= Pv . i . n
- Capitalização Composta
No regime de capitalização composta, os juros produzidos num período serão acrescidos ao valor aplicado e no próximo período também produzirão juros, formando o chamado “juros sobre juros”. A capitalização composta caracteriza-se por uma função exponencial, em que o capital cresce de forma geométrica. O intervalo após o qual os juros serão acrescidos ao capital é denominado “período de capitalização”; logo, se a capitalização for mensal, significa que a cada mês os juros são incorporados ao capital para formar nova base de cálculo do período seguinte. É fundamental, portanto, que em regime de capitalização composta se utilize a chamada “taxa equivalente”, devendo sempre a taxa estar expressa para o período de capitalização, sendo que o “n” (número de períodos) represente sempre o número de períodos de capitalização.
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