Fundamentos para o Terceiro Setor - Profissionalização do Terceiro setor
Por: AFBEA Contábil • 10/12/2015 • Artigo • 1.442 Palavras (6 Páginas) • 411 Visualizações
Resumo
Este presente relatório tem por finalidade, dissertar sobre os efeitos da profissionalização no Terceiro Setor, seus impactos nas fundações, associações e filantrópicas em geral.
Conceitos
Terceiro Setor
Organização de Sociedade Civil sem fins lucrativos
BNDES (2001, p.4) – O terceiro setor constitui-se na esfera de atuação pública não estatal, formado a partir de iniciativas privadas, voluntárias, sem fins lucrativos, no sentido do bem comum. Nesta definição, agregam-se, estatística e conceitualmente, um conjunto altamente diversificado de instituições, no qual incluem-se organizações não governamentais, fundações e institutos empresariais, associações comunitárias, entidades assistenciais e filantrópicas, assim como várias outras instituições sem fins lucrativos.
Profissionalização
1- Ato ou efeito de profissionalizar ou de se profissionalizar.
2- Multiplicação das atividades profissionais nitidamente distintas umas das outras.
3- Processo de treinamento para obter certo nível profissional ou para alcançar maior habilidade num determinado trabalho; capacitação.
Organização sem fins lucrativos
Organização de direito privado, dotada de personalidade jurídica e que vise à consecução de um objetivo comum a seus membros, objetivo este que não seja lucro.
Filantropia
Vem do grego φίλος (amor) e άνθρωπος (homem) e significa “amor a humanidade”.
O Terceiro Setor
Historicamente o terceiro setor no Brasil iniciou-se através da religião. Começou com ações da Igreja Católica, que através de seus membros (padres, freiras e demais) auxiliava os menos favorecidos oferecendo cuidados em várias áreas.
Tendo como base primordial o amor ao próximo, a filantropia surge através do desejo de construir um mundo com menos desigualdades, menos sofrimentos e atuar onde o Estado não consegue suprir as necessidades básicas.
Em sua grande maioria, as organizações filantrópicas são compostas por todos os tipos de pessoas, que possuem várias formações e experiências, desta forma, sua composição difere dos outros dois setores.
O primeiro setor é composto pelas empresas públicas e autarquias, estas têm uma composição estruturada e com direcionamento de cargos e funções, desta forma direcionam suas ações e seus esforços por habilidades de capacidades, teoricamente.
O segundo setor é composto pelas empresas privadas, estas apresentam em tese um alto nível de profissionalização. Alocam seus colaboradores de acordo com suas habilidades técnicas e capacitação para obterem melhores resultados.
A profissionalização faz-se necessária para alcançar melhores resultados e obter um maior aproveitamento dos esforços empregados nas tarefas. Tendo em vista que nos dois primeiros setores ela é quesito fundamental, no terceiro setor isto não ocorre com a mesma intensidade dos demais. Por estarem em formação, às organizações tem enfrentado novas dificuldades a cada dia, dentre elas, a falta de direcionamento nas funções. Sendo composto por várias pessoas com os objetivos comuns, o terceiro setor tem apreendido a duras penas as necessidades de aprimoramento e profissionalização. A partir do momento em que passa a se tratar cada área com a devida importância, e determinar para os cargos as pessoas capacitadas tecnicamente possa atingir uma melhora considerável nos resultados.
Analisando uma organização pequena, que possui recursos limitados, e com dificuldades em sua manutenção, atuando para sanar problemas em 90% do seu tempo. Com estas características podemos começar a entender a realidade das pequenas organizações, estas são “engolidas” e “esmagadas” pelo o sistema, e que não se prepara adequadamente para suprir suas falhas. Dia após dia, ela passa “apagando incêndios” e tentando buscar meios de se suprir, de maneira desordenada e imprópria.
Se a mesma organização que vimos, mudar de forma gradativa, com ações simples, direcionadas e com profissionais capacitados para cada área, ela conseguirá superar suas dificuldades e garantir melhores resultados, atraindo até novos investidores e colaboradores para causa. A partir do momento em que se colocam metas, e se trabalha em conjunto em cima delas, para cada área que compõe seu funcionamento. Buscando novas parcerias, ideias e trocas de experiências, selecionando os funcionários por capacidade técnica para as funções, e que também simpatizem com a causa, trabalhando uma cultura interna de acompanhamento das funções. Melhorando a forma de se apresentar na busca de recursos, transformando ações internas que contribuam para o aumento do alcance de ação. Valorizar o trabalho do público interno e externo com ações simples, que tragam retornos rápidos, como cartas de agradecimento, sinalização de boas ações, incentivo para troca de ideias e maior participação de todos faz com que corrija muitas falhas em curto prazo e tenha retornos constantes para o futuro.
As ações simples, que ao serem direcionadas de maneira profissional trás benefícios em várias áreas, ao colocar um profissional qualificado no financeiro, por exemplo, pode garantir um controle nas entradas financeiras, melhor analise nas saídas, e será possível identificar onde ocorrem falhas. Já ao direcionar pessoas de habilidades técnicas em outras áreas melhoramos os retornos, nas áreas administrativas são ações fundamentais para o bom funcionamento, tendo administradores atuando na gestão ajuda a encontrar e corrigir erros administrativos.
Tendo apoio jurídico especializado evita riscos judiciais, financeiros e de atuações administrativas.
Ao receber voluntários especializados, deve-se adotar a mesma regra que se usa para alocar funcionários, a profissionalização, melhor aproveitamento de habilidades técnicas e participação interativa entre todos. Desta maneira, evitará desperdício de esforços, desistências, reclamações e problemas futuros. Trabalhando uma politica interna de cooperação mutua para sanar os problemas auxiliaráno melhor funcionamento da organização.
Uma avaliação constante das ações propostas, análise sobre a atuação da equipe, estudo para alocação de membros e voluntários, desenvolvimento
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