História da contabilidade. Anel do contabilista
Tese: História da contabilidade. Anel do contabilista. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Adrianadrik • 6/6/2013 • Tese • 4.528 Palavras (19 Páginas) • 641 Visualizações
Curiosidades
1 - Símbolo
2 - Anel do contabilista
3 - História da contabilidade
4 - Datas comemorativas
5 - Padroeiro
6 - Juramento dos formandos
7 - Criador da contabilidade
8 - Hino do contador
1 - Símbolo
Símbolo dos mais antigos, cuja imagem já se pode encontrar gravada na taça do rei Gudea de Lagash, 2.600 anos a.C., e sobre as tábuas de pedra denominadas, na India, nagakals. As formas e as interpretações do caduceu são muito mais variadas do que geralmente se crê, não se excluem, necessariamente.
O caduceu emblema de Hermes (Mercúrio) é uma vareta em torno da qual se enrolam, em sentido inverso, duas serpentes. Assim, ela equilibra os dois aspectos - esquerda e direita, diurno e noturno do símbolo da serpente. A serpente possui esse duplo aspecto simbólico: um deles, benéfico, o outro, maléfico, dos quais possivelmente o caduceu apresenta o antagonismo e o equilíbrio; esse equilíbrio e essa polaridade são, sobretudo, os das correntes cósmicas, representadas de maneira mais geral pela dupla espiral *. A lenda do caduceu relaciona-se ao caos primordial (duas serpentes lutam) e à sua polarização (separação das serpentes por Hermes), sendo que o enrolamento final ao redor da vareta realiza o equilíbrio das tendências contrárias em torno do eixo do mundo, o que leva por vezes a se dizer que o caduceu é um símbolo de paz. Hermes é o mensageiro dos deuses e, também, o guia dos seres em suas mudanças de estado, o que vem a corresponder justamente, observa Guénon, aos dois sentidos ascendente e descendente das correntes figuradas pelas duas serpentes.
O mesmo simbolismo exprime-se através do duplo enrolamento ao redor do bastão bramânico, pelo das duas nadi do tantrismo em volta de sushumna, pela dupla circumambulação de Izanági e Izanâmi em torno do pilar cósmico, antes da consumação de sua união; e, melhor ainda, por Fu-hi e Niu-kua, unidos por suas caudas de serpente e intercambiando seus atributos do compasso * e do esquadro * (BURN, GUET, GUES, SAIR, SCHI).
Uma outra interpretação salienta o simbolismo de fecundidade. Formado por duas serpentes acasaladas sobre um falo em ereção, o caduceu parece ser uma das mais antigas imagens indo-européias. Pode-se encontrá-lo associado a numerosos ritos, tanto na Índia antiga como na moderna; na mitologia grega, como emblema de Hermes; depois, entre os latinos, que o transferem a Mercúrio. Espiritualizado, esse falo de Hermes, o psicopompo penetra - segundo a expressão usada por Henderson, discípulo de Jung (JUNS, 156) - do mundo conhecido no desconhecido, à procura de uma mensagem espiritual de liberação e de cura. Como se sabe, o caduceu é, hoje em dia, o emblema universal da ciência médica. Todavia, o caduceu só adquire seu sentido completo na época grega, quando as asas passam a encimar as duas serpentes: a partir desse momento, o símbolo torna-se uma síntese ctono-uraniana, transcendendo suas origens, o que leva à evocação dos dragões alados chineses e da representação do deus asteca Ouetzalcoatl, o qual, após seu sacrifício voluntário, renasce, através de uma ascensão celeste, sob a forma da serpente emplumada.
A vareta mágica que representa o caduceu e que, geralmente, é composta de um bastão ao redor do qual se enrolam duas serpentes, evoca cultos muito antigos na bacia do mar Egeu, da árvore e da terra que dá o sustento às serpentes (SECG, 278). Efetivamente, o caduceu hindu associa-se à árvore sagrada... O caduceu mesopotâmico apresenta uma vareta central. Ela parece ser exatamente a lembrança da árvore... Tem-se portanto o direito de considerar a vareta do caduceu de Hermes (e também, aliás, o bastão do caduceu de Esculápio) como o símbolo da árvore, associado à divindade, morada ou substituto desta. O fato de que essa vareta tenha tomado, posteriormente, uma outra significação - o poder divinatório ou o poder de curar - em nada altera seu aspecto de símbolo da eficiência da divindade da árvore (BOUA, 166).
Para Court de Gébelin, que cita Atenágoras e Macróbio (Ambrosius Macrobius Theodosius, escritor lat., ativo no ano 400 da era cristã), o bastão simboliza o equador, as asas simbolizam o tempo, e as duas serpentes, macho e fêmea, representam o Sol e a Lua que, no decurso de um ano, percorrem a eclíptica sobre a qual estão por vezes separados, por vezes unidos. Essa interpretação convém sobretudo ao papel de Hermes, considerado como o pai da astronomia e da agricultura (BOUA, 168).
Por seu lado, os alquimistas também não deixaram de dar uma interpretação do caduceu. É o cetro de Hermes, deus da alquimia. Recebido de Apolo em troca de uma lira de sua invenção, o caduceu é formado por uma vareta de ouro rodeada por duas serpentes. Estas representam, para o alquimista, os dois princípios contrários que se devem unificar, quer sejam o enxofre e o mercúrio, o fixo e o volátil, o úmido e o seco ou o quente e o frio. Esses princípios conciliam-se no ouro unitário da haste do caduceu que surge, portanto, como a expressão do dualismo fundamental que ritma todo o pensamento hermético e que deve ser reabsorvido na unidade da pedra filosofal (VANA, 18-19).
Essa interpretação insere-se num conceito que faz do caduceu um símbolo de equilíbrio por integração de forças contrárias: representaria o combate entre duas serpentes, do qual Hermes seria o árbitro. Esse combate pode simbolizar a luta interior entre forças antagônicas, de ordem biológica ou de ordem moral, que compromete a saúde ou a honestidade de um ser. E assim é que, entre os romanos, por exemplo, o caduceu representa o equilíbrio moral e a boa conduta: o bastão representa o poder, as duas serpentes, a prudência, as duas asas, a diligência, e o capacete, os pensamentos elevados. Todavia, neste caso a interpretação não ultrapassa de modo algum o nível do emblemático. O caduceu reúne também os quatro elementos da natureza e seu valor simbólico: a vareta corresponde à terra, as asas, ao ar, e as serpentes, ao fogo e à água. No que concerne a estas últimas, porém, não é apenas o seu rastejar serpenteante que as faz semelhantes ao movimento ondulatório das vagas e das chamas ou que as assimila à água e ao fogo *: é sua própria natureza, ao mesmo tempo ardente, pela mordida venenosa, e quase líquida, pela fluidez de seus corpos - o que as torna fontes de vida e de morte a um só tempo. Segundo o esoterismo budista, particularmente o
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