MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Por: rosalesjr • 20/2/2016 • Resenha • 1.238 Palavras (5 Páginas) • 498 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
Economia Empresarial
Tutor: Prof. Marcia Glycerio do Espiríto do Santo
Canoas, RS
2015
Estudo de Caso: Reposicionando a Ranbaxy
Contabilidade
Reposicionando a Ranbaxy
REFERÊNCIA: KOTHAVALA, K. ; GHEMAWAT, P. Reposicionando a Ranbaxy Harvard Business School, fevereiro, 1998.
O texto baseia-se em uma análise da empresa farmacêutica indiana Ranbaxy, através de diversos vieses e diferentes tipos de dados. O autor inicia o texto contextualizando o leitor sobre a Rabaxy e explicando que a empresa iniciou suas operações no ano de 1962 e em meados dos anos 80 tornou-se uma das maiores empresas farmacêuticas da Índia. O CEO da Ranbaxy Dr.Singh, em 1993, objetivava tornar a Ranbaxy uma empresa farmacêutica internacional voltada para a pesquisa,com vendas em 1 bilhão até 2003, para isso seriam necessárias uma taxa de 20% no crescimento das vendas e uma expansão do escopo de atuação da empresa em várias direções, porém este plano teve que começar a ser reconsiderado, quando uma concorrente obteve participação no mercado superior a Ranbaxy, no ano de 1995.
No ano de 1995, a indústria farmacêutica indiana registrava uma receita de 3 bilhões de dólares, porém sua participação no mercado mundial era pouco superior a 1%. A Índia possuía um baixo gasto per capita com produtos farmacêuticos, principalmente devido à baixa renda per capita do país, a vigência dos preços locais significativamente baixos e a competição dos remédios com os remédios a base de ervas. A fragmentação da empresa farmacêutica indiana, deu-se pelos baixos níveis de gastos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), procedimentos pouco exigentes de certificação e a discriminação a favor das empresas de pequeno porte. As políticas governamentais também influenciavam significativamente nas relações internacionais da política farmacêutica indiana, as restrições impostas pelo governo indiano às empresas estrangeiras e o desprezo pelas normas internacionais de patentes, reduziram em 45% a participação de empresas multinacionais no mercado indiano, deste modo, as exportações eram de 15% a 30% maiores que as importações desde 1991, em 1995, foram responsáveis por aproximadamente 20% da receita da indústria farmacêutica indiana.
Após movimentos decrescentes durante duas décadas, a rentabilidade média da indústria farmacêutica indiana apresentava sinais de melhora nos anos 90. Em um novo conjunto de mudanças políticas, as restrições contra investimento estrangeiro foram reduzidas e foram diminuídas as tarifas de importação, deste modo esperava-se um significativo aumento da presença de empresas multinacionais no mercado indiano. A participação da Índia no GATT – General Agreement on Trades and Tariffs gerou opiniões diferentes com relação a participação das multinacionais no mercado indiano, por um lado, alguns defendiam que a industria farmacêutica indiana seria destruída pelas multinacionais, porém outros defendiam que ocorreria uma relação de concorrência e colaboração entre as empresas.
O autor cita o exemplo do Japão, o qual protegia sua indústria doméstica da concorrência externa , através de restrições ao investimento direto estrangeiro , o que resultou em uma indústria de alto custo, voltada para o mercado doméstico e pouco inovadora, sendo necessário uma revisão da política que estava sendo adotada pelo país, iniciou-se ,de maneira gradual, a inserção estrangeira no mercado japonês ,porém um dos principais fatores que ainda prejudicavam o crescimento do mercado japonês é a resistência a consolidação de suas empresas.
A Ranbaxy, no final de 1995, obtinha metade de suas vendas do mercado indiano e a outra metade do mercado estrangeiro, tendo 75% de suas vendas concentradas no segmento de drogas anti-infecciosas. A Índia absorvia cerca de 56% das vendas da Ranbaxy , porém as vendas para o outros mercados apresentavam um crescimento estável.
Com relação ao processo de fabricação, a Ranbaxy , na década de 70, começou a destinar recursos para a fabricação de princípios ativos e drogas intermediárias , em 1995, tornou-se o maior fabricante da Índia de princípios ativos e intermediários. A fabricação da Rabanxy era direcionada tanto ao atendimento do mercado indiano, quanto aos países estrangeiros, sendo os países mais desenvolvidos, mais exigentes no que tange a qualidade do produto, o que refletia um maior custo de produção. Com o fim de atender a qualidade exigida pelos países desenvolvidos, a Ranbaxy montou módulos de produção e aumentou significativamente seus investimentos no exterior. Passou a ser necessário investimentos significativos em bens intangíveis, incluindo gerenciamento de qualidade total, reestruturação da cadeia de fornecedores e tecnologia da informação.
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