O Artigo Cientifico

1 INTRODUÇÃO

        As empresas ao entrarem no mercado, preocupam-se mais com o inicio da entidade sem pensar na continuidade da mesma, mas esse pensamento vem sendo quebrado com a disseminação do planejamento e controle de produção (PCP) que visa reduzir custos e despesas mantendo a produção enxuta, visto que a empresa se mantem do produto vendido ou serviço prestado.

        No intuito de organizar a montagem de dados e facilitar na tomada de decisões, as empresas montam ou criam um setor ou um departamento, de apoio à produção, geralmente ligado à diretoria industrial, conhecido como planejamento e controle de produção (PCP) (TUBINO, 2009).

        Outro advento que contribui para a progressão da entidade é o foco na qualidade, atualmente o mercado dispõe de diversas ferramentas que auxiliam na efetividade dessa qualidade. Com uma variedade de filosofias e métodos para a continuidade ou aprimoramento desse atributo.

        Diante desse contexto podemos ressaltar que as ferramentas se evidenciaram mais a partir da década de 70, com a crise do petróleo e a nítida preocupação com a administração da entidade dia a dia e da linha de produção, surgindo assim o movimento pelo controle total da qualidade, empregando as famosas ferramentas com seus respectivos passos (BALLESTERO-ALVAREZ, 2012).

        Mediante todo o processo de PCP, quais os possíveis gargalos dentro do processo produtivo no controle de produção? Acredita-se detectar na entidade estudada os possíveis gargalos que interferem no produto/serviço prestado e ou consequentemente na qualidade final do mesmo.

        Conforme as circunstancias, o presente artigo tem como objetivo geral identificar os impactos do planejamento e controle de produção. Para isso tem-se como objetivos específicos: observar se há um método de controle de produção na empresa estudada, verificar os conflitos entre os setores envolvidos no processo de produção, apontar qual sistema melhor se enquadra na empresa e analisar os resultados obtidos de acordo com a pesquisa aplicada.

O presente artigo visa mostrar as vantagens da implantação do sistema de PCP, bem como a sua importância no ramo industrial e as principais filosofias e ferramentas necessárias para a implantação do mesmo. Tratando de situações recorrentes como a redução de custos, despesas, a efetivação da qualidade, o quanto produzir o excesso de estoques, com foco na redução de gargalos nos devidos processos desde o início até o final do processo produtivo consequentemente no consumidor final.

O estudo teve como objeto o setor administrativo e produtivo de uma empresa do ramo alimentício da cidade de Fortaleza - CE, no qual foi aplicado um estudo de caso sobre o planejamento e controle de produção. A pesquisa contou com visitas a empresa, entrevistas e questionários direcionados a gestora e ao gerente de produção da empresa.

2 REFERENCIAL TÉORICO

2.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS

Com o advento da revolução industrial, a contabilidade de custo ganhou seu espaço no mercado contábil, cenário que era dominado pela contabilidade financeira, visto que houve a necessidade de avaliar os estoques no setor industrial.

Até a revolução industrial (século XVIII), quase só existia a Contabilidade Financeira (ou gerencial), que desenvolvida na Era Mercantilista, com a necessidade de mensurar os estoques, gerou o início da contabilidade de custos no meio industrial (MARTINS, 2010).

A contabilidade de custos veio com ferramentas atreladas para melhor auxiliar o empresário, dentre elas controlar o seu estoque, viabilizar a sua perca e contribuir na tomada de decisões.

2.1.1 Importância dos Custos na Produção

        A contabilidade de custo é o ramo da contabilidade que estuda os gastos e despesas envolvidos no processo produtivo ou na prestação de serviço, com a intenção de reduzir custos e despesas mantendo a qualidade e a eficiência.

Custos é um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço de acordo com Martins (2009, p. 25).

Portanto ela auxilia na tomada de decisões, principalmente no meio empresarial área altamente competitiva, visto que qualquer decisão errada irá gerar uma cadeia de consequências no processo produtivo até o consumidor final.

2.2 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

        A administração de materiais tem uma função gerencial no processo produtivo, no qual se faz levantamento de materiais utilizados, maquinário necessário, controle de estoque, para que ao menor sinal de problema possa ser tomada uma decisão com tempestividade e eficiência.

O objetivo, portanto é otimizar o investimento, aumentando o uso eficiente dos meios financeiros, minimizando as necessidades de capital investido em estoques segundo a afirmação de Dias (2009, p. 7).

O gerenciamento de matérias é imprescindível no planejamento e controle de produção, pois, ele faz o levantamento de tudo que será utilizado ou foi utilizado antes, durante e depois do processo produtivo.

2.2.1 Controle de Estoque

Antigamente as empresas não tinham um PCP, isso consequentemente refletia na falta de controle de estoque, visto que nenhuma empresa funciona sem estoque, fazendo-se necessário o planejamento para acompanhar os itens necessários para atender a demanda.

Sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois ele funciona como amortecedor entre vários estágios da produção até a venda final do produto conforme comprova Dias (2009, p. 7).

O estoque tem a função de controlar os itens faltantes, a quantidade que deve ser comprada, quando comprar. No PCP ele analisa a matéria-prima que será utilizada no processo, sem deixar faltar estoque dentro da produção, pois isso pode refletir na parada de uma linha (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).

Desempenhando um papel fundamental, o controle de estoque previne futuros problemas, como a parada de uma linha de produção refletindo em prejuízo financeiro para a entidade.

2.3 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO

        No ramo industrial, o planejamento e controle de produção (PCP) veio com o intuito de reduzir custos e despesas, buscando qualidade e um menor custo, tendo em vista o foco na potencialização do capital investido e o retorno no que diz respeito à qualidade da mercadoria vendida ou do serviço prestado.

O objetivo principal de uma empresa é, sem dúvidas, maximizar o retorno sobre o capital investido Segundo Dias (2009, p. 1):

Para atingir o máximo retorno, ela deve usar o capital para que este não permaneça inativo [...]. Dentro de uma empresa, a área comercial e a de produção sempre foram vistas com maior importância que a de matérias, porque são conceituadas como objetivo final.