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O BALANÇO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE EVIDENCIAÇÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Por:   •  17/11/2018  •  Artigo  •  8.290 Palavras (34 Páginas)  •  221 Visualizações

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O BALANÇO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE EVIDENCIAÇÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL: um estudo na Instituição de Ensino Superior Franciscano.

Gercenildon da Silva Gomes*

Luana Kercia Oliveira de Sousa Peixoto*

Luiza Mirelly dos Santos*

Maria da Conceição Pereira Aguiar*

Sunny Wallen Silva Barcelos*

RESUMO

O objetivo deste artigo é elaborar um modelo de balanço social para ser aplicado no IESF, visto que não possui, no Brasil, um modelo adaptado às Instituições de Ensino Superior privadas, o mesmo possui responsabilidade social, mas não demonstra contabilmente. Nesse intuito, analisou-se diversas literaturas e legislações que embasam os conceitos de Responsabilidade Social e Balanço Social. Relacionou-se inclusive, o profissional contábil com a responsabilidade social das empresas, visto que o mesmo é o encarregado pela elaboração do balanço social. Destacou-se a atual situação das demonstrações de responsabilidade social do IESF apontando as principais atividades sociais desenvolvidas por esse. É realizado por meio de uma pesquisa descritiva, explicativa e aplicada, uma vez que está voltada a resolução de um problema concreto. O principal resultado obtido foi a produção de um modelo de balanço social para o IESF através de parâmetro do modelo IBASE. Contudo constata-se que é interessante a produção e publicação do balanço social das empresas, em virtude de o mesmo fornecer informações de cunho, social, ambiental e econômico para a sociedade.

Palavras-chave: Balanço Social. Responsabilidade Social. IESF.

  1.  INTRODUÇÃO

As empresas ao praticarem a Responsabilidade Social, promovem ações para determinados sujeitos que na maioria das vezes não serão inseridos na sociedade se não tiverem

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*Graduandos em Bacharelado em Ciências Contábeis do 2° período pela Instituição de Ensino Superior Franciscano.

oportunidades apresentadas por elas e, consequentemente essas instituições terão os seus tributos diminuídos. De acordo com essa atual situação, é que se deve tomar como prontidão o estudo dos dados contábeis que são evidenciados pelas organizações.

        O Brasil não possui leis que obriguem as entidades a produzirem Balanço Social, entretanto existe uma necessidade de evidenciar contabilmente essas ações para a sociedade e para o controle da gestão.

        O IESF (Instituto de Ensino Superior Franciscano) é uma instituição que visa o bem comum no meio em que está inserido, através de atos que beneficiam tanto aos sócios como ao corpo socioambiental, no entanto, não se observa claramente como esta instituição desenvolve a Responsabilidade Social. Sendo assim, questiona-se: Como estabelecer um modelo de Balanço Social no IESF a fim de demonstrar contabilmente a Responsabilidade Social?

        Esta responsabilidade social está ligada ao perfil da empresa que adota atividades para benefícios da sociedade e apoia a sustentabilidade, em sinônimo de preservação ou compensação de acidentes causados por elas. De maneira que essas ações atribuem valores as organizações tornando-a mais competitiva no mercado, trazendo vantagens como: garantia de credibilidade social e uma imagem positiva perante à população, contudo estas vantagens só serão atribuídas às empresas se essas ações sociais forem de conhecimento de todos, e isso se dá somente com a elaboração e publicação do balanço social, por ser um instrumento de evidenciação social.

        Diante disso, este trabalho tem como objetivo elaborar um modelo de Balanço Social baseado no Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicos- IBASE a fim de apresentar uma melhor Responsabilidade Social do IESF.

        Esta pesquisa conforme Vergara (2014) é descritiva porque trata da atual situação do IESF diante dos relatórios sociais, descreve a opinião de autores sobre a responsabilidade social e correlaciona empresa e sociedade; é explicativa, pois tem como preocupação central identificar os fatores que determinam e contribui para a ocorrência do problema real; é aplicada, visto que está voltada à resolução de um problema concreto, como: a produção e publicação do balanço social. Já quanto aos meios é bibliográfica face à necessidade de se recorrer a livros, revistas e outros documentos que fundamentam os estudos aqui destacados; e de campo, visto a utilidade de adquirir informações sobre a contabilidade da instituição.

        Este estudo é relevante pois trata de um assunto atual que diz respeito a sociedade e as organizações de maneira que conscientize as empresas a retribuir a sociedade e ao meio ambiente os benefícios extraídos de ambos.

        Quanto a estrutura da pesquisa, inicialmente, apresenta-se algumas literaturas e legislações que embasam a importância do desenvolvimento, mas também a transparência no que concerne a responsabilidade social. Em seguida, traça-se um diagnóstico sobre como são apresentadas as informações a respeito da responsabilidade social. E por fim mostra-se uma proposta que viabilize a necessidade de se fazer, e também demonstrar como se desenvolve efetivamente a responsabilidade social.

  1. A ORIGEM DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

Marcado por um período pós-guerra, a Responsabilidade Social originou-se diante dos desastres ecológicos e sociais causados pelos conflitos da época. Entre as décadas de 1960 e 1970 a guerra do Vietnã foi dada como exemplo dessa iniciativa social, veiculada por empresas norte-americanas que em sinal de rejeição deixaram de apoiar instituições que tinham envolvimentos diretos ou indiretos no combate. Em resposta ao movimento da população, que buscavam conscientização das devastações causadas pelas guerras, as empresas norte-americanas assumiram o papel de responsabilidade social no intuito de limpar a sua imagem diante da sociedade, alimentando assim o progresso do movimento social, que procuravam por melhores condições de vida e a preservação do meio ambiente.

O Brasil também apresentou sequelas diante dos conflitos, tornando-se vulnerável físico, espiritual e economicamente. Em contrapartida solidaria a ADCE Brasil (Associação dos Dirigentes Cristãos das Empresas do Brasil) assumiu a posição de Responsabilidade Social, ao apresentar uma “CARTA DE PRINCIPIOS DOS DIRIGENTES CRISTÃOS DE EMPRESAS” conscientizando gestores de que as práticas empresariais não deveriam ser voltadas apenas para desempenhar aumentos lucrativos, visto que havia a necessidade da sua participação ativa em ações direcionadas à comunidade e ao meio ambiente.

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