Os Desafios da Gestão do Desenvolvimento Local sob uma Perspectiva Interseccional
Por: claudiocalles • 11/9/2023 • Projeto de pesquisa • 1.819 Palavras (8 Páginas) • 614 Visualizações
Os Desafios da Gestão do Desenvolvimento Local sob uma perspectiva interseccional
A gestão do desenvolvimento local é um desafio constante para as comunidades em busca de progresso econômico, social e ambiental. No entanto, ao abordarmos esse tema sob uma perspectiva interseccional, torna-se evidente a necessidade de considerar as múltiplas dimensões das identidades dos indivíduos. A perspectiva interseccional reconhece que as pessoas são influenciadas por uma combinação de características, como gênero, raça, classe social e orientação sexual, e que essas interseções geram desafios únicos que devem ser levados em conta na gestão do desenvolvimento local.
O exponencial avanço da globalização que teve ênfase com a Terceira Revolução Industrial no início do século XX trouxe, não somente, diretrizes relacionados a indústria, ao campo científico e ao campo tecnológico, mas, despertou moralmente nas pessoas a forma de pensar e de agir com o mundo e com os seus. O que contribui tanto para o indivíduo quanto para a sociedade em si.
Essa nova forma de pensar enfatiza e visa que as empresas busquem e se preocupem com um mundo mais sustentável, colaborativo e inclusivo. Para isso são incorporados novos meios de comunicação, utilização dos produtos, são desenvolvidas novas maneiras de comercializar, surgem novas economias e novos modelos de negócios, além da preocupação com o meio cultural e com a diversidade.
Acreditamos que, assim como as grandes organizações já existentes são exemplos de um futuro sustentável e inclusivo, pode-se trazer tais exemplos para as empresas e os comércios locais. Todavia, precisamos indagar se a “comunidade” interseccional, o qual ocasionou toda uma revolução na forma de pensar e agir está preparada e amparada para gerenciar as organizações. O termo interseccional, de acordo com o site Politize disposto na biblioteca do PI V, está vitalmente ligado ao desenvolvimento local. Processo o qual a comunidade trabalha em conjunto para o desenvolvimento local em geral.
A gestão no processo de desenvolvimento local é um assunto imprescindível para garantir o sucesso e sustentabilidade das iniciativas para o desenvolvimento de uma comunidade ou região. Existem muitos desafios que os gestores enfrentam durante esse processo, incluindo a participação ativa da comunidade que é fundamental para o sucesso do desenvolvimento local. Um dos principais desafios é garantir que a comunidade participe ativamente do processo decisório, se sinta ouvida e representada.
Muitas vezes o desenvolvimento local exige investimentos financeiros significativos. O desafio é encontrar fontes de recursos financeiros que possam sustentar a iniciativa a longo prazo, além de definir uma estratégia consistente que defina como esses recursos serão aplicados.
É importante envolver os empreendedores locais no processo de desenvolvimento, pois eles conhecem a realidade da região e podem contribuir com ideias e recursos. No entanto, eles podem ser resistentes à mudança e ao diálogo com os gestores, o que pode dificultar a colaboração.
Sendo assim, este grupo tem por objetivo apontar os principais desafios socioeconômicos culturais encontrados para gerir o desenvolvimento local e sugerir as possíveis soluções sob perspectiva interseccional, com embasamento teórico, para solucionar estes eventuais desafios. Apontando os benefícios que a gestão do desenvolvimento pode proporcionar a uma comunidade.
O método utilizado para o desenvolvimento deste trabalho estará enfocado na leitura dos materiais predispostos aqui na disciplina do PI V, bem como pesquisas sugestivas a temática norteadora.
Desenvolvimento
De acordo com o Instituto Ethos “diversidade, equidade e inclusão, deixaram de ser temas coadjuvantes para se tornarem protagonistas nos planos de ação de empresas que desejam crescer de maneira sustentável, diferenciada e competitiva. Com as mudanças culturais e avanço da globalização, cresce também a compreensão de que a valorização da diversidade o que traz inúmeros benefícios na vida das empresas e da sociedade”.
Ainda de acordo com o Instituto Ethos, as empresas são um importantíssimo espaço existencial para seus funcionários. Ao estimular a diversidade e atuar contra a discriminação a empresa fortalece o respeito mútuo entre as pessoas, o reconhecimento de suas particularidades e o estímulo à sua criatividade e cooperação.
Mas, o que gerou e como gerou tais mudanças nas perspectivas para o mundo?
Para começar, é necessário compreender o conceito de interseccional. De acordo com o site Politize disposto na biblioteca do PI V, este termo se refere a um conceito sociológico que se preocupa com a interação e marcadores sociais nas vidas de uma ou de várias minorias. Desta forma, em resumo ao que se informa no site Politize, quando entendemos o que é a interseccionalidade vemos que está vitalmente ligado ao desenvolvimento local. Que, conforme apontado no site do Sebrae, “é o processo o qual a comunidade local trabalha junta para realizar atividades comerciais desenvolvendo estratégias, tomada de decisões econômicas e na realização delas. De forma mais simples, é quando a minoria se junta para desenvolver a economia local”.
Quando a mudança parte das pessoas, o bottom-up, essas se tornam atores sociais e realizam uma das principais perspectivas do desenvolvimento local, porém, quando a mudança parte do Estado através da criação de políticas públicas, esta faz parte da segunda perspectiva com foco em fatores externos, o top-down. (apontar a fonte)
As duas perspectivas possuem limitações, mas são movimentos igualmente importantes que abrangem múltiplas escalas, uma traz o desenvolvimento do raciocínio e da moral, enquanto a outra configura-se como uma tentativa de reversão das desigualdades inter e intra regionais através de um projeto nacional de desenvolvimento, que mobiliza recursos federais, estaduais e municipais.
No Brasil, o desenvolvimento local é um processo que vincula forças de fora e de dentro para benefício do desenvolvimento econômico, cultural e político. Tais como as políticas criadas após os anos de 1970, esse desenvolvimento tem foco na promoção da inovação, empreendedorismo e flexibilidade do sistema produtivo, pautas que também são importantes para os grandes gestores que buscam o crescimento de seus negócios, é só através de colaboradores mais capacitados, com maior habilidade de inovação e flexibilidade, que as empresas podem se sobressair em seus ramos. (apontar a fonte)
Assim, o desenvolvimento local se tornou também responsabilidade das empresas que
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