Período Pré-Científico

O período Pré-Científico é construido de etapas evolutivas uma vez que busca raciocínios, definições e conceitos do mesmo. E o grande historiador da contabilidade deste século Melis dividi períodos, ao que se relaciona à Pré-história e o que se relaciona à Antiguidadde, porque distinto eram os recursos humanos e obviamente também a forma de dar importância à riqueza que é o objeto de conhecimento contábil. Igualmente, a mesma divisão é necessria para o pré-científico e o científico.

Para alcançarmos tal período foi necessário um ambiente propício e o da literatura que reproduzia as práticas contábeis, na escrita detalhada dos processos fez surgir teorias, conceitos e preposições.

Por volta de 1202 iniciou-se uma das primeiras escolas da contabilidade, a escola contista. Nessa época eram estudadas as técnicas matemáticas, pesos e medidas, mas as atividades comercias tiveram um alavanque em meados do século XV, com o surgimento do método das partidas dobradas após a publicação da obra de Luca Pacioli, a escola italiana ganhou um grande impulso espalhando-se por toda Europa.

O contismo foi a primeira corrente do pensamento contábil, seus defensores adotavam como ideia básica o mecanismo das contas, centrando sua preocupação no seu funcionamento e esquecendo que a conta é consequência das operações e que as operações merecem muito mais a atenção da contabilidade, para esses criadores o processo de escrituração e as técnicas de registros através das contas eram a preocupação central, as contas tinham como objetivo, registrar uma divida a receber ou a pagar, com a origem do créditos nas relações comerciais.

As contas contábeis se tornaram um dos instrumentos mais hábeis para registros, com o início do regime sócio econômico onde os meios de produção passaram a pertencer a qualquer pessoa que tivesse capital, e as relações entre compradores e vendedores tiveram um grande crescimento.

As mais avançadas e pré científicas considerações de aziendas é gestão patrimonial são da obra de Bastiano Venturini, em 1655, que construiu a verdadeira “escola de pensamentos”, onde ditou regras rigorosas para detectar o desperdício e a fraude, ele também fez uma excelente ligação entre a contabilidade e a administração, e foi considerado um dos mais avançados precursores da contabilidade gerencial ou diretiva.

Quem também mereceu destaque deste período, foi o contista Matthieu de La Porte por classificar as contas em; Conta do proprietário (Capital, lucro e perdas redituais), conta das coisas ou dos efeitos in natura( Caixa, mercadorias, cambiais), e conta das pessoas ou dos correspondentes ( Débito e créditos pessoais diversos), a intenção era diferenciar pessoas físicas de pessoas jurídicas.

Algumas obras egressas de Barremé é Giredeau (1745), completam as bases da teoria das contas gerais de La Porte, mas foi com Degranges que o ápice da difusão estaria por ocorrer. Degranges aperfeiçoou os métodos existentes e fixou nas cinco contas gerais que ele considera como sendo de mercadorias (Circulação operacional fundamental); caixa (Circulação financeira fundamental); efeitos a receber e efeitos a pagar (Circulação fundamental com terceiros); lucrose perdas (Circulação de resultados). É possível observar que a maior preocupação de Degranges era com fatos patrimoniais pertinentes ao comércio.

A síntese promovida por Degranges permitiu realizar a fusão dos livros básicos da escrituração por partidas dobradas, com a criação do livro “Diário-Razão”. O livro de Degranges tem como preocupação fundamental, os registros e também a classificação da natureza do fenômeno. A obra de Degranges não pode ser considerada uma obra de doutrina, mesmo encerrando em diversos de seus pontos a vocação para o racional.

O fim do período pré-científico tem origem de uma intensa discussão doutrinária entre escolas francesa e italiana, pois almejavam retornar a liderança cultural. Sendo isso só possível com inserção de uma ciência que traria o que as contas da contabilidade representa. Essa teoria de La Porte acelerou a mentalidade científica em contabilidade na França em meados do século XVIII, na época das angústias financeiras das empresas e do caos nas finanças reais.

Características do Período Pré -Cientifico, Angelo Pietra, Moschetti e contabilidade industrial

A princípio a contabilidade tornou -se uma necessidade para estabelecer o controle das inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava. E a partir dessa época, os estudiosos começaram a desenvolver e realizar com maior seriedade a busca dos primeiros conceitos e teorias específicas.

Após o século XVI, que possui recurso organizado, Angelo Pietra cria sua primeira obra, onde coloca suas principais teorias sobre o contismo , também é nessa obra que aparece á primeira interpretação dos fenômenos das riquezas ,das aziendas , ainda que sem muita explicação teórica.

Angelo Pietra apresentava o contismo de forma racional , com classificação através das contas, fazendo contismo uma ciência, que analisava fora das óticas do direito os conceitos genuinamente sobre os aspectos contábeis de débito, crédito, valor e quantitativo, preço e custo. Apresentando um pequeno dicionário, um esboço de planos de contas, de classificação de fatos contábeis, além de princípios de teorização das contas, matrizes de elementos patrimoniais, avaliação de bem e inclusive com conceitos atinentes ao preço de marcado, exercício social, cronograma de atos administrativos e entre outros. Angelo Pietra se preocupava em observar fatos, em buscar conceitos e ensaiar teorizações. Ele fala da necessidade de analisar a entrada e saída de recursos em cada ano, e observar o comportamento da riqueza para conhecer erros e acertos, e não apenas para se ter um registro de determinada época do patrimônio, como era feita pelo seus antecessores. Ademais, implanta a primeira metodologia racional dos exames dos fenômenos das riquezas.

Em 1601, surge uma atmosfera de renovação, marcada pelo Barroco e uma aceleração se uma mentalidade científica. O Giovanni Antonio Moschetti, conhecido como Moschetti, foi o primeiro a dedicar-se a contabilidade industrial , que é um estudo da contabilidade aplicada indústrias, assim, sendo a parte da contabilidade que