Princípios básicos das contas nacionais
Artigo: Princípios básicos das contas nacionais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: anjjn • 6/2/2015 • Artigo • 584 Palavras (3 Páginas) • 2.030 Visualizações
2. Princípios básicos das contas nacionais
Alguns princípios básicos devem ser observados no levantamento e medição dos agregados macroeconômicos, a saber:
* Consideram-se apenas as transações com bens e serviços finais, não sendo computados bens e serviços intermediários (matérias-primas, componentes). Os custos de produção referem-se, então, apenas à remuneração aos fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros), não sendo considerados os preços de matérias-primas e demais produtos intermediários.
* Mede-se apenas a produção corrente do próprio período. Assim, não são considerados o valor de transações com bens produzidos em períodos anteriores (automóveis, máquinas, imóveis usados, por exemplo). Entretanto, como as atividades econômicas compõem-se também do setor de serviços, a atividade comercial é um serviço corrente. Então, considera-se a remuneração do vendedor (mesmo que de um produto de segunda mão) como parte do produto corrente, mas não o valor de objeto de transação (o produto em si).
* As transações referem-se a um fluxo, ou seja, são definidas ao longo de um certo período de tempo. Normalmente, considera-se o ano, embora existam também estimativas trimestrais, como no Brasil, mas que são amostras parciais.
* Na Contabilidade Social, não são considerados os valores das transações puramente financeiras, dado que estas não representam diretamente acréscimos do produto real da economia. Esses agregados (depósitos e empréstimos bancários, transações na Bolsa de Valores) são considerados como transferências financeiras entre aplicadores e tomadores 1.
* A moeda é apenas um padrão de medida na Contabilidade Social. As variáveis monetárias são definidas e analisadas no capítulo seguinte.
1. Deve ficar claro que não são computados os valores dessas transações como parte da formação do produto e da renda nacionais. Entretanto, a remuneração dos corretores da Bolsa, os salários e os lucros gerados pelas atividades financeiras são computados, já que representam geração de renda oriunda da prestação de serviços pelo setor financeiro da economia.
3. Economia a dois setores: famílias e empresas
A seguir trataremos dos agregados macroeconômicos. Seguindo a metodologia tradicionalmente adotada na Teoria Macroeconômica, partiremos inicialmente de algumas hipóteses simplificadoras. Primeiro, consideraremos apenas dois agentes, empresas e famílias (a chamada Economia a dois Setores). A seguir introduziremos as variáveis relativas do setor público (Economia a três Setores), para, finalmente, chegarmos ao modelo completo, com o setor externo (Economia a quatro Setores).
3.1. O fluxo circular de renda: as óticas do produto, da despesa e da renda
O estudo macroeconômico trata da formação e distribuição do produto e da renda gerados pela atividade econômica a partir de um fluxo contínuo que se estabelece entre os chamados agentes macroeconômicos: famílias, empresas, governo e setor externo. Esse fluxo (fluxo circular de renda) precisa ser periodicamente quantificado, para se avaliar o desempenho da economia no período.
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