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RELATÓRIO DE ANÁLISE E DEMONSTRAÇÕES

Por:   •  23/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  6.946 Palavras (28 Páginas)  •  179 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES CONTÁBEIS

Bruna Alves da Silva

Danielle Cristina Carvalho Veron Chagas

Érika Fernandes Ferro Angi

João Luiz Moser Semczyszen

Laércia Lemes de Assis

RELATÓRIO DE ANÁLISE: NATURA S.A

OSASCO

2017

  1. Natura

A companhia em análise foi fundada em 1969, sendo atuante no mercado brasileiro no ramo de cosméticos e com uma política de vendas diretas, a companhia destacou-se por possuir um perfil voltado a preservação do meio ambiente e com produtos sustentáveis.

Em 2004 a companhia passa a ter seus valores mobiliários negociados na BM&F (atual B3) e despertar o interesse de investidores, em janeiro de 2013 teve sua maior valorização do preço de mercado com negociação em R$59,80 e atualmente seu preço está na casa de R$28.

A crise econômica enfrentada pelo país, perca de participação de mercado, mudança de público alvo, mudanças na diretoria, reavaliações de portfólio e outras mudanças enfrentadas pela Natura S.A nos últimos anos refletem em sua cotação na bolsa de valores e voltado a este estudo iremos analisar a atual situação da companhia realizando uma análise global e aprofundada através dos indicadores financeiros.

  1. Introdução

A natura observou um crescimento de receita líquida consolidada desde 2013 para 2015. Com uma queda estável de acionistas e investimentos externos à empresa, o objetivo da gestão está sendo expansionismo concentrado preferencialmente no âmbito internacional. Do período analisado houve um aumento considerável na parcela de OIs* que demonstram que seu planejamento está de acordo com o desejado.

Em 2016 a alta gestão da Natura teve uma rotação, o antigo diretor- presidente, Roberto Oliveira de Lima, terminou seus serviços com a empresa e foi substituído pelo atual líder executivo, João Paulo Ferreira. As oscilações na politica brasileira e o mercado de FOREX estão entre os maiores fatores de empecilho dos resultados demonstrados. A retração do poder de consumo brasileiro fez com que a cesta de produtos usuais diminuísse. Novas barreiras burocráticas e mudanças governamentais levaram também o objetivo de expandir internacionalmente a um novo patamar de complexidade.

Embora dificuldades na economia do Brasil, a Natura conseguiu lugar avantajado em 3 países dos 5 em quais a empresa tem atuação ativa. Suas marcas internacionais, como a AESOP australiana, teve um aumento operacional de 4 vezes seu tamanho anterior. Houve também expansão local, com 5 novas lojas em São Paulo levando a possibilidade da Natura relançar antigas linhas piloto que traziam boa rentabilidade.

A Natura demonstra uma estrutura robusta com um leque em constante crescimento de representantes e participantes. Com a expansão internacional e local brasileira é esperado que a Natura adquira novas marcas e aumente seu ativo. Embora, comparativamente ao longo dos anos, suas ações estejam em decadência, assim como o numero de acionistas.

  1. Relatórios da Administração

Conforme cita Springer (1992), o Relatório da Administração é a parte dos relatórios anuais que mais ajuda os acionistas a analisar os resultados financeiros do ano anterior e as previsões futuras da companhia. O Relatório de Administração é a primeira publicação do processo unificado de divulgação de resultados da Natura, que também abrange o Relatório Anual, com informações detalhadas sobre o desempenho da companhia no ano e suas ambições futuras. Analisando o relatório da Natura Cosméticos S.A. dos últimos três anos percebemos que o mesmo evidencia bastante sua performance como empresa sustentável.

Em relação ao desempenho da empresa no ano de 2014, sua receita líquida ampliou 1,9% comparada ao ano anterior, e as Operações Internacionais representaram 19,2% da receita consolidada do ano, além de continuarem com a estratégia de expandir no mercado internacional. É realista ao demonstrar a retração na receita líquida comparada a 2013 e a alta no desempenho das emissões de CO2. Reduziram os custos com fornecedores por estar correlacionado com a redução do escoamento do volume de insumos estocado nos últimos anos. Apesar da divulgação do crescimento de 14% do mercado de cosméticos no Brasil, a Natura sofreu uma retração, divergente do andamento do mercado. No relatório ela também apresenta suas estratégias para os próximos anos, pretendendo potencializar a venda por relações por meio de alta conectividade e grande capacidade de processamento e análise de informação com o número crescente de representantes de seus produtos, se reinventando e investindo mais em tecnologia para o mercado virtual. Com isso, ela menciona também seus riscos alguns mencionados como: capacidade de inovação, modelo comercial, questões comerciais (taxa de juros, variação cambial, in- ação, aumento da carga tributária etc.), segurança da informação e qualidade do produto fora o cenário institucional dos demais países em que atua; para isso ela também faz seu planejamento estratégico.

Em 2015 a empresa sofreu com a retração da economia brasileira, o aumento na carga tributária e a desvalorização do Real foram uns dos fatores que contribuíram para a caída das vendas e da lucratividade em comparação com o ano anterior. Todavia as Operações Internacionais mantiveram o ritmo de crescimento e contribuíram com 27% das vendas totais. Os resultados consolidados foram, portanto, de R$ 10,8 bilhões em receita bruta em 2015, com 8% a mais de consultoras sobre o ano anterior, houve queda no índice Ebitda de 3,8%, impactando negativamente o lucro líquido, contraditoriamente a geração de caixa livre de R$ 818 milhões (contra R$ 209 milhões em 2014) devidamente explicada por eles, quando diminuíram os investimentos em bens de capital –  Capex, que totalizaram R$ 383 milhões, alinhado com sua previsão que era de R$ 385 milhões para 2015, inferior aos R$ 505,7 milhões de 2014. Deste modo liberaram R$ 313,6 milhões do capital de giro em 2015, enquanto no ano anterior houve um consumo de R$ 208,3 milhões e como resultado, sua geração de caixa livre foi de R$ 818 milhões, contra R$ 209 milhões em 2014. Também este ano, criaram a Diretoria de Compliance, que tem a função de fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade.

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