RESENHA CRÍTICA MERCADO FINANCEIRO DE ALGUNS CAPÍTULOS DE TRÊS OBRAS DIFERENTES

RESENHA CRÍTICA DE ALGUNS CAPÍTULOS DE TRÊS OBRAS DIFERENTES

 

 BRUNI, Adriano Leal. Mercados Financeiros: para a certificação profissional ANBID 10 (CPA-10). São Paulo: Atlas, 2005. cap. 1, p. 11-26.

 FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: produtos e serviços. 18 ed. Rio de Janeiro: Qualitimark, 2010. cap. 1 e 2, p. 1-10.

ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012. cap. 1, p. 21-43.

 

        

1. CREDENCIAIS DOS AUTORES

BRUNI, Adriano Leal é Professor Titular Livre da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia, Doutor (2002) e Mestre (1998) em Administração pela Universidade de São Paulo e autor de livros técnicos de Finanças e Métodos Quantitativos publicados pela Editora Atlas.

FORTUNA, Eduardo Engenheiro e Professor. Engenheiro formado pela Escola Nacional de Engenharia. Fez cursos de extensão em Administração de Empresas e de Engenharia de Produção. Exerceu a função de Diretor de Produtos no Banco Bozano Simonsen, onde trabalhou por 14 anos e ocupou o cargo de Vice-Presidente de Produtos e Serviços no Citibank. Atualmente, é profesor-titular das cadeiras de Mercado Financeiro e Administração de Produção na Faculdade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, e sócio-diretor da QPC Treinamento e Consultoria de Resultados.

ASSAF NETO, Alexandre, Graduado em Economia (1971), pós-graduado (exterior): Mestrado em Administração – Métodos Quantitativos (1977) e Doutorado em Administração – Finanças (1983) na USP. Livre-Docente em Finanças (2004) pela USP. Professor Titular em Finanças (2005 - 2014) na USP. Trabalhou como docente e pesquisador na UnB, PUC-SP, FEA-SP/USP e FEA-RP/USP. Possui 16 (dezesseis) livros e mais de 70 (setenta) trabalhos técnicos e científicos publicados em congressos no país e no exterior e em revistas científicas com arbitragem. Membro do Conselho Editorial de importantes revistas científicas, consultor em Finanças Corporativas e Valuation. Parecerista em assuntos financeiros. Coordenador e docente de cursos de pós-graduação. Sócio do Instituto Assaf (consultoria e treinamento). Palestrante.

2  RESUMO DAS OBRAS O capitulo primeiro do livro “Mercados Financeiros: para a certificação profissional ANBID 10 (CPA-10). 2005. cap. 1, p. 11-26. de Adriano Leal Bruni “possui o objetivo de apresentar os mercados financeiros e o processo de poupança e investimento. Descrever a função dos intermediários financeiros e defini a intermediação financeira.   Sob a ótica do indivíduo, investir é emprestar recursos, próprios ou de terceiros, com o objetivo de obter ganhos em determinado período. No sentido macroeconômico, ou seja, sob o prisma da comunidade como um todo, investimento é toda aplicação de recursos, próprios ou de terceiros, que contribua para aumentar o estoque de bens produtivos.   A maioria das pessoas associa ao verbo poupar as atividades de economizar, não gastar, guardar algum dinheiro. Em economia, poupança é a parcela de renda não consumida, poupar, portanto é um ato de abstenção. Por outro lado, investir corresponderia a aplicar o dinheiro em um “negocio” lucrativo.  FORTUNA, Eduardo “Mercado Financeiro: produtos e serviços 2010. cap. 1 e 2, p. 1-10.  O capitulo se inicia com uma retrospectiva histórica do sistema bancário. Nesse primeiro estagio, o sistema denominava-se de banco tradicional e adotava o modelo trazido pelo Império europeu, as atividades básicas dos bancos se resumiam em operações de depósitos e empréstimos, esse período perdurou até metade do século XX. A partir do anos 50 deu-se inicio a fase intermediaria, mais de 500 matrizes bancarias funcionavam na ocasião.  Nessa fase, surgem medidas que corporificam o Sistema Financeiro Nacional, através do o decreto lei 7.295 que incentiva o controle do mercado monetário, e instrumentos de controle do volume de crédito e dos meios de pagamentos (depósito compulsório por exemplo). No cenário atual, os bancos não são as principais peças do Sistema Financeiro, há modalidades de Instituições financeiras dentro do sistema financeiro. Houve também uma grande ampliação das atividades dos bancos em relação a primeira fase, identificou-se evolução de métodos e práticas da atividade, fato que se deve a globalização, a abertura econômica e a adoção do Plano Real. No capítulo dois do livro, Eduardo Fortuna discorre a respeito da função social dos bancos, ele defende que os bancos possuem duas funções:  Prestação de serviços e Arrecadação de tributos e pagamentos de benefícios. Ele diz que os bancos são grandes prestadores de serviços para as pessoas jurídicas, realizando serviços como: instalação de caixa, retirada de numerários, pagamento de empregados e fornecedores, creditando cobrança no mesmo dia de pagamento, oferecendo caixa ATM, serviços de controle de faturamento, contabilidade, fluxo de caixa, mercados externos, etc. Para a administração pública, os bancos facilitam o atendimento ao grande público quando arrecadam suas receitas, paga seus funcionários públicos, paga os beneficiários da previdência, e quando presta serviços burocráticos e administrativos. No que diz respeito à arrecadação de tributos e pagamentos de benefícios, os bancos servem de intermediários financeiros entre os órgãos públicos e os contribuintes, tornando eficiente a estrutura de arrecadação do governo, que até a década de 60, funcionava através de estruturas próprias de arrecadação de impostos e taxa de serviços ou para pagamento de benefícios, existiam coletorias federais, estaduais e órgãos específicos para recolhimento de taxas, enquanto os bancos só serviam para receber depósitos e realizar descontos (função de caixa e empréstimos). Com o desenvolvimento econômico, o sistema de arrecadação do governo tornou-se ineficiente e ineficaz, dando aos bancos a oportunidade de servir como intermediário financeiro entre órgãos públicos e contribuintes. ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro 2012. cap. 1, p. 21-43. O capitulo trata da atividade econômica como essencial a um melhor entendimento do funcionamento e funções dos mercados financeiros. Através da lei a escassez determina-se o quanto produzir e como será distribuído essa produção. O autor também identifica e discorre sobre as formas de organização econômica que se dividem em duas a economia de mercado e centralizada, citando ainda que o sistema laissez-faire admite que o mercado tem total condição de solucionar  os problemas  básicos de uma economia  o que , como e para quem produzir, Alexandre também exemplifica sobre os conceitos básicos da economia e as funções da moeda como meio de pagamento para realizar transações com bens e serviços 3 CONCLUSÃO DA RESENHISTA     De um modo geral, os autores apóiam-se em diversos estudos e analises sobre o mercado financeiro de compra e venda de valores mobiliários, trazendo um melhor entendimento desse universo de poupadores e investidores, deficitário e superavitário e da economia do nosso País. Como diz Adriano Bruni “Consumir é pagar por uma satisfação presente já investir é pagar pó uma satisfação futura”.   Com este discurso o autor nos alerta a manter um equilíbrio econômico de acordo a necessidades presentes e futuras, estando sempre atendo a economia do país e suas instituições financeiras.   4 CRÍTICA DA RESENHISTA Apresenta uma boa introdução ao mercado financeiro, com solido conhecimento do tema, o conteúdo desses livros é essencial para aqueles que desejam investir. Os autores dão esclarecimentos sobre o mercado financeiro.  É uma leitura que exige conhecimentos prévios para ser entendida, além de diversas releituras e pesquisas quanto a conceitos e contextos apresentados. Finalmente, com o estudo dessas obras, pode-se amadurecer mais, inclusive para aceitar e até solicitar crítica rigorosa com relação ao mercado financeiro.

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