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RESUMO CONTABILIDADE DE CUSTOS

Por:   •  7/7/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.534 Palavras (11 Páginas)  •  1.842 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO _____________

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRATIVAS

BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CONTABILIDADE DE CUSTOS

Prof. ________________

Aluno: _________________

RESUMO DOS CAPÍTULOS 1 A 4 DE “CONTABILIDADE DE CUSTOS (MARTINS, 2010)

CAPÍTULO 1 (As Contabilidades de Custos, Financeira e Gerencial)

Da Contabilidade Financeira à de Custos

A Contabilidade Financeira (ou Geral), desenvolvida na Era Mercantilista, servia bem as empresas comerciais, a princípio. Mudanças foram surgindo com a Revolução Industrial (século XVIII), que trouxe maior complexidade na mensuração do custo das mercadorias produzidas, o que implicava agora na observação aos valores pagos pelos fatores de produção utilizados pelas indústrias, em complementação à forma já conhecida de avaliação de estoques de empresas comerciais, que consistia na consulta aos documentos de aquisições do período. Enfim, passava a ser necessário pensar nos custos de bens produzidos, além dos oriundos de bens adquiridos.

        A adaptação contábil previa a adoção de critérios semelhantes aos adotados para empresas comerciais. Assim, numa empresa industrial, despesas administrativas, de vendas e financeiras não deveriam compor o custo dos bens ou mercadorias por ela fabricados, mas apenas os valores empregados para a produção desses bens ou mercadorias.

Princípios básicos da Contabilidade de Custos Industrial

        Por duas razões, principalmente, tem-se mantido, na maioria dos países, os princípios da Contabilidade de Custos Industrial na avaliação de estoques:

  • O surgimento da Auditoria Independente em decorrência do aumento de interesse da população em geral pelo Mercado de Capitais nos EUA e alguns países da Europa, que tem atraído milhares de pessoas a participarem de ações de grandes empresas, bem como se deve ao aumento da complexidade do sistema bancário e consequente distanciamento entre banqueiros e proprietários ou administradores de empresas dependentes de crédito. Em suas funções, os auditores independentes precisaram firmar e até criar princípios básicos de Contabilidade, a fim de conferir homogeneidade na comparação de demonstrações contábeis. Tais princípios foram consagrados pelos Auditores Externos ao longo do tempo;
  • A adoção dos mesmos critérios e princípios fundamentais na mensuração do lucro tributável pelo Fisco.

Da Contabilidade de Custos à Contabilidade Gerencial

O objetivo primeiro dos Auditores, Contadores e Fiscais foi utilizar a Contabilidade de Custos como ferramenta para mensuração de estoques e do resultado. O crescimento das empresas, entretanto, ampliou a utilidade desse ramo da Contabilidade, de modo que hoje, com adaptações, a Contabilidade de Custos “presta informações” à Contabilidade Gerencial, auxiliando no controle e contribuindo para a tomada de decisões gerenciais.

Em particular, o avanço das Tecnologias da Informação permitiu a criação de softwares que executam as três contabilidades (Geral, de Custos e Gerencial) concomitantemente, dando celeridade aos processos contábeis.

CAPÍTULO 2 (Terminologia contábil básica)

Terminologia em Custos Industriais

  • Gasto – compromisso financeiro assumido por uma entidade na aquisição de bens ou serviços quaisquer, que implica em sacrifício financeiro para a entidade, seja tal sacrifício representado pela entrega ou promessa de entrega de ativos. Excluem-se deste conceito os custos de oportunidade – “o quanto a empresa sacrificou em termos de remuneração por ter aplicado seus recursos numa alternativa ao invés de outra” (MARTINS, 1987 apud PEREIRA et al, 1990) e os juros sobre o capital próprio, por não haver, nesses casos, uma contrapartida na entrega de ativos.
  • Desembolso – é o pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço, independentemente do momento em que tenha ocorrido.
  • Investimentos – gastos que incorporam o ativo da empresa, adquiridos em função da vida útil ou de benefícios futuros dos bens adquiridos, sejam eles materiais (veículos, móveis, imóveis para expansão futura da empresa, equipamentos) ou imateriais (ações, matéria-prima etc). São assim considerados quando “estocados” para consumo ou venda e sofrerão baixa, depreciação, amortização ou exaustão (conforme o tipo do bem), à medida em que ocorra seu consumo, desvalorização ou desaparecimento.
  • Custos – Gastos decorrentes do uso de bens ou serviços na produção de outros bens ou serviços. São assim considerados no momento de sua utilização. Assim, gastos tidos como investimentos quando de sua aquisição ou “estocagem”, são convertidos em custos parceladamente (ou imediatamente), quando de sua utilização na produção de utilidades. Exemplos: energia elétrica e insumos utilizados na fabricação, a porcentagem de desgaste (depreciação) de uma máquina envolvida na produção, num determinado período (depreciação).
  • Despesas – São bens consumidos direta ou indiretamente, que visa à obtenção de receitas, e que não tenham relação com o processo produtivo. Reduzem necessariamente o patrimônio líquido. São assim considerados no momento de uma venda ou do próprio uso ou desgaste do bem e figuram desta forma na Demonstração de Resultado de Exercício. Exemplo: depreciação de mobiliário do departamento financeiro de uma indústria.

Dependendo do tipo de bem ou serviço transferido, um gasto pode se converter diretamente em despesa (consumo de escritório, por exemplo, seja em indústria ou em empresas comerciais), ou ser tomado como custo (produção) e depois despesa (venda), ou ainda ser tomado, a princípio, como investimento (matéria-prima recém-armazenada), custo (produção) e despesa (venda).

  • Perdas – Decorrem do consumo anormal e involuntário de bens ou serviços. Por não visar à obtenção de receitas, os valores considerados como perdas não se confundem com despesas ou custos, e são levados diretamente ao resultado do período sob a forma de despesa.

A terminologia em entidades não industriais

Apesar de ter o foco voltado, a princípio, para o processo produtivo de empresas industriais, a Contabilidade de Custos é igualmente importante, atualmente, em empresas comerciais, não apenas por estas utilizarem as técnicas daquela disciplina, mas também pelo entendimento de que, enquanto produtora de utilidades, as empresas comerciais geram custos. A diferença é apenas que não há a fase de “estocagem”, sendo assim os custos são imediatamente transformados em despesas.

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