Resumo critico Brics
Por: madsmercia • 24/9/2015 • Resenha • 1.290 Palavras (6 Páginas) • 878 Visualizações
BRICS (BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA, CHINA E ÁFRICA DO SUL)
A ordem de potências mundiais se fixou, por séculos, com os Estados Unidos (capitalista) e União Soviética (socialista), posteriormente, se sobressaem outras potências, como Rússia, Alemanha, China, França, seja por relações comerciais ou blocos econômicos, toma-se, por exemplo, o Mercosul e a União Europeia. Alguns poucos acordos, atualmente, indicam as relações dialógicas entre países por interesses comuns, como o caso dos BRICS.
Inicialmente BRIC, Brasil, Rússia, Índia e China, que modelam as relações não institucionais, com o objetivo de discutir práticas envolvendo acordos comerciais e desenvolvimento de projetos entre esses países, representam conjuntamente um dos meios de articulação da situação econômica de cada um desses países e, da economia mundial, intensificando seu valor funcional para a política econômica, inclusive as colocações nos percentuais do PIB.
Cada reunião anual era realizada em um dos países com seus respectivos representantes de Estado, em uma aliança política, portanto, não se pode ainda afirmar que os BRICS são um bloco econômico. A primeira cúpula, realizada na Rússia, em Ecaterimburgo (16/06/2009), objetivava aprofundar o posicionamento de cada país dos BRICS, a segunda em Brasília (15 e 16/04/2010), preparou os acordos entre os BRICS, com a participação da África do Sul.
A terceira na China, em Sanya (14/04/2011), trouxe em pauta as discussões sobre os diversos setores da economia dos BRICS, também incluso no cenário internacional; já a quarta na Índia, em Nova Déli (29/03/2012), percebe-se o aumento do poder do grupo e sua influência nas questões internacionais, decidindo por criar um banco de desenvolvimento. A quinta aconteceu em Durban, na África do Sul (26 e 27/03/2013), que integrava a parceria rumo ao desenvolvimento, integração e industrialização, além de cooperar em relação à infraestrutura na África.
Os BRIC surgiram em 2001, como uma expressão do economista inglês Jim O’ Neill, sendo uma nova postura de administração global ou, futuramente, o surgimento de uma nova formação geopolítica, e somente em 2010, a convite dos outros países membros, a África do Sul (South Africa) foi incluída nessa cúpula.
Toda economia se desenvolve tendo como base os mercados entre países ou localidades, e a depender dos acordos comerciais entre os mesmos, da mesma maneira, a teoria comercial entre os BRICS, não seria diferente, pois os países compartilham de situações econômicas semelhantes.
Dentre essas situações está à economia e a situação política estável com as reservas de recursos minerais, mão de obra e qualificação, investimentos em infraestrutura e investimentos estrangeiros em empresas nesses países, a crescente produção e exportação, a diminuição, embora lenta, das desigualdades sociais. Consequentemente, esses países apresentam ao longo dos anos um crescente aumento no PIB e, ainda a valorização do mercado de capitais, incluindo-os em patamares econômicos internacionais.
Essa relação de características relevantes a esse grupo, inicialmente tinha pouco valor a economia, a julgar pelos projetos e discussões promovidos a cada reunião realizada. No entanto, essas práticas se tornavam mais evidentes no desenvolvimento dos seus mercados, beneficiando as relações internas do grupo, que resultam em uma estratégia importante ao papel de lideranças políticas, e a ascendente observação da economia mundial, deixando de ser somente uma vontade política, mas um intuito de intensificar relações.
Por outro lado, enquanto os BRICS expande-se dia após dia, uma das potências mundiais, os Estados Unidos, mesmo possuindo destaques em diversos setores da economia, vem tendo crises financeiras consecutivas, desde 2008 com o colapso do mercado imobiliário, seguida da queda da produção, o desemprego, incluindo crises nas relações com outros países, como Cuba, ou seja, conflitos geopolílitos. Já a China vem mantendo o patamar de desenvolvimento rápido e crescente.
A China consolida esse grupo de países emergentes com sua economia, que apesar das insignificantes importações de alimentos e bebidas, vem fazendo investimentos com insumos industriais, bens de consumo e de capitais, este último relevante também para a Rússia, somado a melhoria na infraestrutura de seu país, garantindo o comércio entre os BRICS, principalmente com Rússia e Brasil. Sozinha seu PIB corresponde ao dobro dos outros países membros.
Rússia tem poder de exportação de combustíveis e lubrificantes, além de importações em equipamentos de transporte e bens de consumo junto com Brasil. Rússia está em igualdade com a Índia em relação ao percentual de participação do PIB, já a Índia se destaca com as exportações de insumos industriais, e também o Brasil.
O Brasil está em situação estratégica, apesar de estar passando, atualmente, por mudanças e dificuldades da ordem econômica, política, educacional, social e de saúde, é um país em desenvolvimento que injeta todas as expectativas de mercado dos demais membros, beneficiando-se, garantindo o impulsionamento da economia interna e externa.
Sua relação com os outros países membros se intensificou, após a VI reunião que aconteceu em Fortaleza (14, 15 e 16/07/2014), em pleno fervor político pela ocorrência da Copa do Mundo em 2014, mas que determinou os detalhes na concretização do Banco de Desenvolvimento, e outras discussões que mexem com questões sociais, tão discutidas no mundo inteiro, a inclusão social e o desenvolvimento sustentável.
O Novo Banco de Desenvolvimento terá cotas igualitárias aos sócios, presidência rotativa de cinco anos com um executivo, investimentos em projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável, além de ter um fundo de reservas. A sede está a ser decidida entre Xangai, na China ou Nova Déli, na Índia; portanto, essa forma de implantar projetos entre países emergentes, não deixa de fazer parte de um desafio da globalização. Além disso, o BNDS vem cooperar com as relações desse novo banco, pois o mesmo se encontra integrado às relações bancárias dos bancos dos demais países membros.
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