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TEORIA DE CONTABILIDADE E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

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Por:   •  15/4/2014  •  Tese  •  9.205 Palavras (37 Páginas)  •  512 Visualizações

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TEORIA CONTÁBIL E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

A representação de quantidades na invenção da escrita normalmente tem sido importante. Em consequência disso, é possível localizar os primeiros exemplos de Contabilidade no segundo milênio antes de Cristo, na civilização da Suméria e da Babilônia (atual Iraque), no Egito e na China. Não podemos deixar de comentar que a Contabilidade teve evolução relativamente lenta até o aparecimento da moeda.

Na Itália, após o surgimento inicial do método contábil, assim como a publicação do livro "Liber Abaci", de Leonardo Pisano, e a divulgação, no século XV, da obra de Frei Luca Pacioli, houve a disseminação da “escola italiana” por toda a Europa.

* Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o século XIV.

Continuando... À medida que o comércio se expandia e a riqueza era acumulada, a negociação individual era substituída pelo comércio por meio de representações e associações.

A Revolução Industrial foi outro marco que deu grande impulso à contabilidade, devido ao aumento da produção fabril, que antes era tipo artesanal. O aparecimento de novas necessidades de controles, relatórios gerenciais foram inúmeros. Nasceu a Contabilidade de Custos e a Auditoria.

A influência da escola contábil norte-americana, a partir de 1920, deu um destaque à evolução dos organismos contábeis. Transcendeu a escola Européia, que ficou marcada com peso excessivo da teoria, sem demonstrações práticas, sem pesquisas fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso exagerado das partidas dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade necessária, principalmente, na Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em demonstrar que a Contabilidade era uma ciência, em vez de dar vazão à pesquisa séria de campo e de grupo.

No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo, devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados, um melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal.

Aqui, cabe ressaltar que a Contabilidade evolui sob a influência da escola Italiana. Porém, com alguns vestígios de uma escola verdadeiramente brasileira, até que algumas firmas de auditoria, de origem anglo-americana, deram alguns cursos de treinamento em Contabilidade e Finanças, os quais foram oferecidos por grandes empresas, o que acabaram exercendo forte influência, revertendo a tendência. Não bastasse, até a Lei das Sociedades por Ações, que era inspiração européia (com traços marcantes brasileiros na classificação dos balanços da S.A.), passa adotar uma filosofia nitidamente norte-americana, a partir da Resolução nº. 220 e da Circular nº. 179, do Banco Central.

Analisando toda a história da Contabilidade, podemos verificar que a mesma, tem uma grande relação com a história da humanidade e, sem dúvida, esta ciência está intrinsecamente ligada às necessidades humanas e sociais, ou seja, controlar, explicar, analisar, informar, etc. Evolui conforme as necessidades da sociedade e os impulsos tecnológicos.

Viram só moçada!!!! Foi legal!!!

Agora vamos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:

• CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO

Das primeiras civilizações até 1202 – livro “Liber Abaci”, de Leonardo Fibonaci.

• CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL

De 1202, da Era Cristã, até 1494 - Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Pacioli, publicado em 1494.

• CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO

De 1494 até 1840 - Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche”, de autoria de Franscesco Villa.

• CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO

De 1840 até os dias de hoje.

Começando...

A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização.

Os objetivos ou, como preferem alguns autores, as finalidades da Contabilidade são destacadas por diferentes estudiosos da ciência contábil.

Vale salientar, conforme é destacado na própria Resolução 774 do CFC (CFC 2000:33) que “a existência de objetivos específicos não é essencial à caracterização de uma ciência, pois, caso o fosse, inexistiria a ciência “pura”, aquela que se concentra tão somente no seu objeto”. A citada Resolução ressalta que o objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações. Normalmente, esta é uma visão científica, mas existe uma visão pragmática, adotada por muitos estudiosos da Contabilidade. A aplicação da Contabilidade a uma entidade particularizada busca prover os usuários com informações sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do patrimônio da entidade e suas mutações, o que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas e outros

Nas próprias concepções dos objetivos que apresentamos de diversos autores a seguir, percebe-se a ótica em que os mesmos se fundamentam, baseados numa visão mais científica ou mais pragmática. Assim, vejamos as definições dos objetivos da Contabilidade por alguns autores pesquisados:

Vejamos algumas definições do objetivo principal da contabilidade:

O objetivo principal da Contabilidade, portanto, é o de permitir, a cada grupo principal de usuários, a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras.

Em ambas as avaliações, todavia, as demonstrações contábeis constituirão elemento necessário, mas não suficiente. Sob o ponto de vista do usuário externo,

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