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UMA ANÁLISE DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS NAS EMPRESAS DE TRANSPORTES LISTADAS NA BM&FBOVESPA NO PERÍODO DE 2013 A 2017.

Por:   •  16/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  3.691 Palavras (15 Páginas)  •  182 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

O Brasil é um grande importador e exportador de mercadorias que movem a economia do país, e em meio a esse fluxo encontram-se as empresas de transportes hidroviários, rodoviários, ferroviários e aéreos. O benefício que essas empresas trazem nem sempre são reconhecidos, entretanto, no dia a dia todos os produtos, como por exemplo, os agrícolas, estão sendo levados para outras cidades, estados e até mesmo países, por intermédio das empresas de transportes. Além disso, devem-se considerar os milhões de trabalhadores, viajantes e turistas que se locomovem por intermédio de carros, ônibus, metrôs, aviões e outros meios de transporte. Para justificar esta análise e a escolha das empresas de transportes, podemos citar a importância que essas empresas trazem para a economia do Brasil, além de ser um serviço de utilidade pública essencial conforme descrito na Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989.

Estas empresas necessitam manter suas demonstrações criticamente atualizadas para a tomada de decisões. Dentre essas demonstrações, temos a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), que deve ser analisada juntamente com as outras para sua melhor compreensão.

A DFC é uma importante ferramenta para a empresa, pois permite uma melhor visualização da movimentação de entradas e saídas que a empresa obteve em determinado período. De acordo Iudícibus et al (2010, p. 565) “o objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos durante um determinado período”. Ela é subdividida em três grupos: atividades operacionais, de investimentos, e de financiamentos.

De acordo com NBC TG 03(R3):

Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de caixa. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época de sua ocorrência e do grau de certeza de sua geração.

Sendo assim, analisando a importância do segmento de transporte surgiu o seguinte problema de pesquisa: Qual das atividades da Demonstração dos Fluxos de Caixa mais contribuiu para a geração de caixa das empresas de Transporte listadas na BM&F Bovespa, no período de 2013 a 2017?

Este estudo tem como base o trabalho de LOHN e LAFFIN (2011), onde foi elaborada uma análise da captação de recursos nas empresas de Construção Civil listadas na BM&FBOVESPA no período de 2007 a 2009.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa é uma obrigatoriedade consideravelmente recente, e passou a ser exigida a partir de 2008, conforme a lei 11.638/07. Encontra-se em processo do reconhecimento de sua importância por não ser exigida em todos os portes de empresa. Já o transporte de modo geral é

essencial para o desenvolvimento da economia do país, sendo assim, através dessa análise objetivou-se demonstrar qual o grau de participação das atividades operacional, investimento e financiamento na geração de caixa.

  1. REVISÃO DA LITERATURA

  1. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Com a implementação da lei 11.638/07, substituindo assim a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) e como uma forma de padronizar a estrutura e elaboração da DFC, foi aprovado o Pronunciamento técnico CPC 03 – Demonstrações do Fluxo de Caixa, e tem como base as normas internacionais IAS 7 (SANTOS, et al, 2011).

A análise da demonstração tem o objetivo de trazer informações e melhor visualização sobre a movimentação realizada em determinado período efetivos do caixa, além de proporcionar maior detalhamento dos pagamentos, recebimentos, realização de investimentos e empréstimos.

O item 5 da CVM nº 547/2008 relata que:

A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais demonstrações contábeis, proporciona informações que habilitam os usuários a avaliar as mudanças nos ativos líquidos de uma entidade, sua estrutura financeira e sua capacidade para alterar os valores e prazos dos fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades. A demonstração dos fluxos de caixa também melhora a comparabilidade dos relatórios de desempenho operacional para diferentes entidades porque reduz os efeitos decorrentes do uso de diferentes tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos.

  1. – Métodos e Estrutura da Demonstração dos Fluxos de Caixa

Para a elaboração da demonstração é utilizada dois tipos de métodos, sendo o método direto e o indireto, Carvalho et al. (2009, p. 112) descreve como:

Método direto: onde as principais classes de pagamentos e recebimentos são apresentadas pelo valor bruto; ou

Método indireto: no qual o resultado do exercício é ajustado pelos efeitos de transações que não foram via caixa, por valores diferidos e acumulados que foram pagos no passado ou serão no futuro, e itens de receita e despesa associados com os fluxos das atividades de financiamento e investimento.

O método escolhido por cada organização não altera o resultado da demonstração, mas é necessário manter o método para obter verificabilidade entre períodos.

A estrutura da DFC apesar de ser diferente nos dois métodos, necessita evidenciar três atividades, sendo elas: Operacionais, de Investimento e Financiamento. As atividades operacionais são compostas pelas movimentações ocorridas no período da entidade como, pagamentos de impostos, fornecedores, materiais e recebimentos de receitas, Iudícibus et al. (2010, p. 442) ressalta que as

atividades operacionais “envolvem todas as atividades relacionadas com a produção e entrega de bens e serviços, e os eventos que não sejam definidos como atividade de investimento e financiamento. Normalmente, relacionam-se com as transações que aparecem na Demonstração de Resultados”.

Já sobre as atividades de investimento, Quintana (2009, p. 21) diz que “Os fluxos de caixa relativos às atividades de investimento descrevem o volume de recursos destinados à geração de futuros fluxos de caixa, por meio, principalmente, da entrada e saída de bens permanentes”, como exemplo pode-se citar o pagamento efetuado para aquisição de ativo permanente, vendas de ações ou ativos.

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