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Émile Durkheim

Por:   •  2/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.264 Palavras (6 Páginas)  •  298 Visualizações

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Émile Durkheim, nasceu no dia 15 de abril de 1858, na cidade francesa de Épinal e faleceu no dia 15 de novembro de 1917 em Paris. Foi criado por uma família com ideais religiosos, porém se tornou um opositor a esse tipo de educação e por meio de influências como Auguste Comte (criador do Positivismo) passou a defender o método científico como forma de busca pelo conhecimento.

Foi o primeiro professor de Sociologia da França e acreditava que essa ciência deveria possuir um objeto de estudo assim como as outras ciências, para ele, o objeto de estudo da sociologia eram os fatos sociais estruturais. Segundo Durkheim, Fato Social são todas as maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder de coerção sobre este mesmo indivíduo.

Todo Fato Social possui três características, são elas: Coercitividade, possui força de coerção sobre o indivíduo, é uma imposição. Exterioridade, ele independe da consciência individual do indivíduo, é externo a ele. Generalidade, sua existência influencia toda a sociedade ou um grupo e comunidade específica, mas nunca apenas um indivíduo.

O indivíduo nem sempre sente que o Fato Social está lhe sendo imposto de tão habitual que ele já se tornou, a não ser quando ele lhe é imposto por meio de leis e normas, nesse caso a coerção se dá por meio de penalidades que, em geral, fazem como que ele sinta medo de ir contra os ideais da sociedade. Alguns exemplos de Fatos Sociais são: tendências da moda, religião, regras de comportamento e etiqueta, obrigações familiares, o sistema monetário em vigor, entre outros.

Na visão de Durkheim era na escola que o indivíduo absorvia os Fatos Sociais e incorporava-os como hábitos. Para ele, a educação era responsável por moldar o indivíduo de acordo com o que a sociedade desejava e o criminoso era aquele que representava o repúdio a essas condutas desejadas e, por isso, era penalizado.

Para ele, apesar das instituições sociais – escolas, Igrejas, família, governo e etc.- possuírem ideais conservadores, elas eram importantes para fazer com que os indivíduos se sentissem seguros e resguardados. E essa segurança permite a sociabilidade (condição primordial para que o homem mantenha a sua humanidade), pois uma sociedade sem regras e limites leva o homem e a sociedade em geral a um estado de medo no qual a troca de ideias se torna impossível.

Assim como Comte, Durkheim elegeu como princípio dos estudos sociais buscar promover a harmonia e evitar o caos social, ou seja, buscar um consenso na sociedade, a qual está sempre em adaptação e evolução, a sociedade era como um organismo vivo, biológico, que assim como um órgão humano, entra em colapso (caos) quando fica doente. Preservar a harmonia social é uma ação saudável para a sociedade, ao mesmo tempo que, quando um fator coloca em jogo essa harmonia e o consenso social, ele é visto como uma doença para a evolução da sociedade, e esta se torna anomana. Sendo assim Durkheim separou os fatos em dois tipos: Normal- aquele que não fere os limites e condutas de uma determinada sociedade, é saudável para ela; Patológico- aquele que extrapola os limites e condutas de uma determinada sociedade, geralmente são transitórios e excepcionais, e são como doenças para a sociedade.

Durkheim também apresenta em seus estudos o termo “Consciência Coletiva”, sendo que para ele, existiam dois tipos de consciências: a individual e a coletiva. A Consciência Individual é objeto de estudo da Psicologia, ela é o modo particular que cada um de nós temos de enxergar o mundo. A Consciência Coletiva é o conjunto de fatos sociais existentes e que virão a existir em uma determinada sociedade, ela determina o que é certo e errado, e o modo de agir dos indivíduos, e possui uma força de coerção maior do que a Consciência Individual sobre eles.

Apesar da sociedade ser formada por indivíduos que pensam individualmente, segundo Durkheim, a Consciência Coletiva é externa e independente deles, nas palavras do sociólogo: “A consciência coletiva nada mais é do que o conjunto das crenças e sentimentos comuns à média dos membros de uma sociedade que, ao se unirem, formam esse sistema com vida própria e que tornam-se independentes dos próprios indivíduos que ajudaram a formá-la. “- Obra Divisão dos Trabalhos Sociais, Émile Durkheim.

Durkheim acreditava que além de buscar entender a coesão social, a Sociologia deveria ter como objetivo comparar as diversas sociedades entre si e para atender essa finalidade criou a área da Morfologia Social. Para ele, todas as sociedades originaram-se a partir da Horda (forma social simples e igualitária, reduzida a um único segmento onde os indivíduos se assemelhavam a átomos-justapostos e iguais), e evoluíram-se para os mais diversos tipos de clãs, tribos e outras “espécies sociais”.

Por meio de estudos empíricos e observações experimentais, o sociólogo iniciou um pensamento segundo o qual o motor de toda e qualquer transformação social era a passagem da Solidariedade Mecânica para a Solidariedade Orgânica.

A Solidariedade Mecânica, prevalecia em sociedades primitivas (pré-capitalistas)

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