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23 coisas que nao nos contaram sobre o capitalismo

Por:   •  11/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.822 Palavras (12 Páginas)  •  988 Visualizações

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Universidade Presbiteriana Mackenzie

Projeto de Fichamento, livro: “23 Coisas Que Não Nos Contaram Sobre O Capitalismo.”

Rebecca Burdin Marra

Campinas – Março – 2016

  1. Não existe algo como um livre mercado

O que eles dizem

“...Quando o governo interfere para impor o que os participantes do mercado podem ou não fazer, os recursos são impossibilitados de circular para sua utilização mais eficaz. (...) Se o governo restringir os tipos de produtos financeiros que podem ser vendidos, duas partes contratantes que poderiam ter se beneficiado de transações inovadoras que satisfazem as suas necessidades idiossincráticas não podem colher os ganhos potenciais do livre contrato”. (página 21 – capítulo 1)

                                        O que eles não dizem

“O livre mercado não existe. (...) O mercado só parece livre porque estamos tão condicionados a aceitar suas restrições subjacentes que deixamos de percebê-las. (...) A alegação habitual dos economistas que defendem o livre mercado de que eles estão tentando defender o mercado contra a interferência politicamente motivada do governo é falsa”. (páginas 21/22 – capítulo 1)

A mão de obra deve ser livre

“Em 1819, um novo projeto de lei para regulamentar a mão de obra infantil entrou em pauta no Parlamento inglês. (...) Ela proibiria o trabalho de crianças pequenas, ou seja, aquelas com menos de 9 anos de idade. As crianças mais velhas (com idades entre 10 e 16 anos) continuariam a ter permissão para trabalhar. (...) As novas regras só se aplicavam às fábricas de algodão, que reconhecidamente eram extremamente perigosas para a saúde dos trabalhadores”. (página 22 – capitulo 1)

“...Ao discutir a lei, alguns membros da Câmara dos Lordes se opuseram a ela alegando que a “mão de obra deveria ser livre”. O argumento deles era o seguinte: as crianças querem (e precisam) trabalhar, e os donos das fábricas querem emprega-las; qual é o problema?” (páginas 22/23 – capítulo 1)

“Vemos, portanto, que a “liberdade” de um mercado está, assim como beleza, nos olhos de quem a contempla. Se você considera que o direito das crianças de não precisar trabalhar é mais importante do que o direito dos proprietários das fábricas de poder contratar as pessoas que eles considerem mais lucrativas, você não encarará a proibição do trabalho infantil como uma violação da liberdade do mercado de trabalho”. (página 23 – capítulo 1)

“Se o mesmo mercado pode ser percebido por diferentes pessoas como tendo vários graus de liberdade, não existe realmente uma maneira objetiva de definir o quanto esse mercado é livre”. (página 24 – capítulo 1)

                                

                                Cordas de piano e mestres de kung fu

        

“...Quando examinamos atentamente os mercados, verificamos que eles são sustentados por regras – por um grande número delas”. (página 24 – capítulo 1)

                                

Acho que não estamos mais na França

        

“Em julho de 2008, com o colapso do sistema financeiro, o governo dos Estados Unidos “despejou” 200 bilhões de dólares no Fannie Mae e no Freddie Mac...” (página 24 – capítulo 1)

“O Presidente Bush, contudo, não encarava as coisas exatamente dessa maneira (...) que “repousa na convicção de que o governo federal deve interferir no mercado somente quando necessário”.” (página 24 – capítulo 1)

        “Depois da crise financeira de 2008, o preço dos empréstimos (...) ficou muito mais baixo em um grande número de países graças à contínua redução das taxas de juros. (...) Isso resultou de decisões políticas destinadas a fomentar a demanda por meio da redução das taxas de juros. (...) Em outras palavras, as taxas de juros também são determinadas pela política”. (página 27 – capítulo 1)

“Como a declaração revela com extrema clareza, o que é uma invenção estatal necessária compatível com o capitalismo de livre mercado é na realidade uma questão de opinião”. (páginas 30/31 – capítulo 1)

“Muitas coisas que estão por fora do mercado hoje foram removidas por uma decisão política, e não pelo processo do mercado em si...” (página 31 – capítulo 1)

“Além disso, refletindo sua natureza política, o processo de modificar os limites do mercado foi às vezes marcado por violentos conflitos”. (páginas 31/32 – capítulo 1)0-

“Reconhecer que os limites do mercado são ambíguos e não podem ser determinados de uma maneira objetiva nos permite entender que a economia não é uma ciência como a física ou a química, e sim um exercício político. Os economistas que defendem o livre mercado podem querer que você acredite que os limites corretos do mercado podem ser cientificamente determinados, mas isso é incorreto”. (página 32 – capítulo 1)

“Desse modo, quando os economistas que defendem o livre mercado dizem que uma certa regulamentação não deve ser introduzida porque restringiria a “liberdade” de um certo mercado, eles estão meramente expressando a opinião política de que rejeitam os direitos que serão defendidos pela lei proposta”. (página 33 – capítulo 1)

“Libertar-nos da ilusão da objetividade do mercado é o primeiro passo que temos que dar parar poder entender o capitalismo”. (página 33 – capítulo 1)

13. Tornar as pessoas ricas mais ricas não faz com que todo muno fique rico

                                O que eles dizem        

       “...Em muitos países, a política da inveja e as estratégias populistas do passado colocaram restrições na criação da riqueza aplicando elevados tributos aos ricos. (...) Esta afirmação pode parecer cruel, mas as pessoas pobres só podem ficar mais ricas com o tempo se tornarmos os ricos ainda mais ricos”. (página 193 – capítulo 13)

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