A ANTROPOLOGIA
Por: emellydeisy • 23/8/2019 • Trabalho acadêmico • 3.027 Palavras (13 Páginas) • 159 Visualizações
INTRODUÇÃO
Este trabalho traz algumas contribuições da Antropologia Econômica, para a análise do funcionamento da vida econômica e material das sociedades. Os estudos antropológicos podem ser uma boa alternativa para o conhecimento dos sistemas sociais das sociedades não ocidentais bem como a relação entre estas e a sociedade ocidental e suas implicações históricas. Além disso, elementos tradicionais estiveram, estão presentes e modificando as modernas sociedades industriais que são o principal objeto das pesquisas em economia. O estudo antropológico combinado com o estudo histórico visa entender a história econômica como uma realidade movente e não apenas como um conjunto de imagens, motivo pelo qual o objeto tem primazia ao método e não tentamos captar os eventos através de conceitos fixos, mas através da duração em si.
A organização econômica e o ramo da antropologia que cuida da evolução econômica das sociedades, ou seja, o modo de como ele consegue utilizar seus bens e recursos, essa faz parte de todas as sociedades embora o aspecto de produção varie de sociedade a sociedade.
1.1 CONCEITO
Em todas as sociedades a uma forma de economia seja por troca ou por vendas dos bens que produzem, existem três fatores que são as bases econômicas de uma sociedade: o meio ambiente, a população e a cultura. A economia depende do grau de evolução e conhecimento tecnológico de uma sociedade quanto mais evoluída a mesma e maior seu grau de desenvolvimento.
1.2 TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA
As técnicas utilizadas para a obtenção de alimentos das mais diferentes populações são diversas, tanto no passado quanto hoje em dia, basicamente são seis grupos: coleta, caça e pesca, forragem intensiva, agricultura incipiente, pastoreio e agricultura intensiva. Vamos abordar e conceituar cada uma delas:
• Coleta
Origina na utilização de produtos vegetais como, por exemplo, as sementes, raízes, frutos, bagas, tubérculos e também no uso de insetos. Essa técnica de sobrevivência depende muito do que natureza dispõe naquele habitat.
Devido ao fato que os ambientes naturais não são iguais, os alimentos extraídos para sobrevivência desses povos variam muito de um coletor para outro. E quando esses recursos se esgotam na região que se fazia presente, os coletores são obrigados a procurar outras locais para explorar.
Na maioria das vezes essas áreas, são pequenas, isoladas, com poucos bens matérias, deste modo de fácil locomoção, pois se mudam com frequência. A organização e principalmente formada por grupos familiares autônomas, seus mecanismos de controle mais baseados no sistema de parentesco do que na organização política.
Tem-se registro que o homem foi coletor de alimentos desde o Pleistoceno Inferior (Época geológica na história da Terra que, segundo muitos geólogos, começou há cerca de 1.750.000 anos e terminou aproximadamente há dez mil anos. A época pleistocena abrangeu um período chamado Idade do Gelo, quando várias camadas de gelo cobriram vastas regiões da Terra. Antropólogos creem que o ser humano primitivo começou gradualmente a evoluir para a forma atual durante o Pleistoceno.), mais até hoje se encontram grupos humanos sobrevivendo da coleta, como por exemplo, populações indígenas das Américas.
• Caça e pesca:
Os caçadores e pescadores, por mais que predominantemente sobrevivem da caça e pesca, e necessário que para complementar sua alimentação utilize também raízes e frutos.
Essas dois meios de sobrevivência exigem técnicas e instrumento próprio, acessível e aprimorado, idênticos ou diferentes.
A atenção dos caçadores pelo tamanho do animal varia, alguns preferem os de grande porte (búfalos , ursos); outros os de médio porte (renas, veados), já outros dependem quase que totalmente animais marinhos como foca, baleia. A caça também esta aberta aves e passarinhos.
São as populações ribeirinhas ou que vivem a beira-mar que se alimentam da pesca, mais a exemplo de polução como os habitantes da Tasmânia que tem os peixes a sua disposição mais por considera-lo um tabu não os comem.
O habito de comer carne surgiu através do Australopithecus (Australopithecus é o nome de um dos mais antigos ancestrais do homem, esse gênero de hominídeo extinto se dividia também em diversas espécies). A caça e a pesca na maioria das vezes possuem rituais mágicos e também são praticadas individualmente ou em grupos. Como exemplos têm caçadores e pescadores entre populações esquimós e índios americanos.
• Forragem intensiva
Atribui-se tal técnica às populações que são vegetarianas e carnívoras, mais usam com predominância as plantas silvestres em suas dietas, deste modo vivem mais de coleta do que da caça.
É anterior á domesticação das plantas, retribuindo-se ao final do período Paleolítico Superior (período da Pré-História se caracteriza pela fabricação de ferramentas como machados, lanças, cajados, facas e outros objetos de pedra, ossos e madeira. A vida neste período baseava-se na caça de animais, pesca e coleta de alimentos) e ao Mesolítico (é um período da pré-história situado entre o Paleolítico e o Neolítico, e presente apenas em algumas regiões do mundo onde não houve transição direta entre os dois períodos citados). Atualmente ainda se encontram populações que vivem da combinação de casca e pesca.
A forragem intensa surgiu por volta de 10.000 a.c no Norte da África, na Ásia Menor e no Sul da Ásia. Há exemplo de populações que utiliza essa técnica os bosquímanos da África que embora utilizem grande quantidade de planta em sua alimentação, incluem a carne em suas dietas.
• Agricultura incipiente
A agricultura incipiente ou iniciante, culturamente chamada cultura da enxada, deu-se inicio no período Neolítico, nesse periodo os humanos aprenderam a domesticar os animais e a praticar a agricultura, isto é, a cultivar os alimentos como ervas raízes e arvores.
Uma grande quantidade de alimentos agora seria cultivada para a refeição do homem. Os primeiros cultivos de plantas foram à cevada e o trigo, e hoje ainda e possível encontrar ancestrais silvestres dessas plantas nas regiões dos Bálcãs, Criméia, Ásia Menor, Cáucaso, Palestina e Iraque.
Depois de iniciados os primeiros cultivos, outras plantas também foram passando por esse processo como o centeio, o painço, o linho, o arroz, o milho, o inhame, a batata-doce, entre outras.
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