A Análise do Filme Sangue Sobre a Neve

Análise do Filme Sangue Sobre a Neve

Podemos citar algumas passagens que ilustram a aparente contradição entre a cultura branca e a esquimó. A língua esquimó reflete diretamente suas principais características: alegria, ingenuidade, honestidade e solidariedade. No filme, a linguagem é um fator controverso entre brancos e esquimós. O esquimó muitas vezes não entende o que o homem branco quer dizer. Não pelo problema do idioma, mas pela falta de transparência na discussão. Quanto à religião esquimó, é claro que eles acreditam em espíritos e reencarnação. Nesse sentido, seus caminhos são contrários à fé católica. Diferentes valores e costumes criam um confronto entre o catolicismo e os esquimós. Brancos e esquimós também têm hábitos alimentares diferentes. Os esquimós comem caça, principalmente ursos polares, focas e raposas. O homem branco usa conservas, carnes resfriadas e bebidas alcoólicas. O casamento de um esquimó com um branco também é visto de outra forma. Entre os esquimós, os casamentos eram celebrados por troca. As mulheres, que constituem a minoria esquimó, são frequentemente tratadas como mercadorias. Não há infidelidade ou trapaça entre os esquimós, mas existem certas "leis" ou tradições que devem ser respeitadas. O parentesco entre os esquimós é definido pela família com a qual viajam (movimento nômade), caso contrário, são amigos e conhecidos, ter mais filhos é difícil devido às circunstâncias pouco claras. Ter meninos também é uma prioridade porque eles são mais fortes e podem viver como adultos com mais facilidade. Sexo para os esquimós existe para reprodução e satisfação masculina. Mas ainda assim ela faz o que ele pede porque foi feita para agradar e agradar ao marido e a outros homens com quem ele acha que ela deveria dormir. Os papéis de homens e mulheres são bem definidos na cultura esquimó. Enquanto o homem caça, constrói o iglu, faz o trenó, alimenta os cachorros, cuida deles e da família, a mulher faz roupa (mastiga pele), come e faz o marido feliz. Os esquimós preferem ter filhos do sexo masculino por causa de sua utilidade na caça e em outras tarefas. A tecnologia desenvolvida pelos esquimós para viver é muito eficiente e há matéria-prima suficiente para construir um iglu. O esquimó se adaptou ao ambiente, conhece as mudanças climáticas e os detalhes do ecossistema. Os esquimós ficam impressionados com a tecnologia do homem branco, principalmente as armas. Em um ambiente onde a caça é essencial, um esquimó pode usar uma arma para matar um urso polar sem ter que persegui-lo por dias. A força do conflito entre os brancos e os esquimós está no assassinato, porque um inuk matou um padre em nome dos brancos e, de acordo com a lei branca, ele deveria ser punido. Mas os Inuks não veem dessa forma. Matar esquimós também não é aceito, claro, mas é visto como uma questão muito mais religiosa do que de regras. Então a polícia vai atrás de Inuk, encontra-o e, a certa altura, Inuk diz: "Quando você vier para um país estrangeiro, traga suas esposas, não suas leis". Analisando a frase: "Quando você vier para uma terra estrangeira, traga suas esposas, não suas leis" - Inuk. Dá para ver a frustração dele com as regras do homem branco, que ao invés de trazer algo útil que serve a alguma coisa e que falta, como as mulheres, os homens trouxeram

...