A Antropologia Jurídica

UNESULBAHIA – FACULDADES INTEGRADAS

GIOVANNA LIMA ALVES

ANTROPOLOGIA

Resenha crítica: Introdução – o campo e a abordagem antropológicos

EUNÁPOLIS/BA

2019

GIOVANNA LIMA ALVES

 ANTROPOLOGIA

Resenha crítica: Introdução – o campo e a abordagem antropológicos

Trabalho apresentado pela aluna Giovanna Lima Alves, do terceiro período de Direito Noturno, para obtenção parcial da nota na disciplina de Antropologia sob orientação da professora Ana Patrícia.

EUNÁPOLIS/BA

2019

LAPLATINE, François. Aprender Antropologia. Introdução – o campo e a abordagem antropológicos. São Paulo: Brasiliense, 1995.

François Laplatine.

Ao final do século XVII, surge um projeto denominado como antropologia, qual tem como fundamento o estudo do homem tornando-o objeto de conhecimento, constituindo um saber científico.

Segundo Aristóteles, é da natureza humana o fato do homem depender de outro para sobreviver, existindo então a sociedade. Os primeiros antropólogos estudaram as sociedades longínquas, quais eram restritivas e com poucas tecnologias, não havendo, inclusive, um convívio afável.

Os estudantes acreditaram por muito tempo que seu foco seria, unicamente, as sociedades primitivas. Como elas desenvolveram-se de forma vertiginosa, passaram a questionar se a antropologia tornaria extinta. Para resolver essa questão, surgiram três estágios: O primeiro, cujo substituiria o estudo da antropologia pela sociologia, o segundo, substituindo o homem primitivo pelo camponês, e o terceiro, qual possuíra aspecto epistemológico.

O objeto teórico passa, então, a consistir em: o estudo do homem inteiro e o estudo do homem em todas as sociedades, sob todas as latitudes em todos os seus estados e em todas as épocas.

Estudando o homem inteiro, abordamos diversas áreas da antropologia, totalizando em cinco: Antropologia Biológica, onde relaciona o patrimônio genético e o meio ecológico, social e geográfico, além de analisar a evolução morfológica e fisiológica ligada a um meio ambiente; Antropologia Pré-Histórica, qual conecta-se na arqueologia, buscando vestígios materiais enterrados no solo e culturais nas marcas da atividade humana; Antropologia Linguística, que visa compreender como a sociedade expressa seus valores, como pensam o que vivem e o que sentem; Antropologia Psicológica, que consiste em estudar a psiquismo humano através de comportamentos (conscientes e inconscientes); e por fim, Antropologia Social e Cultural (ou etnologia), onde diz respeito a sociedade em geral, sendo organizações, sistemas, crenças, linguagens e etc.

Ao dizer sobre o estudo do homem em sua diversidade, percebemos tamanha aptidão em gerar formas de inventar modos de vida e formas de organização social extremamente diversos. Toda essa forma de comportamento é baseada na vivência e na cultura que cerca o indivíduo. O ser humano possui em comum maneiras para se diferenciar do outro, sendo, no caso, a variação cultural.

 Inicialmente, a antropologia enfrentou certos problemas ao decorrer de sua trajetória. Primeiramente, houve uma dificuldade em decidir como seria denominado o estudo. A duvida seria entre etnologia, estudo das etnias e culturas, e antropologia, estudo do gênero humano. Quando decidido a nomenclatura de Antropologia, surge em sequência a Antropologia social, que consiste nas instituições, e a Antropologia cultural, que visa o estudo dos comportamentos. Após isso, foi discutido como a ciência iria ser atribuída a Antropologia. Quais seriam as condições de um homem estudar um homem? Para Radcliffe-Brown (1968), as sociedades são sistemas naturais e devem ser estudadas como tais. Para Evans-Pritchard (1969), as sociedades devem ser estudadas como sistemas simbólicos. Houve também dificuldade relacionando Antropologia e História, pois eram vinculadas. O conhecimento da história das sociedades não é de nenhuma utilidade quando se procura compreender o funcionamento das instituições. As pesquisas antropológicas oscilam sem parar, designando-a como “Antropologia Aplicada”.