A GLOBALIZAÇÃO PARA ANIBAL QUIJANO
Por: Jonne Cares • 30/6/2020 • Resenha • 1.059 Palavras (5 Páginas) • 154 Visualizações
1. A aula 13 trata da globalização, que para Anibal Quijano, o processo de dominação da atualidade, propagado como modernidade e modelo de desenvolvimento ancorado em um sistema econômico é “[...] uma incorporação ao novo e comum padrão de poder mundial”, e nos leva a pensar em quem realmente rege as regras, quem da o norte as coisas, se realmente aquele que foi eleito num processo democrático consegue exerce o poder sem influência das grandes corporações.
O padrão mundial de desenvolvimento faz com que as grandes corporações invistam no desmatamento, para que se aumente a área produtiva e os recursos minerais para alimentar uma cadeia produtiva e de consumo, que é estimulada e com o aumento do consumo, também aumenta a necessidade de produção, o que exige produtos químicos e geram poluição com seus dejetos em todos os níveis de poluição ambiental como o ar, os oceanos onde podemos ver as ilhas de plástico no pacifico, vegetações e cursos fluviais deixam de existir pela quantidade de resíduos atirados no meio ambiente sem nenhum tratamento nem cuidados.
O sistema econômico atual não contribui para o desenvolvimento sustentável nem para a igualdade social, mas isso não importa para este projeto de desenvolvimento econômico, onde se fala muito para o desenvolvimento sustentável, mas que na verdade promove a exploração de recursos naturais que são exportados e depois voltam em forma de bens de consumo.
Para manter o ciclo nada é respeitado, comunidades nativas são deslocadas para que possa explorar alguma riqueza caso coincida com o local onde vivem, ou quando comunidades ribeirinhas são atingidas como foi o caso da barragem de Brumadinho, acidente causado pelo não cumprimentos das normas, pois visam o maior lucro possível, sendo isso mais importante que vidas humanas em risco.
Sobre o processo da globalização, que para Boaventura de Souza Santos, é um fenômeno multifacetado, “[...] com dimensões econômicas, sociais, políticas, culturais, religiosas e jurídicas interligadas de modo complexo”, já para Carlos Walter Porto-Gonçalves, A globalização já está entranhada nos corações e mentes das pessoas e sociedades, provocados pelas “[...] grandes corporações transnacionais, as organizações multilaterais, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, a Organização Mundial do Comércio”.
Como consequência da globalização, povos originários são tratados como atrasados, incultos, bárbaros, sem cultura, selvagens, e como na colonização do Brasil, o “homem branco” que impor sua cultura e seu sistema de vida a outros povos visando cada vez mais capital.
O novo padrão mundial para Quijano, é o sistema-mundo moderno-colonial tem a intenção de alcançar todos os povos em um mesmo processo de exploração e dominação.
Para Boaventura de Souza Santos - já houve época em que a democracia se tornou um obstáculo tão grande para o capitalismo que esta foi sacrificada, como ocorreu com o fascismo e em regimes ditatoriais, como já houve no Brasil.
Boaventura diz também que no momento atual a intenção não é sacrificá-la, basta apenas esvaziá-la, e que ao analisar a atual conjuntura econômica mundial, assevera que não podemos afirmar com certeza para onde estamos indo, além de colocar em dúvida se estamos de fato em um sistema democrático.
O documentário “Historia das coisas” faz umas explanação animada do que é abordado nessa aula teórica, mostra como o governo é colocado de joelhos diante dos detentores dos grandes capitais, ele também demonstra o processo de produção e o que é gerado a partir desse processo tudo sem destinação adequada deste a primeira fase até o fim de sua vida útil que também é controlada para que movimente essa engrenagem, mais uma vez sempre para atender o interesse das grandes corporações.
2.Na análise de Encíclica Laudato do Papa Francesco, em seu capitulo 1, O que está a acontecer à nossa casa, ele faz reflexões teológicas e filosóficas sobre o estilo de vida, de como o homem esta destruindo o meio ambiente para satisfazer seu ego capitalista, mas também pondera que algumas soluções já estão sendo desenvolvidas para mitigar alguns problemas que temos com a poluição, mas isso a passos de tartaruga, que não tem as mínimas condições de serem aplicadas no modelo atual de produção e que visa o lucro máximo sem dar a mínima importância ao que nos possibilita a vida, que é o nosso planeta.
...