A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NAS OPERAÇÕES POLICIAIS
Por: higoroscar13 • 5/4/2015 • Artigo • 2.621 Palavras (11 Páginas) • 245 Visualizações
Acadêmicos: Higor Oscar Fernandes, Juliane Vieira, Ronaldo Almeida, Thiago da Silva Nogueira e Thiago Scalzer Flegler.
Docente: Darlison Wander
Instituto Ensinar Brasil – Rede de Ensino Doctum
Curso: Bacharelado em Direito
1º período/Noturno - Turma B
19/05/2014 ES
A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NAS OPERAÇÕES POLICIAIS
RESUMO
Apresenta-se por meio deste paper uma contextualização da influência da mídia nas operações policiais e seu papel na divulgação de noticiais de crimes e violência. Analisa-se a possibilidade de interação entre a mídia e a segurança pública, de forma a alcançar dádivas em prol da sociedade. Também se discorre sobre a função da mídia frente os acontecimentos vivenciados pela sociedade. O tipo de pesquisa utilizado foi a pesquisa bibliográfica de, caráter exploratório. Em virtude dos fatos mencionados entende-se que a mídia possui um grande artifício, o de impactar a sociedade e formar opiniões, seja este utilizado de forma positiva ou negativa. Destaca-se que o assunto abordado é de caráter inacabável e para melhor conhecimento do mesmo recomendo a leitura dos artigos Mídia e violência[1] e A influência da mídia na percepção da violência[2].
PALAVRAS-CHAVES: Influência, Mídia, Atuação, Policia, Sociedade.
- INTRODUÇÃO
É de conhecimento geral que a mídia possui demasiada influência no modo de pensar e agir de pessoas e instituições. Todavia, questiona-se qual o limite a que devem se submeter aos meios de comunicações, a fim de evitar que haja algum tipo de especulação, manipulação ou alienação. A obra elaborada tem por objetivo proporcionar aos professores e acadêmicos um conhecimento amplo do assunto, abordando a influência da mídia nas operações policiais, sua possível interação com a segurança pública e levantando questões referentes ao verdadeiro papel da mídia na sociedade.
- A MÃO QUE COORDENA A MÍDIA, CONDUZ O PAÍS
Na sociedade atual, os meios de comunicação desempenham um papel expressivo na vida do homem, que em poucos segundos pode conectar-se com outras pessoas em diversas partes do mundo e a partir daí ter acesso às mais distintas informações.
Bertrand (1999, p.29) atenta que:
Ninguém possui conhecimento direto do conjunto do globo. Além de sua experiência pessoal, o que se sabe provém da escola, de conversas - mas, sobretudo da mídia. Para o homem comum, a maior parte das regiões, das pessoas, dos assuntos dos quais a mídia não fala, não existem.[3]
Ou seja, a todo o momento surgem novas informações, e os meios de comunicação exercem papel crucial na divulgação dos diversos acontecimentos que fazem parte da vida do ser humano. É através da mídia, na maior parte do tempo, que nos atualizamos sobre política, costumes, segurança pública, governos, padrões, etc.
Os temas violência, criminalidade e segurança pública têm ganhado destaque nos últimos anos nos programas jornalísticos da televisão brasileira e no mundo.
Rolim (2006, p.190) observa que:
[...] o primeiro problema a ser destacado quanto à maneira pela qual a mídia retrata o crime, notadamente o crime violento, diz respeito à tendência de divulgar eventos dramáticos a partir de um “tensionamento” de sua singularidade com as dimensões do particular e do universal. Dito de outra forma: o que é apresentado como “fato” - um assassinato, por exemplo - parece desejar “emancipar-se” de suas circunstâncias e já é mostrado, invariavelmente, sem que se permita qualquer referência às condições que poderiam ser identificadas como precursoras da própria violência. Quando essa forma de noticiar o crime se torna a regra - o que, infelizmente, é o caso -, passa a ser improvável que os fenômenos contemporâneos da violência sejam percebidos pelo público em sua complexidade.[4]
Quando as notícias de crimes e violência são divulgadas sem haver uma clareza dos fatos, ou seja, uma explicação sobre quais circunstâncias que ocorreram os crimes, qual a história das vítimas e dos responsáveis envolvidos, etc. A tendência é que as pessoas formem uma ideia de que estão vivendo numa sociedade insegura, e que a qualquer instante podem ser a próxima vítima. Daí, a importância da responsabilidade social da mídia em transmitir notícias de segurança pública, procurando revelar os fatos para uma melhor compreensão da sociedade.
Fatos que ocorrem em locais e realidades incomuns são exibidos pela mídia indistintamente a toda população, assim, por exemplo, crimes que acontecem nas metrópoles, são inseridos na realidade de pessoas que vivem em diversas cidades, onde, se não houvesse a divulgação, tais acontecimentos não seriam conhecidos. A partir desse conhecimento a sociedade passa a vivenciar tais realidades como se fossem a sua.
Maquiavel (2004, p.55) aborda que:
[...] parece-me mais conveniente procurar a verdade efetiva da coisa do que uma imaginação sobre ela. Muitos imaginaram repúblicas e principados que jamais foram vistos e que nem se soube se existiram na verdade, porque há tamanha distância entre como se vive e como se deveria viver, que aquele que trocar o que se faz por aquilo que se deveria fazer aprende antes sua ruína do que sua preservação; pois um homem que queira fazer em todas as coisas profissão de bondade deve arruinar-se entre tantos que não são bons. Daí ser necessário a um príncipe, se quiser manter-se, aprender a poder não ser bom e a se valer ou não disto segundo a necessidade.[5]
Esta realidade testemunhada pela sociedade, onde de acordo com Maquiavel “parece mais conveniente procurar a verdade efetiva da coisa do que uma imaginação sobre ela.” é extremamente negativa. Os governos usam e abusam desta cultura do medo e com isso vão restringindo a nossa liberdade, nossos direitos, conhecimentos e questionamentos. Andamos assolados pela sombra do medo e essa é a melhor forma de manterem o controle sobre nós. Basta ouvirmos reportagens sobre um tipo qualquer de vírus e no dia seguinte constatamos imensas filas nos postos de vacinação.
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