A Linguagem Jurídica e a Comunicação entre o Advogado e seu Cliente na Atualidade.
Por: Pablo Palermo • 21/9/2017 • Resenha • 284 Palavras (2 Páginas) • 898 Visualizações
Qualquer profissional do Direito, ou seja, não somente advogados, ao utilizar a linguagem jurídica deve estabelecer de forma clara e objetiva o que está almejando ao emitir determinada mensagem. Entretanto, clareza e objetividade estão intimamente relacionadas às habilidades do emissor em transmitir a mensagem, pois a efetiva comunicação só ocorrerá quando o receptor decodificar plenamente o que aquele quis emitir.
Acreditamos que o artigo "A Linguagem Jurídica e a Comunicação entre o Advogado e seu Cliente na Atualidade" ao apontar o “juridiquês” como o cerne do problema com relação a comunicação do advogado, apontou o reflexo e não a causa real do problema, uma vez que o advogado deve compreender que ao buscar representar um cliente sua função é defender os direitos do mesmo, e não focar em demonstrar suas capacidades intelectivas por ser advogado.
Sendo assim, o uso do “juridiquês” não demonstra erudição por parte do advogado, mas algo muito preocupante: O profissional não problematizou de forma concreta sua real função enquanto advogado. Com isso, imaginamos duas possibilidades que o levam a fazer isso: Demonstrar que possui erudição ao se comunicar, o quê o faz pensar que é um profissional sério e competente, ou tentar argumentar para ganho de causa por meio de pensamento obscuro na tentativa de desviar a atenção de um juiz, por exemplo.
Se, de fato, pelo menos uma dessas possibilidades acontecer, afirmaremos que o advogado está desempenhando mal o seu papel, pois reiterando o que já mencionamos, ele deve defender os direitos de um indivíduo (cliente), e para tal deve apoiar-se na lei de forma lógica, ou melhor, de forma clara e objetiva, pois ai sim, encontraremos sua potência profissional.
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