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A Noção de História Universal

Por:   •  10/7/2018  •  Resenha  •  731 Palavras (3 Páginas)  •  144 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO

Campus Universitário Santa Cruz

Setor de Ciências Humanas, Letras, e Artes

Departamento de História

Acadêmico: Elison de Matos Leão

        

        Explique por que a noção de História Universal está intrinsecamente ligada a das discussões da Filosofia da História. A partir disso, analise as semelhanças e diferenças entre as noções de História Universal de Bossuet e dos Iluministas.

        O ato de constituição de História Universal se estabelece principalmente devido à Filosofia da História, ou seja, o ato de refletir acerca da história, de pensar em um plano Universal a ser seguido posteriormente, estabelecendo planos e seguimentos a serem seguidos, determinando uma linha de pensamento específica, como no caso de Bossuet, que seguiu a linearidade do pensamento providencialista, e de Voltaire, que buscou contradizer o anterior, apresentando outro modo de pensar a história tendo em vista o próprio ser humano. As noções de História Universal sofreram grandes mudanças e adaptações conforme o passar das épocas e suas transições, grande exemplo a ser citado a mudança de pensamento que se tinha na antiguidade a ser “substituída” durante a Idade Média, visto que o primeiro se baseava em “investigações”, em buscar o sentido histórico, através das reflexões exercidas em base o conteúdo específico encontrado, como no caso da época, a maior parte das fontes que se tinha em mente eram os diálogos com as pessoas que se tinha em volta, levando em consideração as relatividades encontradas entre cada uma das pessoas com quem se conseguia as informações, assim determinando a História com as correspondências que fossem julgadas como verdadeiras. A grande mudança ocorre durante o período da Idade Média e renascimento, onde se exerciam os padrões providencialistas, tendo em foco a produção histórica com base nas escrituras sagradas cristãs, a Bíblia, e temas relacionados à igreja, como a hagiografia, que tratava da história e biografia dos santos da Igreja Católica, sendo Bossuet o seu principal precursor. Portanto, o conceito de Filosofia da História possui diversas variações, cujos objetivos se destacaram apenas em moldar um plano correto a ser seguido para a investigação e determinação de sucessão histórica cujas diversificações colaboraram de diversas formas para se estabelecer um plano histórico universal como o que existe atualmente.

        As posições que Bossuet toma em relação a sua concepção histórica se remetem principalmente ao providencialismo, que trata de determinar a História através de uma perspectiva cristã, dando ênfase aos assuntos bíblicos e a hagiografia, que tratava da história dos santos da Igreja Católica e a remeter ao plano de que a linearidade histórica em si está totalmente determinada por Deus de acordo com a sua vontade, e que o homem em si é uma “marionete”, designado a seguir essa vontade para poder “determinar” a história. O plano apresentado por Bossuet foi determinado em certos momentos como inquestionável, como sendo uma ordem dada por Deus para os homens, de modo que agissem daquela forma, determinando-se uma linearidade histórica. Voltaire apresentava um plano de sucessão histórica que divergia completamente do providencialismo, buscando criticar Bossuet, apresentando uma linearidade histórica que tinha como principal foco o próprio ser humano, que também determinou como o principal “meio” para a formação histórica, dando ênfase nos seus atos. Ao se tratar da providência divina, Voltaire determinou que aaqueles que a seguiam podiam ser determinados como aqueles que “renunciaram a razão”, visto que não tinham como fontes históricas a não serem as escrituras cristãs e as influências do Clero a época. O próprio Voltaire também buscou dar ênfase aos princípios históricos que não tinham como foco apenas uma civilização, mas buscou uma noção mais “universal”, ou seja, que abrange a todos os povos, em todas as épocas. Portanto, apesar das dissidências encontradas entre Bossuet e Voltaire, existem também semelhanças, como a questão de linearidade, Cujo fim não se trata da repetição dos fatos, mas de uma visão que eles se sucedem entre si, por mais que sejam semelhantes, não são exatamente os mesmos, podendo tratar de temas completamente diferentes, onde a linearidade busca sempre a história como um fim, sem se basear em repetições.

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