A PETIÇÃO INICIAL AULAS PRATICAS ESTAGIO
Por: Rosielson Pereira • 10/6/2021 • Trabalho acadêmico • 4.903 Palavras (20 Páginas) • 157 Visualizações
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ABUSO DE AUTORIDADE- HABEAS CORPUS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA .... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ..... ESTADO DE .......
CHIFRONILDO, brasileiro, pedreiro, Estado Civil, RG.....,CPF......., morador nesta cidade na avenida...., nº....,bairro;........., telefone.............., e-mail......, vem até vossa excelência impetrar Ordem de Habeas Corpus em favor de seu irmão CORNELIO, brasileiro servente, estado civil....., RG..., CPF.....,telefone......pelos seguintes motivos:
- O senhor CORNELIO, foi preso por policiais civis quando estava de saída de sua residência e entrava em seu carro.
- A prisão do paciente é ilegal porque não havia ordem judicial e ele não estava em fragrante delito, como diz a constituição federal no artigo 5º, cuja redação é a seguinte:
“Art, 5º todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguinte:
LXI-ninguém será preso senão em fragrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciaria competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII- a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII- o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV- o preso tem o direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
LXV- a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciaria;
LXVI- ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII-não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a depositário infiel;
LXVIII- conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
3. Assim peço que a vossa Excelência atenda este pedido de habeas corpus para mandar soltar imediatamente o paciente CORNELIO, preso ilegalmente na ...... delegacia de polícia, conforme é de direito e de justiça.
Local e data
- Chifronildo
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE .....
Gatonilda sol, nacionalidade, estado civil, advogada, escrito na ordem dos advogados sob o nº....., com escritório na rua da felicidade, nº....., bairro...., na cidade de....., Estado de ...., telefone......., e-mail......, vem com fundamento nos art. 5º LXIII da CF e 648, I do CPP, impetrar:
HABEAS CORPUS
Em favor de bruxonildo contra ato do MM. Juiz da vara criminal da comarca de ................., pelos motivos que seguem:
DOS FATOS
O paciente foi processado e, posteriormente condenado por ter “supostamente” cometido o crime descrito no art. 1º, §4º I e II da lei nº9.455/97.
Consta do processo que no dia dos fatos, ocorria uma rebelião no presidio onde o paciente trabalhava e, por ordem de seu superior, o paciente imobilizou com ataduras de pano dois dos detentos, que se mostravam muito agitados. Hora e meia depois, os dois detentos foram soltos e levados para a realização de exames de corpo delito, onde se constatou que as lesões eram bem leves e provocadas pela própria movimentação dos detentos.
Mesmo assim, os detentos afirmaram terem sido torturados pelo paciente e, diante dos fatos narrados, foi ele processado e condenado, cumprindo pena no presídio “G”.
Dias atrás, um detento foi posto em liberdade e procurou à família do paciente dizendo ter sido obrigado pelo outro detento a dizer que tinha sido torturado, já que este não gostava do paciente, mas que na verdade, o paciente fez de tudo para não os machucar.
Essas declarações foi colhida numa justificativa criminal.
DO DIREITO
Entretanto, a condenação constitui uma coação ilegal contra o paciente, eis que o mesmo cumpriu obediência ao seu superior hierárquico conforme preceitua o art.22 do CP senão vejamos:
“ Art. 22. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem”.
Desta forma, é evidente a excludente de culpabilidade do paciente, pois o mesmo cumpriu ordem em estrita obediência.
Conforme entendimento predominante na jurisprudência:
TACRSP: “não deve responder ao processo de responsabilidade o servidor que, comprovadamente, apenas cumpriu ordem com visos de legalidades que lhe foi dada por superior hierárquico, no âmbito de sua competência”. (RT388/316) 08000318000
Ademais, não existe justa causa para a condenação do paciente, pois ao longo do processo foi verificada a inexistência do crime, em declaração colhida numa justificativa criminal, feita por um dos detentos.
Fato em que o detento teria inventado toda a história para prejudicar o paciente em questão.
É evidente que cabível a concessão de habeas corpus em decorrência de constrangimento ilegal, nos termos do dispositivo, assim representado pelo Art. 648, I CPP, senão vejamos:
“Art. 648. A coação considera-se –à ilegal:
- Quando não houver justa causa”
Portanto, há ausência de fumus boni júris para a prisão do paciente, assim também entende a jurisprudência:
STF: “O habeas corpus é meio idôneo para afastar constrangimento ilegal decorrente de nulidade verifica em processo já findo, não podendo ser recusado seu conhecimento sob o fundamento de que cabível revisão criminal”. (RT 656/356).
DO PEDIDO
Diante do exposto requer que seja concedida a ordem impetrada com base nos art. 647 e 648, I do CPP, decretando-se a cassação da sentença, com a concessão do respectivo alvará de soltura do paciente, por ser medida de inteira JUSTIÇA.
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