A Racionalidade do Planejamento
Por: Thayla Ramonielle • 27/11/2017 • Monografia • 535 Palavras (3 Páginas) • 958 Visualizações
A Racionalidade do Planejamento
Planejamento é um processo metódico e permanente de abordagem racional e cientifica de questões que se colocam no mundo social, sendo o precesso metódico uma sequência de atos decisórios, ordenados em momentos definidos e baseados em conhecimentos teóricos, científicos e técnicos.
A abordagem racional decorre do uso da inteligência e norteia naturalmente as ações das pessoas, levando-as a planejar mesmo sem perceber o que estão fazendo. Desde os primórdios o homem analisava as questões que o desafiava e para isso, buscava soluções de maneira lógica. Com o pasar do tempo partindo da observação, análise e sistematização racional dessa prática somadas a incorporação de outros conhecimentos que se desenvolveu o acervo sobre as práticas de planejamento que temos atualmente com o objetivo central de instrumentizar as ações.
O planejamento se organiza por operações complexas e interligadas, que são reflexão, decisão, ação e retomada da reflexão. Reflexão é qualificação dos fatos sociais; análise e estudo de alternativas; conhecimento de dados e construção e reconstrução de conceitos e técnicas diversas. Decisão é determinação dos meios; definição dos prazos e escolha de alternativas. Ação é subsidiada nas escolhas efetivadas na operação interior; foco central do planejamento e execução das decisões. Retomada de reflexão é operação de crítica dos processos e efeitos da ação planejada de modo a contribuir na embasamento de planejamento de ações posteriores.
Só é possível identificar a dimensão político-decisória que dá suporte ético-políticoa ação técnico-administrativa, por meio da análise deste processo na dimensão da racionalidade.
O Planejamento Como Processo Político
Por se tratar de um processo contínuo de decisões, inscritas sob relações de poder, o planejamento envolve uma função política. Para que o planejamento se efetive na direção desejada é preciso a apreensão das condições objetivas e subjetivas as quais ele se submete sejam analisadas, como um jogo de vontades politicas e a correlação de forças, por exemplo.
O equacionamento é conjunto de informações importantes para a tomada de decisões, encaminhadas pelos técnicos de planejamento aos centros decisórios. A decisão refere-se às diferentes escolhas necessárias no correr do processo. O planejador nessa atividade se envolve de acordo com seu posicionamento ante as questões que trabalha, suas opções ideo-políticas e as particularidades de cada caso. A operacionalização implica-se ao detalhamento das atividades necessárias à efetivação das decisões tomadas, cabendo aos técnicos sua identificação em planos, programas e projetos, e também a sistematização quando necessário das medidas para sua implementação. A ação refere-se às providências que efetivarão o que foi planejado. Ao executá-la cabe ao técnico o acompanhamento da implementação, o controle e a avaliação que realimentarão o ciclo do planejamento.
O Planejamento Como Processo Técnico-Político
O planejamento se dá a partir de uma série de aproximações que busca delimitar o objeto de intervenção, a partir do reconhecimento da necessidade de uma ação sistemática perante questões que em um determinado momento histórico, pedem respostas mais complexas do que as que se constroem no imediato da prática. Estas questões surgem em função de: necessidade de utilizar recursos escassos para atender grandes problemas; necessidade de aplicar recursos excedentes ou de utilizar equipamento ocioso; disponibilidade de recursos de agências de financiamento; transferência do poder decisório para novas lideranças; necessidade de fundamentar novos programas.
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