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A Relação Mininalismo X Maximalismo

Por:   •  15/5/2023  •  Abstract  •  560 Palavras (3 Páginas)  •  67 Visualizações

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A RELAÇÃO MININALISMO X MAXIMALISMO

Atualmente, o minimalismo é um modo de vida, no qual vem sendo adotado por muitas pessoas. Essa filosofia ou estilo de vida, engloba metas intrínsecas ao indivíduo, instigando-o a buscar viver à vida de uma maneira bem simples, repensando à questão do consumo dos bens materiais supérfluos, ou seja, diminuindo itens que acreditam ser desnecessários e que não agregam na qualidade de vida ou bem-estar do homem.

À dificuldade que várias pessoas encontram ao tentar utilizar o minimalismo como estilo de vida, é que elas podem acabar caindo em uma comum emboscada na espécie humana, na qual foi citada por Aristóteles, no século IV antes de Cristo: o aspecto relacionado ao extremismo, sair de um ponto para outro totalmente diferente, que pode causar vários problemas por consequência disso, como: deixar de aproveitar às coisas boas da vida, em decorrência de pensar só em economizar, e acabar se isolando da vida social, ocasionando doenças de depressão, ansiedade

Dentro do tema solicitado para o desenvolvimento de uma reflexão filosófica, acerca do minimalismo no consumo, podemos levar em conta às bases epicuristas, onde fundamentalmente é proposto uma vida do consumo ou prazeres excessivos.

Economistas já apontam no século XIX, que os recursos materiais são finitos e os desejos humanos infinitos. Juntando esses dois pressupostos, e contrapondo-se a eles, temos um modelo de desenvolvimento social e econômico, onde a roda do capitalismo gira, incentivando cada vez mais consumos de bens descartáveis, previamente programados à obsolescência de forma com que às empresas atinjam o máximo de resultados financeiros, conforme à curva de vida de cada produto que ela lançou.

Quando analisamos a matriz BCG (Boston Consulting Group) a classificação dos produtos em si é realizada através de quatro modalidades: estrela; vaca leiteira; interrogação ou em questionamento e; abacaxi, lá se encontram qualificadas às etapas de vida desse produto: nascimento, crescimento e morte, tal qual um ciclo humano, porém de curta durabilidade.

Thomas Edson já pedia aos seus engenheiros que há cada dois anos, o produto desenvolvido deveria ser superado.

O discurso acima mencionado, vêm demonstrar as incoerências entre o necessário para viver dentro de uma visão minimalista e os apelos do mercado, impulsionando a gastar e a descartar.

Zygmunt Bauman explorou esse tema, principalmente no que se refere às pessoas mais jovens naquilo que considerou de modernidade líquida. A identidade é travestida de um consumo prêt-à-porter onde os jovens trocam seus figurinos como se trocam suas personalidades.

Antecedeu a esse autor, Hannah Arendth, no livro entre a condição humana, entre o passado e o futuro apontando às consequências de um consumo desenfreado seguindo às premissas do capitão. Ora, nessas linhas de pensamento não teríamos crescimento econômico, mercados de trabalho aquecido e à economia passaria girar num núcleo pequeno dos detentores de posse e capital. Fica à pergunta: como conciliar uma proposta minimalista e um modelo econômico pungente? Teríamos que voltar antes de tudo à Karl Marx e rever um modelo de mais valia, partilhando melhor os ganhos da produção de forma à um consumo mais hegemônico por toda a sociedade. No final, para uma proposta minimalista que possa considerar um equilíbrio econômico, pode-se aqui recorrer ao pensamento de Limásio, onde o homem trabalharia menos horas e teria mais tempo para o lazer, então, em uma coerência propositiva, pode fazer o eixo da economia com base nos serviços e lazer, conciliando felicidade, bem-estar e não consumo excessivo.

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