A Revolução dos bichos
Por: Eduardo Castilho • 14/4/2018 • Trabalho acadêmico • 2.328 Palavras (10 Páginas) • 310 Visualizações
ORWELL, George. A revolução dos bichos. São Paulo, SP: Editora Globo 2.000 94 p.
‘’Enfrentemos a realidade: nossa vida é miserável, trabalhosa e curta. Nascemos, recebemos o mínimo de alimento necessário para continuar respirando e os que podem trabalhar são forçados a fazê-lo até a última parcela de suas forças; no instante em que nossa utilidade acaba, trucidam-nos com hedionda crueldade.’’ (Pág. 9)
‘’Será isso, apenas, a ordem natural das coisas? Será esta nossa terra tão
pobre que não ofereça condições de vida decente aos seus habitantes? Não, camaradas, mil vezes não! [...] Por que, então, permanecemos nesta miséria? Porque quase todo o produto do nosso esforço nos é roubado pelos seres humanos.’’ (Pág. 9)
‘’E assim, antes de perceberem o que sucedera, a Revolução dos Bichos
estava feita. Jonas fora expulso e a Granja Solar era deles.” (Pág. 23)
‘’Em pouco tempo, os bichos destruíram tudo quanto lhes recordava Jones. [...] cantaram bichos da Inglaterra sete vezes, de ponta a ponta [...]’’ (Pág. 24)
“Explicaram que, segundo os estudos que haviam f eito nos últimos três meses,
era possível resumir os princípios do Animalismo em Sete Mandamentos.
Esses Sete Mandamentos, que seriam agora escritos na parede, constituiriam
a lei inalterável p ela qual a Granja do s Bichos deveria reger sua vida a partir daquele instante, para sempre.” (Pág. 27)
‘’Os Sete Mandamentos:
Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo
Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas ou tenha asas é amigo
Nenhum animal usará roupas
Nenhum animal beberá álcool
Nenhum animal dormirá em cama
Nenhum animal matará outro animal
Todos os animais são iguais’’ (Pág. 27-28)
‘’Os animais marcharam rumo ao campo de feno, para o início da colheita, e quando voltaram, à tardinha, notaram que o leite havia desaparecido’’ (Pág. 29)
‘’O mistério do leito pronto se esclareceu. Era misturado à comida dos porcos. [...] Certo dia, porém, chegou a ordem para que todas as frutas caídas fossem recolhidas e levadas ao depósito das ferramentas, para consumo dos porcos.’’ (Pág. 38)
‘’Jones e todos os seus homens haviam penetrado pela porteira das cinco barras e vinham subindo a trilha que conduzia à fazenda. [...] era, evidentemente, uma tentativa de recuperar a granja’’ (Pág. 43)
‘’E assim, poucos minutos após a invasão, (os homens) batiam em vergonhosa retirada pelo mesmo caminho da vinda, com uma multidão de gansos no seu encalço’’ (Pág. 45)
‘’Os animais decidiram, por unanimidade, criar uma condecoração militar, a ‘’Herói Animal Primeira Classe’’, que foi conferida ali mesmo a Bola-de-Neve e a Sansão. [...] Dariam uma salva duas vezes ao ano – uma no dia 12 de outubro, aniversário da Batalha do Estábulo, e outra no dia 24 de junho, aniversário da revolução.’’ (Pág. 47)
‘’Depois de realizar uma pesquisa no solo, Bola-de-Neve declarou ser o local ideal para a construção de um moinho de vento, que poderia acionar um dínamo e suprir de energia elétrica toda a granja’’ (Pág. 51)
‘’Os animais dividiram-se em duas facções que se alinhavam sob os slogans: ‘’Vote em Bola-de-Neve e na semana de três dias’’ e ‘’Vote em Napoleão e na manjedoura cheia’’.’’ (Pág. 54)
‘’Ouviu-se um terrível ladrido lá fora e nove cães enormes entraram latindo no celeiro. Jogaram-se sobre Bola-de-Neve, que saltou do lugar onde estava, mal a tempo de escapar àquelas presas.’’ (Pág. 56)
‘’Mas o mistério logo se aclarou: eram os cachorrinhos que Napoleão havia tomado às mães e criado secretamente. (Pág. 57)
‘’Napoleão, com os cachorros a segui-lo, subiu para o estrado, de onde o Major fizera seu discurso. Anunciou que daquele momento em diante terminariam as Reuniões dos domingos de manhã. Eram desnecessárias perdas de tempo. Para o futuro, todos os problemas relacionados com o funcionamento da granja seriam resolvidos por uma comissão de porcos, presidida por ele, que se reuniria em particular e depois comunicaria suas decisões aos demais. [...] Não haveria debates.’’ (Pág. 57)
‘’No terceiro domingo após a expulsão de Bola-de-Neve, os bichos ficaram um tanto surpresos ao ouvirem Napoleão anunciar que o moinho de vento seria, afinal de contas, construído.’’ (Pág 60)
‘’Aí é que estava a esperteza do Camarada Napoleão — disse. — Ele fingira ser contra o moinho de vento, apenas como manobra para livrar-se de Bola-de-Neve, que era um péssimo caráter e uma influência perniciosa. [...] Garganta falava tão persuasivamente e os três cachorros — que por coincidência estavam com ele — rosnavam tão ameaçadoramente, que aceitaram a explicação sem mais perguntas.’’ (Pág. 61-62)
‘’Foi mais ou menos por essa época que os porcos, de repente, mudaram-se para a casa-grande, onde fixaram residência. Novamente os bichos julgaram lembrar-se de que havia uma resolução contra isso, aprovada nos primeiros dias, e novamente Garganta conseguiu convencê-los do contrário. Era absolutamente necessário que os porcos, disse ele, sendo os cérebros da granja, tivessem um lugar calmo onde trabalhar.’’ (Pág. 70)
“Nenhum animal dormirá em cama com lençóis”. Interessante, Quitéria não se recordava dessa menção a lençóis, no Quarto Mandamento. Mas, se estava escrito na parede, devia haver.’’ (Pág. 71)
‘’ Novembro chegou, com fortes ventos de sudoeste. [...] Finalmente, houve uma noite em que a tormenta foi tão forte que os galpões da granja tremeram na base e várias telhas do celeiro foram arrancadas. [...]. Camaradas — disse lentamente — quem é o responsável por isto? Sabem quem foi o inimigo que, na calada da noite, destruiu nosso moinho de vento? BOLA-DE-NEVE! [...]. Camaradas, neste local e neste momento, pronuncio a sentença de morte para Bola-de-Neve. Uma “Herói Animal, Segunda Classe” e meio balde de maçãs ao animal que lhe fizer justiça. Um balde inteiro a quem o capturar vivo!’’ (Pág. 73-74)
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