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A Socialização contemporânea e seus agentes

Por:   •  30/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  591 Palavras (3 Páginas)  •  85 Visualizações

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Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio

Beatriz de Vasconcellos Coelho Napoleão Pêgo

Socialização contemporânea e seus agentes

Rio de janeiro

2022

Consoante Gilberto Freyre socialização “é a condição do indivíduo (biológico) desenvolvido, dentro da organização social e da cultura, em pessoa ou homem social, pela aquisição de status ou situação, desenvolvidos como membro de um grupo ou de vários grupos”. Dessa maneira, é um mecanismo que molda a personalidade de um integrante do corpo social de acordo com o local em que habita e a sua realidade, além de contribuir para o desenvolvimento da identidade e da autonomia, dado que há uma oportunidade de amplificar os laços afetivos estabelecidos entre as crianças e entre elas com os adultos. Isto posto, a socialização pode ser verificada como um fato social.        

Nessa óptica, fato social é um conceito que fora desenvolvido por Émile Durkheim e que significa, conforme ele, “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou, ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter”.  Sob essa óptica, o fato social concerne às maneiras que uma pessoa se manifesta no corpo social, por meio de forças exteriores a ela.

Além disso, segundo Bernard Lahire o ser humano contemporâneo não é regido apenas por um único princípio de conduta -como o defendido por Bourdieu- já que os pequenos e pequenas são socializados com base em uma multiplicidade de princípios advindos dos agentes socializadores, que são eles: as escolas, os familiares, os colegas, os meios de comunicação e as instituições religiosa, como exemplo.        

Com a tecnologia, novas concepções e práticas surgiram e muitas mudanças foram verificadas em pouco tempo, a exemplo da criação de novas profissões e carreiras. As redes sociais, desenvolvidas a partir da tecnologia, são grandes agentes modificadores do comportamento humano. Isso ocorre, por exemplo, por conta da ideologia, que é uma falsa consciência das relações de domínio entre as classes, usando o campo das ideias a fim de modificar os hábitos de uma pessoa.

Ainda sobre isso, a criança contemporânea ao invés de escolher brincadeiras tradicionais prefere jogas videogame, mudando, assim, sua socialização. Essa geração audiovisual também realiza seus exercícios de maneira diferente em comparação há alguns anos atrás, pois utiliza a internet como instrumento de pesquisa. Logo, a partir do advento tecnológico, as relações entre os indivíduos se transformaram, pois eles passam mais tempo nos aparelhos eletrônicos e menos socializando com os que estão ao seu redor. Há de se apontar, também, que a socialização tecnológica é excludente, já que conforme o IBGE, quase 40 milhões de brasileiros não tinham acesso à internet em 2019.

Sob outro viés, a socialização pode ser dividida em duas fases: a primeira ocorre na infância e é um período de imensa aprendizagem cultural, cuja criança aprende sua primeira língua e seu comportamento começa a ser moldado, sendo a família a instituição mais importante no desenvolvimento da subjetividade. A segunda acontece quando o indivíduo inicia a vida adulta e outros meios começam a influenciar sua vida, como o seu trabalho. Os ambientes de socialização estabelecem normas, valores e hábitos à realidade social e cultural que o indivíduo se insere.

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