A TERCEIRA IDADE NO CAPITALISMO COMPETITIVO
Por: Dannielly Saldanha • 12/5/2017 • Artigo • 918 Palavras (4 Páginas) • 286 Visualizações
A TERCEIRA IDADE NO CAPITALISMO COMPETITIVO
Daniele Saldanha de Almeida
RESUMO: Assim como a expectativa de vida cresce gradativamente, a população da terceira idade acompanha esse ritmo. Enquanto para uns, o idoso é visto como símbolo de experiência e sabedoria, para outros, infelizmente, essa categoria é estereotipada como incapaz e improdutiva. Por esse motivo, o mercado de trabalho tem se mostrado cada vez mais difícil para o idoso, uma vez que, tendo em vista, a competitividade da economia capitalista, bem como, a intensa globalização, o trabalhador jovem, tende a ser priorizado ao invés do idoso, caracterizando como uma maneira de discriminação. Como forma de fazer jus a justiça social da terceira idade, encontra-se o Estatuto do Idoso, que o aponta como sujeito de autonomia e prioridade dentro das vertentes, inclusive, quanto ao trabalho.
PALAVRAS-CHAVE: Terceira idade. Mercado de trabalho. Competitividade.
INTRODUÇÃO:
A inserção e a reinserção do idoso apresenta-se para o mesmo, como uma distante realidade, pois enquanto há uma demanda de idosos desejando o ingresso no mercado de trabalho, o qual, precisa de força qualificada, em contrapartida, o mesmo mostra-se preconceituoso, uma vez que, impõe um limite etário de contribuição, bem como, limita a ocupação de determinados cargos, obrigando essa categoria a isolar-se da sociedade.
METODOLOGIA:
O presente resumo tem como objetivo a análise das dificuldades enfrentadas pela terceira idade não só para inserir-se novamente no mercado de trabalho, mas para continuar nele, quando, para obter lucro e aumento de produtividade, as empresas, públicas ou privadas, optam pelos jovens em detrimento dos idosos.
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA:
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2008), em 2050, a população infantil representará 15% da população total do Brasil, em compensação, a população da terceira idade ultrapassará os 22% da população total. De modo que, esse aumento impactará diversos setores de produção e mercado de trabalho, pois terão que adaptar-se e oferecer novas oportunidades para a terceira idade.
No Brasil, o trabalho possui um significado muito além de manter-se financeiramente. Trabalhar é uma atividade que traz realização pessoal, status social e principalmente, inclusão social, tendo em vista que a possibilidade de criar contatos e laços é maior. Para os doutrinadores e estudiosos, o trabalho é muito importante para o envelhecimento, levando em consideração que, o fato de inclui ou permanecer, o idoso no mercado de trabalho, retira o mesmo da situação de isolamento em que vive, pois proporciona novas oportunidades, de aprendizado e de convivência com pessoas de diferentes idades, consequentemente, resultando em um envelhecimento ativo.
O Estatuto do idoso assegura legalmente o direito ao trabalho, assim como, demonstra a relevância de políticas públicas e privadas para inserir essa categoria no mercado.
“Profissionalização especializada para os idosos, aproveitando seus potenciais e habilidades para atividades regulares e remuneradas; preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, por meio de estímulo a novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania; estímulo às empresas privadas para admissão de idosos ao trabalho” (Estatuto do idoso, capítulo VI, artigo 28, 2003).
Contudo, o que ocorre, é a falta de estimulo e criação de novas oportunidades, visando a inclusão e a continuidade dessa categoria no mercado de trabalho. O que deve ser repensado, pois diante da globalização e da crise econômica, é impossível saber ao certo, por quanto tempo a Previdência Social poderá continuar oferecendo ajuda a terceira idade, afinal, para muitos a Previdência apresenta-se como uma complementação do necessário a sobrevivência, motivo este que, leva
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