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A realidade da vida anual e sua existência em vários segmentos sociais

Projeto de pesquisa: A realidade da vida anual e sua existência em vários segmentos sociais. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.164 Palavras (13 Páginas)  •  292 Visualizações

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INTRODUÇÃO:

Para a abordagem do tema de Ciências Sociais, pesquisamos livros, internet e diversos filmes e documentários para podermos esclarecer e debater a temática social abordada em nosso trabalho. Apresentaremos um conjunto de registros argumentativos e reflexivos sobre os temas propostos dentro do contexto Sociais.

Em uma primeira etapa trataremos sobre os significados de cultura, individuo e sociedade, buscando refletir sobre esses temas, problematizando a realidade da vida cotidiana e sua existência nos diversos segmentos sociais.

Num segundo momento debatemos sobre o filme “A Classe operária vai ao paraíso”, onde levantamos questões de trabalho, consumo e sociedade e suas questões sociais dentro de um contexto histórico e existentes no cotidiano da sociedade atual.

Após assistir os documentários Bumbando e Ilha das flores, debatemos, argumentamos e relatamos as desigualdades social, evidenciadas pelo grupo.

Relatamos também os problemas da exploração de meio ambiente, abordados no documentário Pajerama do diretor Leonardo Cadaval, onde pesquisamos e debatemos o tema para melhor abordar e esclarecer à temática.

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REALIDADE DA VIDA COTIDIANA E SUA EXISTÊNCIA NOS DIVERSOS SEGMENTOS SOCIAIS

A vida cotidiana se apresenta como uma realidade interpretada pelos homens e dotada de sentido para eles na medida em que forma de um mundo coerente.

O mundo da vida cotidiana não é somente tomado como uma realidade certa pelos membros da sociedade na conduta que imprimem as suas vidas, mas é um mundo que se origina no pensamento e ação dos homens comuns.

Portanto, o método mais conveniente para esclarecer os fundamentos do conhecimento na vida cotidiana, é o da análise fenomenológica, método descritivo, segundo o modo de como entendemos a natureza das ciências empíricas. A análise fenomenológica da vida cotidiana se abstém de qualquer hipótese causal ou genética. O senso comum contém inumeráveis interpretações pré-científicas e quase científicas sobre a realidade cotidiana, que admite como certas. Se quisermos descrever a realidade do senso comum temos que nos referir a essas interpretações, mas colocando o que dizemos entre parênteses fenomenológicos.

O mundo consiste em diversas realidades. Quando se passa de uma realidade a outra, experimentamos a transição como se fosse uma espécie de “choque”. Uma ilustração bem simples é o ato de acordar de um sonho.

A realidade da vida cotidiana já aparece objetivada, como a linguagem utilizada, o lugar onde vivemos é geograficamente determinado, uso de instrumentos/objetos, etc. Ela está organizada em torno do “aqui” do meu corpo e do “agora” do meu presente. Isto significa que experimentamos a vida cotidiana em diferentes graus de aproximação e distância, espacial e temporalmente. A mais próxima de nós está diretamente acessível à manipulação corporal. Esta zona se refere ao mundo que se acha ao nosso alcance.

No mundo do trabalho a consciência é dominada pelo motivo pragmático, ou seja, a nossa atenção a esse mundo é determinada por aquilo que estou fazendo, fiz ou pretendo fazer.

A realidade da vida cotidiana apresenta-se como um mundo intersubjetivo, onde participamos junto de outras pessoas. Esta intersubjetividade diferencia a vida cotidiana de outras realidades de que temos consciência. Portanto, não podemos existir na vida cotidiana sem estar em interação e comunicação com outras pessoas. A atitude natural é atitude da consciência do senso comum, porque se refere a um mundo que é comum a muitos homens.

02

O conhecimento do senso comum é o conhecimento que se partilha nas rotinas, que são evidentes na vida cotidiana.

A vida cotidiana se divide em dois setores: aqueles que são aprendidos e realizados rotineiramente, que continuam sem interrupção. E tem aqueles que aparecem como problemas de algo, que não pertencem a uma realidade inteiramente diferente.

Quando a continuidade de certo serviço, por exemplo, é interrompida pelo surgimento de um problema, a realidade da vida cotidiana procura integrar o setor problemático dentro daquilo que já é não problemático.

Comparadas á realidade da vida cotidiana, as outras realidades aparecem como campos finitos de significados. A consciência sempre retorna à realidade dominante. Isso é evidente nas ilustrações na realidade dos sonhos e na do pensamento teórico. O teatro é uma excelente ilustração desta atividade lúdica por parte dos adultos: quando o pano do palco sobe, o espectador “é levado” para “outro mundo”. Quando o pano desce, o espectador retorna à realidade predominante da vida cotidiana.

A linguagem comum que dispomos para a objetivação de experiências funda-se na vida cotidiana e conserva-se para ela, mesmo quando a empregamos para interpretar experiências delimitadas de significação.

O mundo da vida cotidiana é estruturado espacial e temporalmente. A estrutura espacial tem pouca importância em nossas considerações e indica que tem uma dimensão social em virtude do fato da zona de manipulação entrar em contato com a dos outros. A estrutura temporal é uma propriedade intrínseca da consciência. A intersubjetividade da vida cotidiana tem uma dimensão temporal. O mundo da vida cotidiana tem seu próprio padrão do tempo, que é acessível intersubjetivamente. O tempo padrão pode ser compreendido entre o tempo cósmico e o calendário que é estabelecido socialmente, que é baseado nas sequências temporais da natureza por um lado, e o tempo interior por outro lado. O tempo que encontramos na realidade diária é contínuo e finito. Nossa existência neste mundo é continuamente ordenada pelo tempo dela. O tempo já existia antes de nascermos e ele continuará depois que morrermos - o que torna este tempo finito para nós.

A mesma estrutura temporal é coercitiva – não podemos inverter à vontade as sequências impostas por ela. Ela fornece a historicidade que determina nossa situação no mundo da vida cotidiana. A estrutura temporal da vida cotidiana não impõe somente sequências predeterminantes a nossa agenda de um único dia quanto nossa completa biografia.

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