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A sociedade dos individuos

Por:   •  24/6/2015  •  Resenha  •  933 Palavras (4 Páginas)  •  592 Visualizações

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                                     UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

                                      PROFa. DRa. SUZANE ALENCAR

                                       TÚLIO DE FREITAS S. MARTINS, 117 B

RESENHA DO TEXTO :"A SOCIEDADE DOS INDIVÍDUOS", POR NORBERT ELIAS

Elias começa sua analise sociologica acerca da sociedade com um questionamento sobre a imprevisibilidade da mesma, uma vez que nao fora planejada por individuos isolados e muito menos por individuos agrupados e, a partir desse pressuposto, infere que as transformaçoes historicas independem das intençoes particulares. Assim sendo, verifica o carater de imprevisibilidade da sociedade para depois fazer um estudo qualitativo acerca da gênese das instituiçoes sociais: segundo o proprio autor, existem duas posiçoes a respeito da criaçao do advento social e dos agrupamentos humanos.

A primeira posiçao assenta-se no principio de que a formaçao socio-historica é criada e planejada racionalmente por particulares isolados e para fins especificos. Já a segunda, retoma, de certa forma, a dialética marxista segundo a qual a sociedade sai do centro de interesse de açoes individuais e entra no arquétipo de entidade orgânica supra-individual cujo fim é encontrado em seu próprio germe. A segunda posiçao sofre influencia das ciencias naturais na medida em que os processos historico-sociais sao influenciados por forças exteriores ao individuo isolado, caindo no centro de interesse dos estilos, das formas culturais e instituiçoes economicas.

Nao obstante as posiçoes antitéticas desses dois campos, o autor verifica as problematicas inferentes a eles, para depois tomar sua posiçao: quanto ao primeiro campo, o dos individuos, Elias percebe que a gênese de fenomenos nao explicados da maneira  racional e logica perdem a significância. Quanto ao segundo campo a problematica se reside no fato de que os conceitos sao misturados com mistica e religiao, metafisica, se afastando do campo cognosivo da racionalidade e do real.

A seguir, Elias centra sua analise sobre os individuos. A semelhança de sua primeira analise, ele tambem divide em dois campos: o primeiro, percebe o individuo em sentido estritamente singular e as funçoes psicologicas referentes a ele independem de suas relaçoes interpessoais e profissionais com os outros individuos, sendo ele o agente ativo da construçao e do dinamismo social, portanto, sendo sua subjetividade natural. Ao passo que o segundo campo assenta-se na percepçao da totalidade como somatório das funçoes psicologicas dos seres sociais que a constituem, sendo que, as formaçoes sociais independem dos atos individuais.

Feita tais analises e reflexoes dos campos e de suas posiçoes sobre individuo e sobre sociedade, Elias toma sua posiçao baseada na relaçao vinculativa individuo-sociedade. Sua posiçao é tal, que nega a analise separada desses dois aspectos: nao se pode compreender a estruturaçao social pela contemplaçao isolada de seus elementos, nem a estrutura como unidade somatória de acumulaçao de seres fazendo uma analise estática das caracteristicas de cada um desses seres e depois calculando-se a média. Para ele, a totalidade é diferente do conjunto de elementos isolados, e que, portanto, incorpora leis de tipo especial e podem criar tambem suas leis, independentemente dos elementos que a compõe, dando o exemplo da música e da melodia, dos fonemas e das palavras, da pedra e da casa ( esta última é uma analogia à Aristóteles)

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