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A validade do processo de falseamento

Por:   •  13/6/2022  •  Resenha  •  1.596 Palavras (7 Páginas)  •  92 Visualizações

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Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

Departamento de Ciências Jurídicas - DCIJur

Curso de Direito

FICHAMENTO

Pedro Augusto Benevides Lopes

Ilhéus, BA

29/2022

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Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

Departamento de Ciências Jurídicas - DCIJur

Curso de Direito

FICHAMENTO

Pedro Augusto Benevides Lopes

Trabalho apresentado como parte da avaliação da disciplina Metodologia da Pesquisa (FCH 698 – T2), para banco de pontos, ministrada pela Profª Drª Natália Maria Reis Oliveira Furtado.

Ilhéus, BA

29/2022

POPPER, Karl Raimund.

                 Falseabilidade. In: POPPER, Karl Raimund. A lógica da pesquisa científica.

         São Paulo: Cultrix, 2001. 82-97p.

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Relata o processo de falseamento de uma teoria empírica e os obstáculos para se chegar na falseabilidade. Objetiva mostrar os desafios metodológicos previstos no processo e suas etapas, para assim saber se existe um enunciado singular falseável. A metodologia usada se evidencia nas comparações entre diferentes teorias e métodos e o uso de exemplificações. Inicia com uma crítica do convencionalismo a ideia de falseabilidade. Após isso, destaca a importância do uso de regras metodológicas para identificar uma teoria como empírica ou convencional e de se afastar de estratagemas convencionalistas. Em seguida, procura caracterizar a falseabilidade de uma teoria para as relações logicas entre uma teoria e os enunciados básicos. Depois, difere o conceito de falseabilidade e falsificação e explica o que são eventos e ocorrências. Por fim, relata a importância da condição de compatibilidade de um sistema empírico. Conclui que um sistema empírico deve satisfazer a condição de ser falseável, para poder permitir estabelecer diferença entre dois enunciados quaisquer.

VALIDADE DO PROCESSO DE FALSEAMENTO

POPPER, Karl Raimun. Falseabilidade. In: POPPER, Karl Raimund. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 2001. 82-97p.

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*Inicia mostrando a visão contraria ao método de falseamento, o pensamento “convencionalista”. Os adeptos a esta filosofia não acreditam na falseabilidade como critério para decidir se uma teoria pertence ao campo da ciência empírica ou não. Para eles, as leis da natureza são criações do homem e escolhidas pelo próprio, sendo o mundo, definido pelas leis naturais escolhidas de modo arbitrário, objeto da ciência. Entretanto, destaca a importância dessa filosofia ao dizer “A filosofia do convencionalismo é digna de grande mérito, pela maneira como ajudou a esclarecer as relações existentes entre teoria e experimento” (p.84), destacando ser um sistema defensável*.

*O sistema convencionalista, apesar dos elogios, é inaceitável, pois este acredita em uma certeza final da ciência. Se um sistema for ameaçado por novos experimentos que o falseie, para os convencionalistas, o sistema permanecerá intacto. O convencionalismo acredita que “só um princípio nos pode auxiliar a selecionar um sistema, que se torna o eleito dentre todos os sistemas possíveis” (p.85). Daí surge o termo “sistema clássico”, que seria o sistema mais simples escolhido*.

*Existe ainda argumentos contra o critério de demarcação proposto pelo autor. Diriam os adeptos ao pensamento convencionalista que os sistemas teoréticos não são verificáveis nem falseáveis. Sendo assim, existe a possibilidade de atingir as chamadas “sua correspondência com a realidade”, através de introdução de hipóteses para substituir as “definições ostensivas”, de uma atitude cética em relação ao experimentador, dizendo que este adultera dados ou suas observações não são cientificas, também pode-se duvidar da perspicácia do investigador*. Ademais, o autor destaca que:

Assim, de acordo com a concepção convencionalista, não é possível dividir os sistemas e teorias em falseáveis e não falseáveis; melhor dizendo, essa distinção será ambígua. Como consequência, o critério de falseabilidade por nos proposto torna-se inútil como critério de demarcação (p.86).

/Percebemos que a falseabilidade como critério de demarcação não é perfeita, sendo atingido pela ambiguidade, por causa da imparcialidade do experimentador. Infelizmente, isso é algo inevitável quando se trata do homem, pois a neutralidade total é impossível/.

*É impossível decidir se um sistema é convencional ou empírico pela forma logica. Por isso, o critério de demarcação feito pelo autor não pode ser imediatamente aplicado em um sistema, mas primeiro é necessário o uso dos métodos para fazer essa distinção. É somente utilizando-se do método que se pode evitar o estratagema convencionalista, para não atingir a chamada ‘sua correspondência com a realidade’. Devemos, se for possível, rejeitar aqueles sistemas salvos por estratagemas*.

*Sobre as hipóteses auxiliares, serão aceitas aquelas que aumentarem o grau de falseabilidade ou testabilidade de um sistema. Assim, a introdução da hipótese reforça a teoria, deixando o sistema mais rígido, rejeitando mais. Para o autor, a introdução de uma hipótese auxiliar deve visar a construção de um novo sistema, e “esse sistema novo deve sempre ser julgado sob o prisma de saber se, adotado, corresponde a um real avanço do conhecimento acerca do mundo” (p.87).

/Constatamos a importância de aumentar o nível de falseabilidade de um sistema, pois somente assim se poderá com mais confiabilidade distinguir aquela teoria é empírica ou convencional. Vejamos, assim, a importância das hipóteses auxiliares nesse processo, sendo crucial que o experimentador se previna dos estratagemas/.

*Após afastar os estratagemas com êxito, agora se faz necessário caracterizar a falseabilidade de forma lógica, por meio da relação entre a teoria e os enunciados básicos. Os enunciados básicos não é um sistema de enunciados aceitos, mas sim “inclui, antes, todos os enunciados singulares autocompatíveis de certa forma lógica” (p.89). Então, uma teoria será chamada de falseável quando dividir todos os possíveis enunciados básicos em duas subclasses não vazias, a dos enunciados incompatíveis (que rejeita), chamados de falseadores potenciais da teoria, e os compatíveis (que permite)*. Então “uma teoria é falseável se não estiver vazia a classe de seus falseadores potenciais” (p.91).

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