ANÁLISE SOBRE A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA

ANÁLISE SOBRE A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA

Fazer uma análise sobre o estudo antropológico é compreender alguns fatores importante que contribuíram e que tornaram a antropologia, em ciência, no século XVIII. Para tanto, faz-se necessário recorrer a fontes bibliográficas como a obra “Aprender Antropologia” de François Laplantine, o qual inicia sua investigação abordando sobre a “Pré-história da Antropologia”, com isso focalizando seus olhares e análises sobre as diversas civilizações já existentes, desde aquelas classificadas ou tidas como primitivas e arcaicas, de onde imprime a duas figuras concebidas a do “mau selvagem e do bom civilizado”, aguçando os primórdios estudos antropológicos que resultará na busca pela conceituação de homem. No entanto, dotados de traços culturais que se herda dos antepassados, apresentando o pré-conceito e o significativo sentimento de superioridade e inferioridade, exige que os estudos antropológicos adentrem a noção do etnocentrismo.

Para um melhor entendimento sobre esta análise, esse ensaio encontrar-se-á organizado em quesitos, prevalecendo da compreensão da obra do autor referenciado.

O primeiro quesito se volta sobre a necessidade dos estudos antropológicos tornarem importante para o homem, para isso, se faz de suma importância a determinação, ou melhor, a delimitação sobre o objeto de investigação e análise. O termo grego que origina a denominação antropologia “anthropos” (homem, ser humano) e “logos” (conhecimento), não se referenciava a esse objeto a fatores psicológicos, para tanto, existia a psicologia e nem tão somente a aspectos sociais, campo de estudos da sociologia. Porém, o homem como objeto dos estudos antropológicos, estaria destinado a analisa-lo em determinados fatores como sua cultura, religião, linguagem, seus dogmas religiosos e crenças e outros que carrega em sua concepção de ser humano, para isso o primeiro passo foi por meio da observação e analise das primeiras civilizações.

O segundo alvo dessa analise, destina-se a outro fator de significativa importância, o qual nesse enfoque denominará de pré-conceito estabelecido antropológico. E para compreendê-lo faz-se necessário remete sobre o estudo da cultura do ser humano no período que corresponde o século XIV até o século XIX, possibilitou a percepção do domínio hegemônico resultando no massacre de diversas etnias. Temos como exemplo, o tipo de colonização predominante no território brasileiro, em que os índios, primeiramente foram julgados pelo pré-conceito civilizatório europeu, tendo boa parte de seus valores culturais eliminados com a invasão europeia.  

No estudo antropológico, o resultado desse impacto cultural, remete a figura concebida como “o bom selvagem e o mal civilizado”. Deve-se recordar que o termo selvagem, foi o primeiro adjetivo que os europeus atribuíram aos nativos quando chegaram ao território brasileiro, pois estavam caracterizados nus e de comportamento inadequados ou de acordo com era concebido pelos invasores, sem deixar de explanar nos costumes e cultura que possuíam, como os comportamentos alimentares (comer carne crua), a linguagem, sua religião, organização familiar e entre outros.