ARISTÓTELES E A CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO
Por: maricvasc • 17/5/2017 • Artigo • 4.762 Palavras (20 Páginas) • 251 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA
CURSO DE DIREITO
1º PERÍODO
ALUNOS: EMMANUEL VASCONCELOS, MARIA EDUARDA ROCHA, MARIA KAUANY TEÓFILO, MARISA CARVALHO
CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO
MARCO-CE
ABRIL/2017
ALUNOS: EMMANUEL VASCONCELOS, MARIA EDUARDA ROCHA, MARIA KAUANY TEÓFILO, MARISA CARVALHO
ARISTÓTELES E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO
Trabalho apresentado à disciplina de Ciência Política e Teoria Geral do Estado da Universidade Estadual Vale do Acaraú, para obtenção da nota da avaliação parcial 1.
Profa. Renata Alburquerque
MARCO-CE
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 4
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................. 5
2.1 Biografia de Aristóteles......................................................................................... 5
2.2 Pensamentos........................................................................................................ 7
2.3 Obras................................................................................................................... 11
2.3.1 Ética a Nicômaco.............................................................................................. 12
2.3.2 Tópicos e Retórica............................................................................................ 14
2.3.3 Política.............................................................................................................. 15
2.4 Contribuições para a Ciência Política e Teoria Geral do Estado........................ 16
3 CONCLUSÃO
4 REFERÊNCIAS
1 Introdução
O presente trabalho tem como objetivo um estudo sobre a vida do filósofo Aristóteles, bem como suas obras e pensamentos, para especificar a sua contribuição à Ciência Política e a Teoria Geral do Estado.
Está organizado em quatro partes. Na primeira, encontra-se sua biografia, na segunda é apresentado os seus pensamentos, na terceira encontra-se suas obras e dissertações sobre a mesma, na quarta é encontrada, finalmente, suas contribuições para a Ciência Política.
A metodologia utilizada foram pesquisas bibliográficas e em sites de âmbito jurídico ou específicos sobre o filósofo estudado.
2.1 Biografia de Aristóteles
Aristóteles, o maior discípulo de Platão, nasceu em Estágira, uma colônia de origem Jônica, encontrada no reino da Macedônia, no ano de 384 a.C. Filho de Nicômaco, que era médico e amigo pessoal do Rei Amintas III, por conta disso, ele se beneficiou de favoráveis condições para seus estudos. Com a morte dos pais, quando ainda era jovem, foi criado pela irmã mais velha e seu marido. Não se sabe ao certo como iniciou seus estudos, mas podemos supor que ele começou a estudar a Medicina como o pai. Aos 17 anos, foi enviado para a Academia de Platão em Atenas, que naquela época, era o melhor lugar para se estudar, onde permaneceu por 20 anos: inicialmente como discípulo, depois como professor de retórica, até a morte de seu Mestre.
Ele não assumiu a academia como muitos achavam que ele iria assumir, ao contrário disso, após sua estadia em Atenas, ausentou-se por 12 anos, onde permaneceu na Ásia menor, em uma comunidade de platônicos localizada em Assos. Ali reinava um tirano eunuco chamado Hérmias, o qual Aristóteles teve como cunhado ao casar com sua irmã, Pítias. Hérmias foi morto pelos Persas e com isso Aristóteles muda-se para Mitilene. Logo após Pítias vem a óbito e ele se casa com Hérpilis, que conceberá Nicômaco, o qual, posteriormente, ele dedicará a obra: Ética a Nicômaco.
Após a unificação da Macedônia, o rei e conquistador Felipe II, reuniu as cidades gregas em uma liga e pregou guerra contra os Persas. Surgiu, assim, uma oportunidade para Aristóteles como tutor de Alexandre, filho de Felipe II que futuramente será conhecido como Alexandre, o Grande. Mas ficou nessa função por apenas dois anos quando, inesperadamente, o Rei foi morto e Alexandre passa a assumir o trono com apenas 20 anos.
Sem função na Macedônia, Aristóteles volta para Atenas na companhia de Teofrasto e funda o Liceu no ginásio do templo de Apolo, auxiliado por Alexandre. O Liceu também era conhecido como escola peripatética, etimologicamente falando: “os que passeiam”, pois Aristóteles costumava dar aula caminhando com seus alunos pelo jardim. Em 10 anos de ensino, ele se torna um centro de estudos avançados em que os mestres eram divididos por especialidades. Estima-se que, Aristóteles escreveu 120 obras, das quais só sobreviveram 40 e são destacadas apenas 7.
Com a morte de Alexandre, cresceu um sentimento antimacedônico cresceu em Atenas. Com Demóstenes ativando o poder nacionalista e Eurimetode o acusando de impiedade por suas ideias, a situação fica difícil para Aristóteles e ele deixa Atenas, abandonando o Liceu sob a direção de Teofrasto.
Escondido em sua propriedade em Cálcis, de Eubea, morreu aos 62 anos no ano de 322 a.C., no entanto, o Liceu teve continuidade, assim como a Academia de Platão.
Estudiosos acreditavam que Aristóteles tinha a voz débil, pernas magras e olhos pequenos. Costumava vestir-se com elegância, levava anéis e cortava a barba. Acredita-se, também, que tinha bastante carinho com seus familiares, dependentes e alunos, como pode ser sustentado em seu testamento, na cláusula em que ele liberta todos os seus escravos.
2.2 Pensamentos e Filosofia Aristotélica
Aristóteles descreveu os campos básicos da investigação da realidade e deu-lhes os nomes com que são conhecidos até os nossos dias: lógica, física, política, economia, psicologia, metafísica, meteorologia, retórica e ética.
Apesar de existirem muitos escritos de Aristóteles, a maior parte do seu trabalho foi perdida. A partir dos fragmentos restantes que compõem sua obra pode-se perceber que ele estudou o “ser enquanto ser”, ou seja, o que são e como são as coisas. Em sua metafísica, Aristóteles fala sobre os primeiros princípios, que dizem respeito aos princípios lógicos (Lógica Aristotélica), o princípio de identidade, da não contradição e do terceiro excluído. O princípio de identidade determina que uma proposição é sempre igual a ela. Disto pode-se afirmar que A=A. O princípio da não contradição afirma que uma proposição não pode, ao mesmo tempo, ser falsa e verdadeira. Não se pode propor que um triângulo possui e não possui três lados, por exemplo. O princípio do terceiro excluído afirma que ou uma proposição é verdadeira ou é falsa, e não há uma terceira. Garantindo, assim, as condições que asseguram a realidade das coisas.
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