AS CORRENTES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS
Por: sindelys10 • 25/5/2015 • Resenha • 1.497 Palavras (6 Páginas) • 460 Visualizações
AS CORRENTES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS
O Humanismo e o Renascimento estão na base do comportamento político e social contemporâneos
O humanismo é um conjunto de ideais e princípios que valorizam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra, liberdade, etc). Para os humanistas, os seres humanos são responsáveis pela criação e desenvolvimento destes valores; assim este pensamento entra em contradição com pensamentos religiosos que afirmam que Deus é o criador destes valores.
Eles admitiam a existência de Deus e do mundo, mas separados entre si, cada um teria seu destino a cumprir, manifestou-se principalmente na filosofia e nas artes plásticas. As obras de arte, por exemplo, valorizam o corpo e os sentimentos.
Nos séculos XV e XVI, os artistas plásticos renascentistas resgataram os valores humanistas da cultura greco-romana. O antropocentrismo norteou o desenvolvimento intelectual desta fase.
O homem da Renascença descobre a possibilidade de se alcançar o poder através da pesquisa, do trabalho e do dinheiro, alcançando assim o poder, que até então estavam nas mãos das autoridades da época ( o Imperador e o Papa).
A filosofia cristã começou com Santo Agostinho (354-430 d.C.) e acreditava-se que o mundo havia sido criado por um Ser Superior, mas com separação total entre criatura e Criador. Deus era a causa da existência do mundo, mas estaria totalmente fora da matéria e das células dos seres.
A filosofia moderna estuda exclusivamente o fenômeno material, onde Deus está mais no campo da psicologia do que da ciência e da filosofia.
A mentalidade imanentista que diz; “Deus está no mundo; na matéria; este mundo é Deus; ou ainda: eu sou Deus; não há outro Deus lá em cima ou aqui em baixo.” Esse é o resumo do pensamento idealista, positivista, materialista ou existencialista do mundo contemporâneo.
Os pensamentos imanentistas começaram com Leonardo da Vinci (1952-1519), que reconhecia como autoridade somente a pesquisa, acima de qualquer autoridade religiosa ou civil, ou mesmo da Sagrada Escritura. “A pesquisa nunca nos engana” dizia.
Leonardo teve seus seguidores como Tomaso Campanella, Bernardino Telésio, Giordano Bruno e Galileu Galilei; este último está ligado a René Descartes (1596-1650), considerado o pai da filosofia moderna.
Galileu conseguiu provar que a Terra gira ao redor do Sol, e não o contrário. Colocou em dúvida a autoridade sagrada, na época, fonte oficial do saber.
René Descartes formulou o pensamento “Penso, logo existo!” e deu continuidade aos pensamentos de Galileu, que a partir do rompimento com a autoridade religiosa, fez mudanças na forma de pensar e filosofar da época, com base nas pesquisas de Descartes.
O Idealismo é a doutrina filosófica que coloca o conhecimento em primeiro lugar, a forma que se processa esse conhecimento na consciência, e em segundo lugar a realidade como é conhecida.
Conhecer é aperceber-se de algo que existe fora de nós e enquadrá-lo numa idéia que de antemão possuímos. É a doutrina que se opõe a do realismo. O realismo salienta o objeto real e o idealismo, a idéia que se faz.
Pitágoras (século VI a.C.), introduziu o mundo sensível (coisas reais percebidas pelos sentidos) e o mundo inteligível (tudo que é percebido pela inteligência). Entendia qual a teocracia era a organização social mais completa e perfeita para o grau de evolução dos povos de então. Estava ligada ao politeísmo, enquanto os ensinamentos dados às pequenas elites eram monoteístas.
Platão, mais tarde, aceitou os ensinamentos do mestre e contemplou com uma outra teoria. Acreditava no mundo que está além dos céus, e não é o mundo físico.
Um século e meio depois, Aristóteles apareceu com o realismo no conhecimento. Ele distingue os conhecimentos como um que vem do exterior (pelas sensações) e o outro se realiza no interior (pensamento e reflexão). Afirma que a imaginação e concepções não devem ser confundidas, que o mundo inteligível só existe dentro de nós.
Apesar das críticas de Aristóteles, a idéia central de Pitágoras continuou nas elites. O mundo inteligível é estável e o mundo sensível é variável. Assim foi estabelecida a ligação entre Pitágoras e Platão de um lado e os idealistas do outro.
Kant meditou sobre as teorias de Pitágoras, Platão e Aristóteles, na tentativa de salvar a razão (e também a religião) contra as idéias de Locke e Hume, o endeusamento que Voltaire e os iluministas faziam da razão, contra as teorias de Rousseau que afirmava que os instintos e os sentimentos são mais dignos de confiança do que a razão.
Kant, em seu livro “Crítica da razão pura” afirma que a realidade objetiva existe fora do sujeito cognoscente, mas uma grande parte de cada objeto conhecido é criado pelas nossas formas de percepção e compreensão. A idéia é muito mais importante do que a realidade que ela representa, pois a realidade depende da idéia que faço. Assim Kant lança as bases do idealismo moderno.
Teve seus admiradores como:
Fichte - o Estado é a suprema realização do eu puro, acima do Estado não existe nada, nem Deus.
Schelling - foi discípulo de Hegel. Como idealista identifica a realidade universal com o eu absoluto, numa forma romântica e mística.
Hegert – faz a síntese lógica do idealismo e desenvolveu um sistema que teve profundas repercussões políticas. Para ele o real é racional, então o racional é real. Entende que o mais importante das categorias é a de relação pelo simples fato que tudo é relação; e a contradição é a mais universal das relações.
São três as fases do processo dialético: a idéia em si (tese); a idéia fora de si (no mundo, na natureza) e a idéia por si (o produto dessa evolução). Essa síntese não põe fim ao processo dialético, por ser provisória, e o processo evolutivo é infinito.
Hitler fundamentou toda a sua atividade política na filosofia místico-idealista de Hegel, que fazia exigência de um governo forte, verdadeira
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