AS DEZ LIÇÕES DE MAQUIAVEL
Por: Alexandre Tonette • 2/8/2018 • Trabalho acadêmico • 2.974 Palavras (12 Páginas) • 275 Visualizações
ALEXANDRE MACHADO TONETTE
AS DEZ LIÇÕES DE MAQUIAVEL
Trabalho para a disciplina Ciência Política
Professor: Cláudio Paz
TUBARÃO(SC), 2017
PROPOSTA:
Maquiavel, e sua obra “O Príncipe”, tem sido objeto de controvertidas interpretações. Alguns vêem nele o mentor maior do poder centralizado, ditatorial e absolutista. Outros acreditam que, dando lições ao Príncipe, Maquiavel estava na verdade ensinado ao povo como libertar-se do poder despótico dos governantes europeus da sua época.
Nessa perspectiva, apresento dez das inúmeras lições que Maquiavel proferiu ao Príncipe. Cada uma dessas lições você deve identificar, por aproximação, no texto do livro “O príncipe. Descreva, respectivamente, em síntese os argumentos que Maquiavel utilizou, na época, para orientar as ações do Príncipe seus significados para a condução dos negócios do estado. (OBS.: ao elaborar a síntese, indique o capítulo utilizado). Confronte os argumentos de Maquiavel que sintetizar, sobre cada uma das lições do Príncipe com as necessidades atuais dos dirigentes/governantes contemporâneos na condução dos Estados que governam. Demonstre, justificando, se tais conselhos/lições, dados por Maquiavel, ainda podem ser seguidos nos dias atuais.
Primeira Lição:
O dirigente (prudente) do Estado, deve ter competência para antecipar os problemas que ele vai enfrentar e, ao antecipar os problemas, deve remediá-los, não permitindo que o tempo corroa a sua autoridade.
A resposta encontra-se no capitulo III
Estando no local, pode-se ver nascerem às desordens e, rapidamente, podem ser elas reprimidas; não estando, delas somente se tem notícia quando já alastradas e não mais passíveis de solução.
Trazendo para a atualidade:
É possível a lição ser aplicada nos dias de hoje. Trazendo para a realidade, a guerra pode ser comparada por analogia com os grandes problemas, sendo assim, certamente será mais fácil resolvê-los ou até mesmo evitá-los, se o governante estiver perto de seus governados, desta forma poderá o governante antecipar as ações para a solução dos problemas. Preparando-se para o que está por vir, com cautela e prudência o governante pode reverter uma situação que poderia prejudicá-lo perante os seus governados, se deixasse o problema se agravar com o tempo. Um governante que sabe prever as dificuldades, e que sabe remediá-las antes que os problemas se tornem insustentáveis, certamente, é bem visto e respeitado por seus administrados.
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Segunda Lição
Quando uma determinada ação, por pior que seja, for inevitável, é preciso fazê-la rapidamente e não adiá-la, pois a “guerra” não se evita e, se é protelada, resulta sempre em benefício do inimigo.
A resposta encontra-se no capitulo III
Os romanos, prevendo as perturbações, sempre as remediaram e jamais, para fugir à guerra, permitiram que as mesmas seguissem seu curso, pois sabiam que a guerra não se evita mas, apenas se adia em benefício dos outros; por isso mesmo, promoveram a guerra contra Felipe e Antíoco na Grécia, para evitar terem de fazê-la na Itália e, no entanto, podiam ter evitado a luta naquele momento, se o quisessem. Mas sabiam que a guerra que é adiada, beneficia apenas o inimigo.
Trazendo para a atualidade:
A lição do capítulo cabe perfeitamente na nossa realidade, mais uma vez, podemos fazer analogia com os grandes problemas, O governante que posterga a resolução de um problema, certamente está comprando um problema maior para mais adiante. Aquele que é sábio, quando encontra um problema “guerra”, deve enfrentá-lo o mais rápido possível, a fim de evitar que este problema cresça e que possa ser usado de forma negativa contra o próprio governante. Essa lição também se aplica ao dirigente de uma empresa, do modo que ao negligenciar um problema, certamente, este problema, crescerá e se tornará insustentável para a empresa. Deste modo, segundo Maquiavel os problemas devem ser resolvidos na medida em que surgem, pois no caso das empresas com os problemas não resolvidos, quem vence a “guerra” é a concorrência.
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Terceira Lição:
É mais fácil conquistar o governo do Estado do que implementar novos costumes e, conseqüentemente, impor a direção pensada da disputa pela conquista deste Estado ou governo.
A resposta encontra-se no capitulo III
Para dominar um Estado seguramente será o bastante ter extinguido a estirpe do príncipe que os governava, porque nas outras coisas, conservando-se suas velhas condições e não existindo alteração de costumes, os homens passam a viver tranqüilamente.
Trazendo para a atualidade:
Mais uma vez, a lição de Maquiavel cai como uma luva, para os políticos da nossa sociedade. Pois quando um governante é eleito, é muito difícil mudar radicalmente os costumes do povo, Para Maquiavel, a conquista de um Estado (o que equivele hoje a ganhar uma eleição), é muito mais fácil, do que implantar novos costumes e leis, porque na medida em que um governante, toma decisões que afetam os interesses daqueles que vinham sendo beneficiados pelas antigas leis, ele fica sujeito a sérias inimizades que podem
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