As Dez Lições sobre Maquiavel
Por: Raphael Filipe • 26/8/2018 • Resenha • 906 Palavras (4 Páginas) • 415 Visualizações
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10 Lições Sobre Maquiavel
XXXXX – XX
2014
10 Lições sobre Maquiavel
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Direito da Universidade Estadual ,em avaliação da matéria Teoria Geral do Estado.
Professor:
XXXXX – XX
2014
1-Terceira Lição
Pessimismo Antropológico:
Segundo a óptica pessimista de Maquiavel, o homem é naturalmente mau regrado e guiado
pelos seus desejos e interesses; sendo assim não mede esforços nem importa-se com os
meios utilizados, contanto que consiga satisfazer suas vontades. Esta visão é feita através
da observação e de constatações empíricas, estudando a essência das ações dos homens. O
homem possui uma natureza egoísta, agressiva e ambiciosa, sempre insatisfeito procura
manter o que possui e busca cada vez mais.
O estado é uma representação da índole humana, de forma alguma pode ser associada ao
divino, conforme outros autores defendem. Para Maquiavel o governante poderia usar
mal para realização de um bem maior. Apesar de parecer contraditório os homens são
maus e mesmo assim fazem o bem público, e isso se dá pelo fato de existir divergência
de opiniões gerando oposição de interesses que por sua vez irá regular e guiar o poder a sociedade.
Esse conflitos em tese limitam o poder e caso não exista equilíbrio entre
o governante e o povo vai existir conflito. Portanto nosso autor demonstra não ser tão
absolutista quanto a literatura usual nos conta.
2- Quarta Lição
A concepção de história de Maquiavel:
Maquiavel observava a política como algo dinâmico, sendo todo governo sujeito a mudanças constes, cíclicas e repetitivas, podendo prever o futuro e compreender o presente de acordo com o passado. Esta dinamicidade deve-se ao fato da natureza humana sempre insatisfeita e seu apetite voraz pelo poder; toda via esse desejo é sempre maior que o poder adquirido, seja parte por medo de perder o que possui e parte por temer perder o que conquistou.
Toda essa superestrutura fomenta a corrupção e que nosso autor ressalta que acontecia na cidade de Florença sua cidade natal. Por ver tão forte essa face corrupta resolveu aderir ao pensamento de Políbio da ciclicidade dos governos para dar destaque em seu escrito “História de Florença”. Diferentemente dos historiadores da República, Maquiavel recebeu pagamento para realizar a construção do referido texto, esse foi feito com cautela pois no passado a família Medici havia criado problemas para nosso escritor, então tudo foi escrito seguindo a tradição. Por fim ele utilizou de sua sagacidade para tecer nas entrelinhas críticas a situação de Florença hoje ainda tão facilmente adaptada a qualquer forma de governo e a qualquer Estado.
3-Oitava Lição
Maquiavel e a arte da guerra:
Para Maquiavel a guerra e a política eram intimamente ligadas. O uso da guerra como ato político que visava assegurar os interesses dos governantes, fazendo com que os seus adversários não interfiram nos seus objetivos e interesses políticos. Ou seja deve-se utilizar o uso de armas ou qualquer meio de força para assegurar e dar continuidade as instituições republicanas. Ao observar que os cidadãos de Florença não possuíam interesse de defender qualquer causa, que não seja em causa própria decide montar uma milícia apoiado por Soderini, pois o soldado militar defende os interesses de sua pátria. Essa milícia terá o papel crucial na retomada de Pisa em 1509. Em 1512, a milícia sucumbe ante as tropas espanholas, contribuindo para a queda da Republica e a volta dos Medici.
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