AS FORMAS ELEMENTARES DA VIDA RELIGIOSA
Por: William Grüne • 7/5/2017 • Artigo • 604 Palavras (3 Páginas) • 629 Visualizações
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AS FORMAS ELEMENTARES DA VIDA RELIGIOSA
ÉMILE DURKHEIM
SLIDES
PANORAMA
- 1895: Durkheim percebe o papel fundamental que a religião ocupa na vida social.
- O artigo mais importante publicado nesse período foi Formas de Classificação Primitiva, escrito com Marcel Mauss.
- Fonte etnográfica: Arunta, população de Aborígenes da Austrália, considerados como os mais próximos da condição de ‘primitivos’.
- Durkheim investiga essas sociedades que se organizam em ‘clãs’ para provar que o ‘totemismo’ é a forma mais básica de manifestação religiosa da sociedade humana.
- Inovação metodológica: respeito pelas formas nativas de categorização.
PROPOSIÇÕES BÁSICAS
- Em Formas Elementares da Vida Religiosa (1912), há três proposições básicas:
- A religião é a sociedade percebendo a si própria – através de uma forma simbolicamente alterada.
- As representações criadas na religião são as fontes básicas do pensamento humano.
- Os símbolos religiosos ‘sagrados’ – aqueles que são tratados com respeito e veneração. Por oposição ao mundo profano.
DEFINIÇÃO DE RELIGIÃO
- Religião é um conjunto de crenças.
- Tais crenças são simbólicas e relativas a coisa ‘sagrada’.
- Além da crença, a religião é uma prática, de maneira que não há religião sem ritual.
- O ritual, para ocorrer, demanda a existência de uma comunidade.
SENTIMENTO DE DIVINO
- O indivíduo deriva sua crença religiosa a partir da maneira como as forças sagradas são criadas nos rituais.
- Trata-se da criação de um sentimento de ‘divino’, produzindo através das cerimônias coletivas.
- Força coerciva
- Fonte de força
- Real
- Externo ao sujeito
- O resultado é a criação de uma emocionalidade intensa e uma interconexão. Assim, o indivíduo é suplantado por uma entidade superior a si.
EFERVECÊNCIA COLETIVA
- Durkheim chama tais momentos de “efervecência coletiva”. A força que emana do agenciamento coletivo é imanente e transcendente.
- Assim, o rito tem um papel fundamental na geração e renovação periódica do sentimento de sagrado.
- Durkheim irá argumentar que o indivíduo é construído, intelectualmente e moralmente, pela sociedade (em oposição ao animal).
- A sociedade existe e vive através dos indivíduos. Se o indivíduo não mantém uma crença social, tradições e etc, a sociedade “morre”.
- Assim, para Durkheim, há uma relação bilateral entre os indivíduos e os deuses, de maneira que um sustenta o outro.
- O poder divino é uma representação simbólica da capacidade criativa da coletividade, uma capacidade que é dada através dos rituais e as práticas sociais.
RELIGIÃO -> ORIGEM DAS CATEGORIAS
- Assim, a investigação principal das Formas Elementares da Vida Religiosa é a origem das categorias ou noções fundamentais que dominam a vida intelectual.
- Tais categorias são quadros sólidos que confinam o pensamento: tempo, espaço, número, causa, substância e personalidade (Categorias Aristotélicas e não Kantianas).
- É no pensamento religioso que tais categorias aparecem, que por si é um fenômeno social.
- As representações religiosas são representações coletivas que expressam realidades coletivas, e que contem ‘categorias principais’.
- Essas categorias nascem dentro da religião e são produtos do pensamento religioso, Se é o caso, então as categorias devem ser comuns para todas as religiões: são coisas sociais, produtos do pensamento coletivo.
- Assim, os ‘conceitos’ são coisas sociais.
TOTEMISMO
- A origem da religião é o totemismo. O Totem é um símbolo coletivo que representa, ao mesmo tempo, as divindades e o social.
- Assim, o propósito principal da religião é permitir que as pessoas imaginem a sociedade e expressem a unidade social – o que explica a duradoura relevância da religião – não como algo para explicar o mundo, mas para unir pessoas.
- O pensamento coletivo no qual o totemismo é uma expressão inicial é a base para o pensamento religioso, filosofia e ciência.
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