Aprendendo sociologia

APRENDENDENDO SOCIOLOGIA

Embora publicado em 1990, o livro Aprendendo a pensar com a sociologia, inclui temas atuais, como relações sociais, politica, religião, globalização e entre outros assuntos. O texto revela como a sociologia pode contribuir com suas observações sobre as ações e experiências humanas e mostra as consequências de nossas ações no meio social.

O que os autores deste livro nos propõem é justamente o “pensar crítico”. Fazer com que nós, leitores, possamos estabelecer questões acerca das ações humanas, como seus próprios princípios de interpretação destas questões.

Particularmente, mais que pensar sociologicamente, podemos sim pensar com a sociologia. Explorando o sentido a condição humana e descobrir a forma de compreender este mundo, e consecutivamente ter a possibilidade de pensa-lo de diferentes maneiras.

Não obstante, o conhecimento sociológico está intimamente ligado ao senso comum, logo, para que a sociologia possa continuar sendo uma ciência e ter definida sua identidade, há uma enorme necessidade de uma barreira, uma espécie de fronteira entre estes dois conceitos. Diante disto, partir da página vinte e um, os autores começam a explorar como deve ser estabelecida esta fronteira entre o senso comum e o conhecimento sociológico, destacando os seguintes pontos:

DISCURSO RESPONSAVEL: Subordinando regras rigorosas ao discurso responsável, justamente para distinguir o conhecimento sociológico de outras formas de conhecimento.

SENSO COMUM: Evidenciando que o senso comum não questiona de seus preceitos comuns, enquanto a sociologia busca entender as complexas redes sociológicas.

MULTIPLICIDADE DE MUNDO: Tamanho do campo onde o material do pensamento sociológico é extraído.

A DIFERENÇA AO SENTIDO QUE CADA UM ATRIBUI A VIDA HUMANA: Em como entendem, explicam eventos e as circunstancias.

Vale salientar que outro ponto muito bem abordado é a questão da desfamiliarização, e que o conhecimento sociológico nos impulsiona a romper. Vim a entender que os fatos gerais que nos é rotineiro tende tornar-se familiares, e logo, “autoexplicativo”, não despertando em nós, enquanto indivíduos, qualquer curiosidade. Simplesmente assumindo que “as coisas são como são”, como resultado de “terceirizar” o pensamento crítico.

Mas a partir do momento em que começamos a entender a sociologia e seus próprios métodos de pensamento, os autores fazem uma analogia incrível, colocando a sociologia como “alguém estranho, irritante e intrometido, por colocar em questão aquilo que é considerado inquestionável”. Diante disto, este pensamento a contramão, tem o a intenção de desestruturar convicções, simplesmente fazendo questionamentos que ninguém sequer tem a vontade de lembrar de fazer.

Ao final desta pequena leitura compreendi que minha visão é pequena, mesquinha e um tanto egoísta da realidade, pois não reflete a realidade verdadeira como um todo. Pois a verdadeira realidade não é apenas formada por minhas convicções e experiencias próprias, mas sim por nossa interação com os integrantes da sociedade e realidade e as interações que eles têm em sua própria realidade, e assim acabam por moldar nossa própria realidade. Entendo que a questão principal da sociologia