As Economias de Valor
Por: Gleicebraz • 26/9/2023 • Ensaio • 1.333 Palavras (6 Páginas) • 88 Visualizações
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ATIVIDADE AVALIATIVA
DE
ECONOMIA POLÍTICA
Quirinópolis, GO
2019
GLEIZILENE BRAZ PEREIRA DOS SANTOS
TEORIAS DO VALOR
Atividade apresentada ao professor Ezequiel Alves Ferreira como cumprimento das atividades da disciplina Economia Política para fins avaliativos e parciais de N1.
Quirinópolis, GO
2019
Singer, Paul. Curso de introdução à economia política. Rio de Janeiro, 3ª edição, Editora Forense-Universitária, 1975. 5-12 p
O autor relata a existência de um conflito primário que divide a economia em duas escolas ou correntes, dicotômicas, a Escola Marginalista e a Escola Marxista, as quais segundo ele procuram camuflar-se. Se propõe a mostrar como as duas orientações estão ligadas às divergências e lutas do nosso tempo.
Inicia a análise através de um problema fundamental em economia, ou seja, o problema do valor. Para o autor, a economia é uma ciência social que difere das demais ciências classificadas como tal, por possuir a possibilidade de trabalhar com quantificações, senão da atividade econômica em si, pelo menos de seus frutos, enquanto as outras ciências sociais se atêm ao aspecto qualitativo. Exemplifica, dizendo que a maioria da leis econômicas, tais como a da oferta e da procura, ou do valor da moeda, podem ser expressas na linguagem matemática e demonstradas de forma empírica e conclui que tal característica decorre da teoria do valor que considera assim, como o pilar central desta construção científica.
Singer relata que a ciência econômica possui duas formas de definir esse valor: Uma que se baseia na relação Homem X Meio Físico e outra que parte da relação Homem X Homem, ou seja, das relações sociais.
O autor traz que a primeira abordagem, chamada de Teoria do Valor – Utilidade, parte do pressuposto que o homem tem necessidades e se engaja nas atividades econômicos com o intuito de satisfazer essas necessidades, então, o valor que atribui aos objetos e serviços está diretamente ligado ao grau de satisfação que estes proporcionam ás suas necessidades. Assim, quando alguém tem fome, o alimento, que pode satisfazer essa necessidade, é objeto de uma atividade econômica que é valorada na medida da satisfação dessa necessidade. Para Singer, nessa teoria, por ser essa necessidade subjetiva, sujeita a variáveis como a quantidade de fome que se sente, ou a preferência por este ou aquele alimento, o valor é subjetivo, ou seja, o valor muda se a opinião das pessoas a respeito do objeto mudar, o que não o isenta da possibilidade de análise. Pode-se a analisar a medida de seu condicionamento, pois os fatores que o condicionam não são subjetivos,
A segunda abordagem, a Teoria do Valor-Trabalho, entende que o valor é fruto das relações criadas entre os homens na atividade econômica que é essencialmente coletiva e social, sendo um produto da divisão social do trabalho e das diferentes e complementares funções que as pessoas exercem. Essa especialização funcional só teria sentido dentro do contexto de existência das demais, logo, o valor dentro desta teoria, é o valor do produto social, que é decorrência desta divisão social do trabalho, que se acaso não existisse, impossibilitaria a existência de uma atividade econômica, gerando uma atividade produtiva sem valor. O valor pode ser medido pelo tempo de trabalho social investido nesse produto. O valor aqui é tido como objetivo, pode ser medido. Por exemplo, uma sessão de teatro, equivale a X viagens de ônibus que seria igual a Y pares de sapatos, todos os produtos e atividades são derivados do trabalho socializado realizado dentro da divisão social do trabalho.
Outro ponto divergente entre as duas correntes, segundo Singer, seria o chamado produto social que para a teoria do valor-utilidade é o somatório dos objetos e serviços produzidos num período x, valorados cada um em separado, pela avaliação que os agentes econômicos fazem deles no momento em que são transacionados no mercado, variando segundo mudam seus gostos, preferências e expectativas. Para a teoria do valor-trabalho, o produto social é a resultante do tempo de trabalho social gasto para a produção de uma certa quantidade de mercadorias que satisfazem necessidades humanas, as quais devido as variáveis como idade, sexo, poder aquisitivo e tamanho desse coletivo para serem satisfeitas exigiriam quantidades de mercadorias diferentes. O que for excedente, não tem valor.
O autor revela que para os marginalistas, a quantidade de mercadoria demandada depende do seu preço, ou seja, do seu valor. Quanto maior o preço, menor a quantidade vendida e vice e versa. O preço só pode ser determinado em razão da quantidade. Os marxistas, se contrapõem dizendo que as mercadorias já chegam ao mercado com um preço, visto que sendo as empresas capitalistas, não permitiriam que chegasse sem um preço que lhes cobrisse os custos e com uma adequada margem de lucros. Esse preço, é igual ao tempo de trabalho socialmente necessário para a produção de determinada mercadoria.
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