As normas da sociedade nos dias atuais
Por: AugustoDahmer • 13/6/2016 • Resenha • 752 Palavras (4 Páginas) • 569 Visualizações
Augusto Dahmer
AS NORMAS DE SOCIEDADE NOS DIAS ATUAIS
Resenha crítica apresentada na disciplina de Direito Civil I, do Curso Universitário UNIVATES, para complementação da nota do 1° Semestre
Professora: Beatris Francisca Chemin
Lajeado, abril de 2016
AS NORMAS DE SOCIEDADE NOS DIAS ATUAIS
Com o desenvolvimento técnico-científico que vem ocorrendo nos últimos anos, a sociedade também vem passando por mudanças. Vem ocorrendo uma reestruturação na maneira com que a sociedade se organiza, com transformações na convivência, no comunicação e na estrutura das relações hierárquicas, tanto na esfera pública quanto na privada.
No artigo “Respeito à autoridade e às regras são requisitos da vida em sociedade”, publicado na revista Consultor Jurídico no dia 19 de julho de 2015, o autor Vladimir Passos de Freitas, Desembargador Federal aposentado e professor doutor da PUC/PR, comenta sobre o efeito que essa ideia de reorganização da autoridade e da hierarquia vem causando na sociedade brasileira.
O autor se posiciona afirmando que essa flexibilização das hierarquias sociais, apesar dos aspectos positivos que ela traz a administração pública e privada, está gerando uma situação de desrespeito às normas de respeito e convivência social. Ele dá como exemplo, entre outros, os professores, tanto de escolas públicas quanto privadas, que deixam de aplicar a disciplina a seus alunos por medo de reação de alunos ou pais, e compara o Brasil a países como Chile e EUA, países econômica e socialmente mais desenvolvidos, onde apesar da dinamização da hierarquia e da autoridade em diversos setores da sociedade, o respeito às regras de convivência ainda é seguido e as normas sociais são aplicadas pelas autoridades públicas.
Ao mencionar as causas dessa situação de desrespeito e falta de convivência, Vladimir coloca entre elas os graves e frequentes casos de corrupção que ocorrem nas mais altas esferas da sociedade brasileira, que levam a população a uma crença na inerência dessa corrupção, causando descrença nas autoridades e aceitação passiva desse tipo de violação. Além disso, o autor também menciona a importância da educação dentro de casa, necessária para criar desde o início uma população com uma cultura de respeito à autoridade e ao outro.
Nada do que o autor comentou pode ser considerado uma ideia revolucionária ou mesmo nova ou desconhecida. Praticamente toda a população diz ser contra a todos esses casos de desrespeito, do mais mundano e frequente até os absurdos crimes cometidos por muitos dos representantes eleitos pela população em todas as esferas da administração civil. E apesar disso, todos esses desrespeitos ainda ocorrem: pessoas ainda estacionam em vagas reservadas à deficientes, ainda furam a fila, ainda tentam fugir de seus deveres como cidadãos, e milhões de reais continuam a serem roubados dos cofres públicos todos os dias. Por quê?
Uma grande parte da população brasileira, além de não seguir as normas de convivência civilizada e cometer diversas violações e atos de desrespeito quando há uma vantagem a ser obtida, por menor que seja, é hipócrita. São muitas as pessoas que protestam contra a corrupção dos políticos e exigem educação, saúde e segurança, mas passam por cima dos outros sem pensar duas vezes quando são eles que têm de cumprir alguma norma. Coisas como furar a fila, estacionar em local proibido (“É só um minutinho...”), ficar com o troco a mais que o caixa deu por acidente (“Tem gente que rouba muito mais, por que eu é que tenho que devolver?”) e desrespeitar autoridades (“Aqui a justiça não funciona, gente rica não vai presa!”) são tristemente comuns no nosso país.
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