AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO
Por: jaquecascarelli • 29/2/2016 • Trabalho acadêmico • 1.219 Palavras (5 Páginas) • 241 Visualizações
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA SALVADOR-BA.
FREDERICO, brasileiro, casado, profissão, portador do RG nº, inscrito no CPF sob nº, residente e domiciliado na Rua nº, bairro, cidade/ Fortaleza, CEP:, vem, por seus advogados abaixo assinados, com escritório na Rua nº, bairro, cidade/Estado, CEP:, para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações, perante Vossa Excelência propor a presente
AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO
pelo rito comum, em face de GEOVANA, estabelecido na Rua nº, bairro, cidade/Estado, CEP, inscrita no CNPJ sob nº, pelos fatos e fundamentos que serão expostos a seguir:
I-DA GRATUIDADE
Inicialmente, afirma nos termos da Lei nº 1.060/50 com as alterações da Lei 7.510/86, ser pessoa juridicamente pobre, sem condição de arcar com as custas judiciais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família, motivo pelo qual faz jus a gratuidade de justiça e à assistência gratuita integral.
II- DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
O Autor tem interesse que seja designada uma audiência de conciliação para que se possa resolver o litígio, nos moldes do artigo 334, do Novo CPC.
III- DOS FATOS
No dia 13 de janeiro de 2014 o Autor foi surpreendido com uma ligação exigindo o pagamento da importância de R$ 300 mil pelo resgate da sua filha Júlia, que acabara de ser sequestrada. Tendo inclusive recebido um pedaço da orelha dela.
Ressalta-se que o Autor tinha arrecadado somente R$ 220 mil. Com medo de perder sua filha vendeu seu único imóvel por apenas R$ 80 mil para sua prima Geovana, ora Ré.
Cabe salientar que a Ré, por ser da família, sempre soube da situação na qual o Autor passava e que o mesmo estava desesperado em conseguir a quantia solicitada.
Contudo, no dia 20 de Janeiro de 2014, dias após a celebração do contrato, antes do Autor efetuar o pagamento do resgate, sua filha foi encontrada, com vida, pela polícia.
Razão pela qual procurou a parte Ré com o objetivo de desfazer o contrato de compra e venda, já que o lapso temporal era curto e o valor recebido ainda estava em mãos. Porém, não logrou êxito.
Deste modo não restou alternativa a não ser propor a presente ação.
IV- DOS FUNDAMENTOS
Apesar do contrato celebrado ser válido (artigo 104, CC) há um vício que enseja à anulação do negócio jurídico (artigos 171, II, CC) pois o Autor vendeu um imóvel com o valor venal de R$ 280 mil por R$ 80 mil, devido ao estado de perigo em que sua filha se encontrava.
Desta forma, no presente caso configura-se o vício do estado de perigo que está devidamente conceituado no artigo 156, CC:
“Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.”
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