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Ação de Repetição de Indébito

Por:   •  6/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.173 Palavras (9 Páginas)  •  162 Visualizações

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FACULDADE QUIRINÓPOLIS

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO

[pic 1]


FERNANDO MORAES DE REZENDE

GABRIELLA ALVES SILVA

IVE SOUZA SENE

MAYARA TAYCE ÂMARA CORRÊA

ROZENILDA DEFENSOR SILVA

USTANE SOUZA SENE CARVALHO

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO

Trabalho apresentado a professora Katia Ribeiro como cumprimento das atividades da disciplina Direito Processual Tributário para fins avaliativos e parciais de N2.

 

[pic 2]


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................[pic 3]

03

1   PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E ASPECTOS PROCESSUAIS.........................

04

  1. CONCEITO E FINALIDADE DA AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO.......
  1. PARTICULARIDADES...........................................................................................
  2. PROCEDIMENTO....................................................................................................

CONCLUSÃO...............................................................................................................

REFERÊNCIAS.............................................................................................................

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10

INTRODUÇÃO

A ação de repetição de indébito tributário, disciplinada no Código Tributário Nacional (Lei n.º 5.172, de 25 de outubro de 1966) e objeto do presente trabalho, garante o direito do contribuinte de restituir o tributo que pagou indevidamente.

Entretanto, primeiramente é necessário esclarecer o procedimento completo de cobrança fiscal, afinal de contas, só é possível descobrir que o pagamento se deu de forma indevida, se as etapas que o fisco, utiliza para cobrar um tributo se deram de forma correta, desde o seu fato gerador até eventualmente uma execução fiscal.

Assim, o procedimento de cobrança tributária parte do princípio da legalidade. Esse princípio prevê que todo e qualquer tributo, seja qual ele for, federal, estadual ou municipal, seja instituído ou criado através de lei e será aprofundado mais adiante.

Em continuidade ao procedimento, a medida que o contribuinte pratica o fato gerador, seja adquirindo um imóvel ou um carro, seja prestando serviços  ou circulando mercadorias por exemplo, surge a obrigação tributária, movimentando o fisco, no sentido de cobrar o tributo do contribuinte.

Assim, todos os tributos devem ter um crédito tributário constituído, e para isso eles devem ser lançados. Portanto, o lançamento é uma atividade administrativa plenamente vinculada, ou seja, o fisco só pode cobrar um tributo se for como a lei estabelecer e quando a lei estabelecer.

Após o lançamento, uma vez cobrado o tributo é necessário um prazo para que o contribuinte possa recolher esse tributo, e em regra esse prazo é de 30 dias se não determinado expressamente, conforme dispõe o artigo 160 do CTN.

Se não concordar o contribuinte poderá apresentar uma defesa administrativa. Caso não pague e nem apresente a defesa administrativa, a Fazenda Pública terá a oportunidade de ajuizar esse credito tributário, através da execução fiscal, desde que atenda o prazo previsto em lei. Caso o contribuinte pague o tributo e percebe que o pagamento se deu de forma inadequada, existem meios judiciais e administrativos de resgatar estes valores.

Contudo, esses meios e as considerações gerais acerca da ação de repetição de indébito tributário no ordenamento jurídico brasileiro será tema abordado no presente trabalho.

1 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E ASPECTOS PROCESSUAIS

 O princípio da legalidade tributária, fundamentado na chamada legalidade geral do artigo 5°, inciso II da CF/88, afirma que ninguém pode ser obrigado a pagar tributo, se este, em regra, não for criado ou majorado por lei. Em outras palavras, o contribuinte tem o dever de pagar seus tributos, mas ao Estado são impostas barreiras para se evitar abusos.

Para o Direito Tributário a legalidade é o princípio constitucional de maior relevância dentro dos princípios constitucionais tributários. Assim, não basta, para que o tributo seja cobrado, uma lei em sentido formal, emanada do Poder Legislativo, sendo necessário também que esta mesma lei descreva abstratamente todos os elementos essenciais do tributo taxativamente, quais sejam: hipótese de incidência, sujeito ativo e passivo, base de cálculo e alíquota. Não tendo a lei essa correta aplicação no ordenamento jurídico, se revestirá a mesma pelo vício da ilegalidade.

É a chamada reserva de lei, formada pela lei formal e lei material. A segurança jurídica que o princípio abrange, unida pela reserva de lei, exige que o comando abstrato e geral previsto na lei (reserva de lei material), seja formulado por órgão titular da função legislativa (reserva de lei formal). Essa junção resguarda o particular para que seja tributado somente quando houver a previsão legal.

Dessa forma, reitera-se que a legalidade tributária não se conforma com a mera autorização de lei para cobrança de tributos; requer-se que a própria lei defina todos os aspectos pertinentes ao fato gerador, necessários à quantificação do tributo devido em cada situação concreta que venha se adequar a situação.

 

2 CONCEITO E FINALIDADE DA AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO

Como tema do referido estudo, a ação de restituição de indébito tributário ou ação de repetição de indébito é conceituada como um mecanismo processual cabível quando o contribuinte paga indevidamente qualquer tributo, ou o faz a maior, pretendendo judicialmente reavê-lo.

Na prática, o pedido de repetição de indébito é formulado administrativamente. Quando tal pedido é indeferido, o contribuinte pode se utilizar da via judicial. Portanto, é necessário salientar que o particular não está obrigado a primeiro postular na órbita administrativa para, após, recorrer à via judicial. O entendimento jurisprudencial revela que o prazo para repetição de indébito não se interrompe e/ou suspende, em face de pedido formulado na esfera administrativa.

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