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Ações Emergências Feitas Pela Vale Brumadinho

Por:   •  8/11/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  571 Palavras (3 Páginas)  •  90 Visualizações

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A Barragem

A barragem I da Mina Córrego do Feijão, situada em Brumadinho/MG que se rompeu no último dia 25 de janeiro de 2019 foi construída pela Ferteco Mineração em 1976 pelo método de alteamento a montante, sua altura era de 86 metros e o comprimento da crista de 720 metros. Que tinha como finalidade a disposição de rejeitos provenientes da produção, a mesma estava inativa (segundo a Vale) e não recebia mais rejeitos, não tinha a presença de lago e não existia nenhum tipo de atividade operacional em andamento. Os rejeitos ocupavam uma área de 249,5 mil m² e o volume disposto era de 11,7 milhões de m³.

Conforme informações da própria Vale a barragem possuía Declarações de condições de Estabilidade emitidas em 13/06/2018 e em 26/09/2018, pela empresa internacional especializada em Geotecnia TUV SUD do Brasil, referente aos processos de revisão periódica de segurança de barragens e inspeção regular de segurança de barragens, conforme determina a portaria DNPM 70.389/2017. Passava também por inspeções de campo quinzenais e todas reportadas a Agência Nacional de Mineração (ANM) através do Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração (SIGBM), sendo a última executada em 21/12/2018 conforme cadastrado no sistema da ANM, e ainda teria passado por mais duas inspeções em 08/01/2019 e em 22/01/2019 ainda não cadastrado no sistema na ANM. Onde nenhuma destas inspeções detectou alterações no estado de conservação da estrutura.

Conforme determina a portaria DNPM 70.389/2017 a barragem possuía o Plano de Ações Emergenciais de Barragem de Mineração (PAEBM), protocolado nas Defesas Civis, Federal, Estadual e Municipal, entre os meses de junho e setembro de 2018. Possuía também sistema de vídeo monitoramento e sistema de alerta por meio de sirenes.

Impactos ambientais

Ações emergências feitas pela Vale

No dia 27/01/2019 a água já tinha atingido o Km 63 a partir do ponto de rompimento da barragem, e os rejeitos ainda não estavam estáveis podendo haver modificações conforme as condições climáticas, a Vale mobilizou equipes para o monitoramento na bacia do Rio Paraopeba, para que fosse feito resgates da fauna e para apoio a medidas de saneamento. No dia 30/01/2019 a Vale apresentou ao Ministério Público e aos órgãos ambientais o plano para conter os rejeitos, a área impactada foi dividida em três trechos e cada uma recebe diferentes medidas de contenção e recuperação. Barreiras de retenção foram instaladas ao longo do trecho do rio Paraopeba (utilizando-se membranas no leito do rio, que tem como objetivo buscar reter os sedimentos).  No dia 02/02/2019 a Vale instalou a primeira membrana de contenção no rio Paraopeba, próximo ao local de capitação de água da cidade de Pará de Minas, a cerca de 40 km de Brumadinho. A segunda barreira é colocada dia 03/02 e a terceira no dia 04/02/2019. Ainda foram instalados 45 pontos de monitoramento com coleta de água diariamente e dos sedimentos para análises químicas, ao longo do rio.

Dia 22/03/2019 a Vale divulga análises de água, solo, rejeito e sedimento coletados no rio Paraopeba, dizendo que é possível avaliar com dados de quase 300 mil análises que o rio Paraopeba será recuperado, e que sua recuperação ambiental depende de um conjunto de ações. O trabalho de análises foi conduzido por quatro laboratórios especializados contratados pela Vale, foi contratada também a COPPE-UFRJ (Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) para avaliar a metodologia aplicada e fazer a validação dos dados já apresentados pelos quatro laboratórios.

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