Bem Comum e o papel do Mercado
Por: Leticia Zanardo • 13/4/2018 • Trabalho acadêmico • 683 Palavras (3 Páginas) • 328 Visualizações
Bem comum e o papel do Mercado
Em seu livro “justiça”, Sandel transcreve um capitulo focando apenas sobre o bem comum, nesse capitulo, fala sobre questões morais, espirituais, sociais e o papel do estado e do mercado em todas essas questões.
Sandel demonstra que o papel do estado em questões que envolvem o bem comum é bastante complicado e exemplifica com temas como aborto, casamento homossexual e pesquisas com células tronco, ele diz que é praticamente impossível analisar essas questões sem levar em conta moral e religião e também o bem comum, o que gera uma enorme dificuldade já que quando levamos em conta a religião em uma questão como o aborto, consideraremos errado, já que a religião trata um ser em formação como uma vida, porem se olharmos pelo lado cientifico veremos que até certo momento aquela vida não passa de células e consideraremos correto, sendo impossível levar em conta só o direito de escolha de cada cidadão.
Adiante Sandel questiona o que seria uma política do bem comum, tendo em vista que atualmente buscamos bem estar e liberdade de uma forma individual e também a dificuldade de colocar questões como moral e religião dentro da política, então Sandel cita três possibilidades de uma política de bem comum.
A primeira forma leva em conta o conceito de cidadania, sacrifico e serviço, tendo em vista que uma sociedade justa necessita que os seus cidadãos se preocupem com o todo e cultivem virtude cívica. Nesta parte Sandel fala sobre uma de suas ideias expressadas na entrevista, o papel da escola. Ele diz que a escola tem um importante papel na virtude cívica e que em momentos como o atual onde a escola pública se encontra precária a democracia e o espirito cívico que esta traz encontra-se ameaçado e também cita o Presidente Obama como exemplo para uma melhoria, quando em sua campanha Obama propõem estimular a educação em troca de serviço público.
No segundo tópico Sandel disserta sobre os limites morais do mercado e explica que com a ampliação dos mercados existe a necessidade de analisarmos questões morais e também diz que a comercialização de práticas sociais degradam as normas e nos mostra a necessidade de avaliarmos quais são os limites morais que os mercados devem seguir.
Em seguida ele coloca em pauta a desigualdade, solidariedade e a virtude cívica, Sandel demonstra que apesar da preocupação dos filósofos políticos com a pobreza, com as tentativas do Presidente Obama de diminui-las e a fundamentação da redistribuição a desigualdade entre ricos e pobres continua crescendo e enfraquece a solidariedade que precisamos para ser cidadãos democráticos. E novamente Sandel fala sobre um conceito citado em sua entrevista, a separação do espaço entre pobres e ricos e a “camarotização” e demonstra também que esse afastamento traz consequências ruins como deterioração dos serviços públicos e os espaços públicos deixam de ser um local de encontro para pessoas de diferentes classes sociais resultando na falta de cultivo do senso de comunidade do qual a cidadania democrática depende.
A solução para esses problemas expostos dentro da política de bem comum seria reconstruir a estrutura de vida cívica usando o imposto pago em maior parte pelos ricos para construir espaços públicos de qualidade para que ricos e pobres usassem da mesma forma os
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